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HISTÓRIA DA PALESTINA

Campo de Baqaa, maior campo de refugiados palestinos da Jordânia

Fundado em 1968 por palestinos expulsos de suas terras por "Israe" após a Guerra dos Seis Dias, dois anos depois o campo foi alvo da própria Jordânia, durante o Setembro Negro

Para além da Palestina e dos territórios ocupados, é na Jordânia onde há o maior número de palestinos, entre todos os países do mundo, com uma população de mais de 3,2 milhões, mais de 20% da população palestina mundial e de 26% da população total da Jordânia. 

Assim como ocorreu com todos os palestinos que não vivem mais na Palestina, os que ergueram suas casas na Jordânia o fizeram após serem expulsos de suas casas e terras pelas tropas fascistas de “Israel”. Os primeiros grandes campos de refugiados na Jordânia foram criados no ano de 1948. Este foi o ano da fundação de “Israel” e, igualmente, da Catástrofe, a Naqba. Isto é, expulsão de mais de 800 mil palestinos de suas terras. Sem essa expulsão, não teria sido possível a fundação do Estado sionista. Os últimos foram em 1967, após a Guerra dos Seis Dias. Um deles foi o Campo de Refugiados de Baqaa.

O Campo de Baqaa foi criado em 1968, e está localizado a cerca de 20km de Amã. É o maior campo de refugiados palestinos da Jordânia, e foi um dos seis campos criados emergencialmente para abrir os mais de 300 mil refugiados palestinos, expulsos de suas terras após “Israel” obter controle total sobre a Palestina, após o fim da Guerra dos Seis Dias. Atualmente, a população do Campo de Baqaa é de aproximadamente 120 mil palestinos, segundo dados da UNRWA, agência da ONU para refugiados.

Apesar da grande população palestina na Jordânia, a monarquia jordaniana nunca foi aliada do povo palestino. Mas do sionismo e do imperialismo. A própria monarquia foi criada pelos britânicos. Tanto é assim que apenas dois anos após o campo ter sido erguido, as forças armadas da Jordânia bombardearam Baqaa, agindo a serviço do imperialismo para expulsar o Fatá e a OLP do país, isto é, a resistência palestina. Este episódio da história ficou conhecido como Setembro Negro, sobre o qual este Diário já escreveu. Releia:

Setembro Negro: quando imperialismo expulsou a OLP para o Líbano

Desde então, muitas décadas se passaram. As moradias dos palestinos de Baqaa, e demais campos, que eram apenas tendas, agora são casas de alvenaria. Apesar disto, a maioria dos palestinos que residem no campo veem sua comunidade como algo temporário. O direito ao retorno permanece vivo. Segundo noticiado pelo portal Electronic Intifada em 2003, “quando você para para perguntar a uma criança nascida em Al-Baqa’a de onde ela é, ela dirá Haifa ou Jerusalém, nomeando as cidades e vilas de onde seus avós ou pais foram deslocados”, o que coincide com o relato feito por Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), quando esteve no Catar reunindo-se com o Birô Político do Hamas.

Apesar de ser um dos campos oficiais da UNRWA, nessa mesma matéria do Intifada é relatado que os palestinos de al-Baqaa são historicamente autossuficientes, tendo recebido assistência mínima da UNRWA ou do governo jordaniano:

“Tal como a maioria dos campos de refugiados palestinos em toda a Jordânia, os residentes de al-Baqaa foram deixados a construir a sua comunidade de forma independente, com pouco apoio econômico externo.”

Uma situação que fortalece o sentimento de comunidade dos palestinos do Campo de Baqaa e mantém viva a nacionalidade palestina.

Não é nenhuma coincidência, então, que há várias semanas milhares de palestinos estão saindo às ruas de Amã (capital do país), para protestar em frente às embaixadas de “Israel” e dos EUA contra o genocídio que o Estado sionista vem perpetrando contra os palestinos. 

A luta dos palestinos de Baqaa e de toda a Jordânia permanece viva pelo direito de retornarem à sua terra, e a libertarem-na da ditadura nazista de “Israel”.

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