O candidato à prefeitura da cidade do Recife pelo Partido da Causa Operária, Victor Assis, foi sabatinado pelo canal “Arte Agora”, na última quinta-feira (29).
Assis que é membro da Direção nacional do PCO e coordenador do coletivo de negros João Cândido além também de editor deste Diário, está no Partido da Causa Operária há 8 anos e iniciou a entrevista contando um pouco da sua trajetória:
“Eu comecei a militar no PCO em 2016, por causa da luta contra o golpe de estado. Eu entrei no partido porque eu percebi que tinha uma política mais consequente para derrotar a ofensiva da direita, chamava a mobilização permanente para lutar contra o golpe. Então ingressei naquele ano e venho desde então atuando como militante do partido(…)”
Em relação às propostas que Assis defende para a cidade do Recife com base no programa político do Partido da Causa Operária, o entrevistado pontuou, primeiramente,a questão do problema do transporte público, que assim como no restante do país, em Recife está nas mãos de capitalistas que exploram o trabalhador com tarifas altíssimas, negando na prática, o direito constitucional de ir e vir:
“A questão central para nós é colocar a administração da cidade nas mãos do povo.Seria o inverso do que está estabelecido de norte a sul do país, nós temos a avaliação de que as cidades estão nas mãos de empresas e bancos que nada tem haver com os interesses da população. Vemos isso de maneira muito clara no caso dos transportes públicos(..)”
Assis pontuou que a estatização dos transportes públicos seria uma prioridade em um governo dirigido pelo PCO:
“No caso do transporte isso dependerá em primeiro lugar que seja o próprio estado que administre o transporte público para que a prioridade seja a população e para que esta possa efetivamente controlar efetivamente o funcionamento do transporte na cidade(…)”
Victor falou ainda sobre o projeto de governo dos trabalhadores defendido pelo Partido da Causa Operária:
“Uma questão central para nós é o controle popular da administração pública. Quando falamos de um governo dos trabalhadores para nós não basta que o prefeito seja um trabalhador ou ligado aos trabalhadores, precisaria que o conjunto dos trabalhadores, dos sem terra, etc, tomassem conta do governo de forma que eles fossem ouvidos e não as câmaras municipais tomadas por mafiosos representantes das grandes empresas(…)”
Victor também relatou quais são as reais dificuldades de um partido revolucionário para conseguir penetrar entre as massas populares:
“(…) O PCO tem uma dificuldade maior de ter um grande alcance nas eleições pela forma como as eleições são organizadas, pelo processo antidemocrático. São apenas 45 dias de eleições e até agora não recebemos o fundo eleitoral. Então quem não está ligado ao poder econômico tem muita dificuldade de difundir suas ideias. Esse particularmente é um grande desafio do PCO(…)”
Essas e outras questões debatidas por Victor Assis podem ser conferidas no link abaixo que traz a íntegra da entrevista deste que é o mais jovem dos candidatos a prefeito da capital pernambucana.