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Palestina

Ataque de sucesso do Hesbolá faz espião israelense renunciar

Operação contra a base da Unidade 8200 foi desmoralização final do agente da espionagem Yossi Sariel, um dos responsáveis pela derrota de “Israel” em 7 de outubro

No domingo (25), o Hesbolá realizou uma operação de retaliação contra o Estado de “Israel” que atingiu uma importantíssima base de espionagem, a Unidade 8200. Uma semana depois a imprensa israelense afirma que o chefe da unidade, que é o arquiteto da Inteligência Artificial (IA) do exército, General de Brigada Yossi Sariel, deve renunciar nas próximas semanas.

O portal Walla divulgou que um oficial de segurança israelense afirmou que: “a unidade que se tornou uma marca internacional deve passar por uma reabilitação após a grande crise“. A Unidade 8200 da Direção de Inteligência Militar, conhecida por sua expertise em inteligência de sinais (SIGINT) e decodificação de códigos, contrainteligência, guerra cibernética, inteligência militar e vigilância, desempenha um papel fundamental na segurança israelense e é comparável à Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA).

A Unidade 8200 também é o maior coletor de inteligência do exército sionista e passou por uma reformulação sob o comando de Sariel, que promoveu a integração da IA em suas funções. Anteriormente renomado em círculos de inteligência, Sariel cometeu uma série de erros que acabaram com sua imagem.

Não apenas Sariel falhou em tomar as medidas de segurança apropriadas antes de 7 de outubro, como também revelou acidentalmente sua identidade ao público. O chefe da Unidade 8200 e outros altos comandantes de unidades estratégicas de “Israel” são mantidos em segredo absoluto. No entanto, um erro cometido pelo próprio Sariel em um momento anterior anulou os efeitos dos protocolos israelenses.

Depois de manter sua identidade em segredo por quase duas décadas, Sariel se expôs ao publicar um livro sob um pseudônimo. A falha de segurança vergonhosa aconteceu quando Sariel, anteriormente conhecido como General de Brigada Y, publicou um livro na Amazon, deixando um rastro digital até sua conta pessoal do Google criada em seu nome, juntamente com sua identificação única e links para os perfis de mapas e calendário da conta, relatou o The Guardian no início deste ano.

O chefe da Divisão de Pesquisa de Aman, General de Brigada Amit Saar, também foi alvo de críticas devido à falha em alertar e agir contra a operação de 7 de outubro e renunciou em abril deste ano, citando problemas de saúde.

Fica claro que o ataque do Hesbolá a essa base aumentou ainda mais a desmoralização do aparato de inteligência de “Israel”. O governo sionista esconde o impacto do ataque, mas por este fato, e outras movimentações internas de “Israel”, como, por exemplo, a ausência de uma retaliação ao Hesbolá, a conclusão que se chega é que os objetivos da resistência libanesa foram atingidos.

Pouco após a operação a imprensa libanesa destacou os resultados da operação: Fechamento do aeroporto Ben Gurion; Cancelamento de voos para e da entidade ocupante; Air France cancelando voos para Telavive no domingo; Suspensão de aulas na Universidade de Haifa e no Technion; Fechamento das praias públicas em Haifa e Tabaraia; Dezenas de unidades habitacionais foram danificadas no Norte; Elevação do estado de prontidão e alerta militar para o nível mais alto; Declaração de estado de emergência em toda a entidade ocupante.

E isso foi só o impacto inicial. O desenvolvimento político, como visto com a renúncia de Sariel, é enorme. Outro resultado foi que a crise no norte de “Israel” se acentuou muito. As prefeituras do norte se recusaram a se comunicar com o governo central e começaram a sabotar a própria estrutura do exército. “Israel” teve de prometer uma transferência de quase 1 bilhão de dólares para o norte, mas isso não estancou a crise. O Hesbolá demonstrou sua força no dia da operação e isso aparece cada vez mais.

O Irã se mantém como um firme aliado

No domingo (1º), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que a política central do país é baseada na continuidade do apoio ao movimento de resistência libanesa Hesbolá. Araqchi fez as declarações em uma reunião com Abdullah Safioddin, o representante do Hesbolá no Irã.

Ele expressou o apoio do Irã à frente de resistência e à luta legítima das nações do Oriente Médio contra a ocupação do regime israelense. Safioddin, por sua vez, disse que o secretário-geral do Hesbolá, Hassan Nasseralá, e outros oficiais estenderam suas felicitações a Araqchi por sua nomeação como novo ministro das Relações Exteriores do Irã.

Durante a reunião, o ministro iraniano e o representante do Hesbolá discutiram os últimos acontecimentos na região, particularmente a batalha da frente de resistência contra “Israel” no Líbano, e os incidentes em andamento na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

A República Islâmica do Irã segue sendo o principal baluarte de toda a resistência na região. Garantem apoio, inclusive militar, a todas as frentes, Palestina, Líbano, Síria, Iraque e Iêmen. O Irã também prepara uma retaliação contra o Estado de “Israel” devido ao assassinato de Ismail Hanié na capital iraniana, Teerã, no dia 31 de julho.

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