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Oriente Médio

Ataque da Inglaterra ao Iêmen foi imposição dos norte-americanos

Setores do governo da Inglaterra e demais países europeus temem as consequências da uma possível escalada na região

Na última quinta-feira (11), os Estados Unidos e Reino Unido atacaram alvos do Iêmen. Segundo o atual mandante da Casa Branca, foi um ato em defesa à liberdade de navegação:

“Essas investidas são uma resposta direta aos ataques sem precedentes dos Houthis contra navios marítimos internacionais no mar Vermelho — incluindo a utilização de mísseis balísticos anti-navio [míssil designado para uso contra navios] pela 1ª vez na história é uma mensagem clara de que os EUA e seus aliados não tolerarão ataques nem permitirão que intervenientes hostis ponham em perigo a liberdade de navegação numa das rotas comerciais mais críticas do mundo”.

A Inglaterra, apesar de ter participado dos bombardeios, recuou em relação ao conflito, afirmando que o “Reino Unido não precisava” participar dos ataques. Segundo o ex-deputado Matthew Gordon-Banks a Sputnik:

“O Reino Unido não tem ambições geopolíticas no Iêmen e não tem a capacidade militar de empreender nada além de ação de ataque limitada em paralelo com os EUA. O Reino Unido não precisou participar de ataques aéreos limitados contra os houthis, mas optou por fazê-lo como aliado dos Estados Unidos”, disse o pesquisador aposentado da Academia de Defesa do Reino Unido, acrescentando que: “Muitos no Reino Unido, incluindo algumas autoridades do Ministério das Relações Exteriores, estão nervosos com essa atividade”.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, descreveu os ataques como “ação limitada, necessária e proporcional em legítima defesa”. Gordon-Banks lembrou que outros países imperialistas, como França, Espanha e Itália, se negaram a participar dos ataques, com Paris afirmando que: “enfraqueceria sua capacidade de ser visto como um corretor honesto para a desescalada do conflito em Gaza, a principal razão para as ações dos ‘houthis’”. É notório o receio da Europa em uma possível escalada do conflito no Oriente Médio. O ex deputado acrescenta que a ação britânica coloca os navios ingleses como alvo:

“Embora a ação militar limitada do Reino Unido contra os alvos houthis seja visto como uma necessidade do governo de procurar proteger o transporte marítimo no Mar Vermelho, o que a ação resulta, é fazer com que os navios de guerra e aviões do Reino Unido sejam tidos como alvos, dado que o governo Biden afirmou que essas ações eram ‘em apoio a Israel’”

O hesito dos britânicos e o fato de outros países europeus não ousarem intervir contra o Iêmen no Mar Vermelho, revela a gigantesca crise política que existe no Oriente Médio. A operação “Dilúvio de Al-Aqsa”, liderada pelo Movimento de Resistência Islâmica, Hamas, colocou por terra toda a ‘solidez’ de “Israel”, o que, consequentemente, enfraqueceu o vínculo de dominação sobre o povo árabe. A escalada do conflito, ao que parece, é iminente. A ação do Ansar Alá, chamados pejorativamente pela imprensa internacional de Houthis, demonstra a tendência do conflito em se generalizar. O imperialismo teme uma derrota acachapante na região.

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