Na manhã deste domingo (30), a Avenida Paulista foi palco do “Ato Nacional em Defesa da Palestina”, que agrupou centenas de pessoas em apoio à resistência palestina, contra a ocupação sionista e o genocídio promovido em Gaza desde 7 de outubro. O evento, organizado pelo Partido da Causa Operária, Comitês de Luta e mais de cem outras organizações populares, teve início às 11h e contou com participantes de todo o país.
Entre eles estava Abdoul Fatahou Sawadogo, natural de Burquina Fasso, mas que reside na região nordeste do Brasil já há alguns anos. “Eu moro no Brasil há cinco anos. Sou atleta de futebol e estou no Brasil exatamente pela minha profissão. Atualmente, atuo como jogador de futebol em Recife, no Santa Fé, na terceira divisão pernambucana”, nos contou Sawadogo, que percorreu mais de 2,5 mil quilômetros para estar na capital paulista para o ato.
O entrevistado expressou seu profundo apoio à causa palestina, destacando a solidariedade internacional em torno do tema. “A causa palestina é de suma importância. Independentemente da raça ou religião, todos apoiam a Palestina cem por cento. É realmente muito triste o que está acontecendo, é um genocídio. Esperamos que a Palestina seja livre de um rio ao mar em breve”, declarou.
Além de comentar sobre a situação palestina, ele também falou sobre a situação em Burkina Faso, seu país natal, onde recentemente a população local insurgiu-se contra a presença de tropas francesas em seu território. “Eu estou em contato constante com minha família e amigos em Burkina Faso, e ninguém está reclamando do governo atual. As estatísticas mostram uma evolução significativa nos últimos anos, e a população se sente muito segura. A ruptura das relações com a França foi algo pedido pelo povo por décadas, e agora está finalmente acontecendo. Estamos muito felizes com essa mudança e com a evolução do país atualmente”, afirmou. A situação é análoga à barreira de desinformação imposta pela imprensa imperialista que dá voz apenas aos sionistas e apenas repete sua propaganda venal sobre as organizações da resistência palestina, especialmente o Hamas, Movimento Islâmico de Resistência.
Ao final do depoimento, Sawadogo mal conseguia disfarçar sua empolgação em participar do ato. “Não há causa maior para me motivar do que a causa palestina. A situação atual na Palestina, com o apoio do governo dos Estados Unidos ao estado de ‘Israel’, é alarmante. Só de pensar que haverá um ato nacional defendendo a Palestina já é motivo suficiente para querer estar presente e participar. Basta ser humano para entender a importância disso para o mundo e para a população mundial”, finalizou.
Basta ser humano, algo que os defensores do sionismo no Brasil certamente não são.