Para que a Campanha Salarial da categoria bancária seja vitoriosa, é necessário que as assembleias e as mobilizações sejam presenciais.
Os sindicatos, reunidos nas federações e na confederação, são umas das armas mais poderosas dos trabalhadores e precisam estar nas mobilizações, junto com os trabalhadores nas ruas.
A presença dos trabalhadores nas assembleias e manifestações da categoria é fundamental para o desenvolvimento da mobilização e a principal ferramenta da classe trabalhadora no sentido de derrotar os patrões e as suas instituições no Estado.
Ao contrário disso, o que se tem visto, por parte das direções sindicais, é a campanha sistemática das realizações de assembleias de trabalhadores de forma virtual.
Segundo as justificativas da burocracia sindical, a participação neste formato têm sido maior que na forma presencial; na forma virtual, aqueles trabalhadores lotados no interior dos estados não precisam se deslocar quilômetros de distância para participar, aumentando assim a participação etc. e tal.
Porém, as assembleias virtuais nada mais são do que assembleias de faz de conta, que limitam a participação e a manifestação livre de quem está ali, em carne e osso, presente. Nada de concreto virá dessa política de faz de conta. Ainda mais diante dos banqueiros, os maiores parasitas dos povos do mundo todo, tendo como um dos maiores exemplos no Brasil o seu representante no Banco Central, Campos Neto, que mantém uma taxa de juros na estratosfera para beneficiar esses mesmos banqueiros sanguessugas da economia nacional.
Nessa campanha salarial dos bancários, ataques mais duros com certeza virão, pois continua na pauta dos patrões a política de privatização dos bancos públicos, fim da jornada de 30 horas semanais, terceirização, demissão em massa, fechamento de agências, extinção dos planos de saúde e previdência etc. e, nesse sentido, alijar os trabalhadores de um direito fundamental que é participar e fazer a luta real, debater, se reunir, não é o método para que os trabalhadores possam vislumbrar uma vitória.
Não há outro caminho, apenas indo às ruas, estando lado a lado com a classe trabalhadora é que se poderá efetivar um combate real aos banqueiros, que não descansaram na tentativa de liquidar com os direitos dos bancários conquistados em décadas de lutas.
É preciso que a categoria exija dos dirigentes sindicais uma postura real de luta. Que as assembleias e reuniões presenciais sejam incrementadas em todos os lugares, nas cidades e no interior também, e as decisões das pautas de reivindicações sejam consolidadas presencialmente nas sedes dos sindicatos ou nas ruas.
Assim, é preciso combater essa política de atuação virtual e exigir mobilizações nas ruas, com uma política de união de classe e de luta que represente realmente os interesses da categoria e assim aproximar a base ao sindicato.