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Fórum Econômico Mundial

Barroso vai a Davos defender mais repressão estatal no Brasil

Presidente do STF viaja para a Suíça para dizer que o Brasil não sabe lidar com a "segurança pública" na Amazônia.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) está na Suíça participando do Fórum Econômico Mundial, um encontro que reúne principalmente políticos e empresários todos os anos. Discursos, reuniões, negociatas… um encontro identificado amplamente como um evento da burguesia imperialista. Não por acaso, são tradicionais as manifestações políticas do lado de fora desses encontros. Eis que um juiz brasileiro, ocupando o topo do sistema judiciário no País, dá as caras nesse palanque da burguesia mundial para dizer que o Brasil precisa se preocupar mais com a “segurança pública”.

Barroso apelou para a “soberania” brasileira na Amazônia para defender mais combate ao “crime organizado”. Segundo ele, a ameaça que paira sob a região não partiria de “outros países”, mas desse terrível “crime organizado”. Nenhum pio sob a crescente presença norte-americana na Amazônia, nem das declarações públicas de membros do governo dos Estados Unidos sobre considerarem os recursos naturais da região como de interesse nacional deles? No ano passado, foram 500 milhões de dólares para o “Fundo Amazônia”, que serve na prática para financiar ONGs estrangeiras na região. Qual facção criminosa tem esse nível de investimento?

Apresentando-se como um “progressista”, fazendo, então, um balanço sobre o “progressismo”, o ministro declarou:

“E acho que mais recentemente tem se agravado um problema que é o problema da segurança pública e da violência. E eu acho acho que nós precisamos incluir essa preocupação na agenda, inclusive na agenda progressista. O pensamento progressista sempre negligenciou em alguma medida a questão da segurança pública, atribuindo a tão somente à pobreza e à desigualdade, o que é um fato, mas pobre também precisa de segurança pública e nós nos atrasamos”

Luis Roberto Barroso, o “senhor Lava Jato”, um golpista “progressista”, vejam só! Assim como muitos direitistas que se apresentam como “progressistas” convertidos, Barroso tem um caminhão de orientações para o “campo progressista”. Após o golpe de 2016, já tivemos o desprazer de ver figuras como Felipe Neto e Reinaldo Azevedo se travestindo de “progressistas” e distribuindo seus conselhos à esquerda. A dica de ouro de Barroso é que abordar o problema da segurança pública de um ponto de vista social é um atraso. Pobre precisaria de polícia para garantir a propriedade privada que não tem ou para o proteger da própria violência policial?

A situação caótica no Equador, um país que tem um regime fruto de um golpe de Estado organizado pelos Estados Unidos, aparece como mais uma oportunidade para os golpistas brasileiros tentarem abrir ainda mais as portas da Amazônia para o imperialismo. Afinal, se o Brasil não consegue cuidar desse precioso bem da humanidade, toda ajuda seria necessária. E advinha quem está de prontidão na região, especialmente nas suas bases militares na Colômbia? Os norte-americanos, paladinos da democracia e do combate às drogas. Donos do maior mercado consumidor de drogas do planeta e profissionais em derrubar governos nacionalistas em todos os continentes.

Não bastasse o STF, que opera como uma espécie de Poder Moderador no país, o próprio governo Lula está infestado de ratos pró-imperialistas. Com a indicação de Flávio Dino para compor o STF, o Ministério da Justiça e Segurança Pública será ocupado por ninguém menos do que Ricardo Lewandowski, o homem que chancelou o golpe de 2016 como presidente do STF na época. Um golpe operado de fora do país, justamente pelos “amigos” da Amazônia nos Estados Unidos, governado por Barack Obama, que ainda tinha Joe Biden como vice-presidente. É o STF ganhando postos oficialmente no Poder Executivo.

A soberania da Amazônia está realmente sob risco, mas os traficantes de drogas são peixes bem pequenos perto dos tubarões da burguesia imperialista. As declarações de Barroso e toda a movimentação do imperialismo na região devem servir de alerta para os brasileiros. A parte brasileira da Amazônia não é um patrimônio do mundo, é um patrimônio dos brasileiros, e precisa ser defendida. Os entreguistas devem ser denunciados e combatidos.

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