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Juca Simonard

Editor da revista Na Zona do Agrião e redator do Dossiê Causa Operária

Coluna

A lambança de Textor no Botafogo

"O que Textor está fazendo contra o Botafogo é um ataque ao futebol brasileiro, um patrimônio da classe operária"

Em 2023, o Botafogo não contou com Jeffinho. Revelação do clube em 2022, primeiro ano após a implantação da SAF, o jovem ponta oriundo das bases do Resende e do Glorioso foi “vendido”, no fim do ano, para o Olympique Lyonnais, clube que, assim como o Botafogo, também é controlado pela Eagle Holdings, do norte-americano John Textor. 

Em 2023, houve uma certa reformulação do clube e o Botafogo chegou muito próximo de conquistar o Campeonato Brasileiro. O Botafogo liderou o Brasileirão por 30ª rodadas e vacilou no final. Após o melhor primeiro turno da história dos pontos corridos, o Alvinegro fez uma campanha de penúltimo colocado (rebaixado) no segundo turno. Muitas coisas, de fato, aconteceram. Inclusive, nitidamente, a arbitragem atuou para não deixar o Glorioso ser campeão. Mas, diante da campanha extraordinária no primeiro turno, até isso seria difícil.

Em grande medida, a perda do título é culpa da SAF da Eagle Holdings, de Textor. Por mais que tenha colocado a estrutura para que o Botafogo fosse virtualmente campeão, a perda do título também aconteceu porque o elenco não era encorpado o suficiente para aguentar o exaustivo e prolongado Campeonato Brasileiro. Faltavam jogadores de reposição. Passamos o ano sem algumas peças de reposição.

Ao final do ano, os dois destaques do clube na temporada, o goleiro Lucas Perri e o zagueiro Adryelson também foram transferidos para o Lyon. Por outro lado, Jefinho voltou e, no Campeonato Carioca, tem sido o grande destaque do time. Se ele não tivesse sido “vendido” para o Lyon (na verdade, a transferência de um ativo de Textor para outro ativo seu), o Botafogo teria um ótimo jogador em seu elenco que “pipocou” em 2023.

Agora, surge a notícia que o Botafogo contratou o cracasso de bola Luiz Henrique, do Bétis. Mas, na verdade, Luiz Henrique só vem para ser lapidado no Botafogo e jogar no Lyon. Assim, ficou claro que o Alvinegro se tornou um clube satélite do principal ativo de Textor, o seu clube francês — que não tem 5% da importância que o Botafogo tem para o futebol mundial, mas tem mais dinheiro.

O que Textor está fazendo contra o Botafogo é um ataque ao futebol brasileiro, um patrimônio da classe operária. Fora SAF! As torcidas devem controlar os clubes!

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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