Com a política de reestruturação, que acontece em praticamente todos os bancos, o Bradesco está reduzindo o número de trabalhadores nas suas dependências bancárias e, consequentemente, tem aumentado a carga horária do seu efetivo de trabalhadores.
Segundo denúncia do Sindicato dos Empregados em Estabelecimento Bancário e do Ramo Financeiro do Mato Grosso (SEEB-MT), “em face do alto volume de trabalho e da redução dos postos de trabalho no Bradesco, os funcionários de alguns departamentos do Núcleo Vila Leopoldina estão tendo de cumprir horas extras todos os dias inclusive aos finais de semana e feriados” (Sítio bancariosmt. 4/1/2024).
Para o dirigente sindical, que também é funcionário do Bradesco, “o fato é que por causa das demissões recorrentes e das metas sempre crescentes, sobra trabalho e faltam funcionários no Bradesco, o que obriga os remanescentes a cumprirem jornadas além da conta” (idem).
Com as demissões em massa no Bradesco, a carga de trabalho para os seus funcionários mais que dobrou, o que vem aumentando exponencialmente o número de adoecimento. Em consequência a esta política reacionária dos banqueiros, de demissão em massa, os trabalhadores estão sendo obrigados a dar conta do serviço chegando a trabalhar por até três funcionários. É necessário destacar que a demissão em larga escala e a superexploração dos trabalhadores é uma das faces da política dos banqueiros em descarregar, sobre as costas dos trabalhadores, o ônus da crise capitalista que só vem se agravando.
Nesse sentido, é necessário que as entidades de luta dos trabalhadores bancários organizem uma verdadeira luta pelo fim das horas extras e imediata contratação de trabalhadores para dar conta da demanda existente.
Impor, através da luta, que o banco somente convocará os empregados para realizarem horas extras em caso de real necessidade, com planejamento prévio, discutido com os sindicatos e os representantes/delegados sindicais e por intermédio de reuniões específicas, sendo que o funcionário deverá ser comunicado com antecedência de no mínimo 72 horas. E para isso, é preciso convocar imediatamente plenárias regionais, culminando em uma nacional para organizar a mobilização da categoria para dar uma resposta aos banqueiros parasitas contra essas medidas reacionárias de ataque aos trabalhadores bancários.