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Liberdade de expressão

A expulsão do TikTok nos EUA visa combater a defesa da Palestina

O TikTok está sendo perseguido por não censurar o suficiente quem defende a Palestina

Nas últimas semanas, a possível proibição do TikTok nos Estados Unidos dominou os debates públicos. A perseguição a rede social chinesa não começou no governo atual, e sim com o mandato de Donald Trump. A supressão do TikTok é uma ambição tanto dos Democratas quanto dos Republicanos, porém se intensificou no governo Biden. No último mês, a Câmera dos Deputados norte-americana aprovou um projeto de lei destinado a pressionar o desenvolvedor da rede social, ByteDance, a se desfazer dos ativos nos EUA ou enfrentar a expulsão. Joe Biden, afirmou que caso passasse para o Senado, ele também assinaria o projeto de lei. 

Nomeado de “Lei de Proteção aos Americanos contra Aplicações Controladas por Adversários Estrangeiros”, foi aprovado pela esmagadora maioria na Câmera dos EUA com 352 votos a favor e apenas 65 contra, dando um prazo rigoroso a ByteDance de apenas seis meses, porém, a aprovação depende do Senado e da assinatura do atual presidente dos Estados Unidos. Os legisladores defendem que o TikTok, por ser uma empresa chinesa, poderia conceder ao PCC (Partido Comunista Chinês), informações privadas dos usuários norte-americanos, sendo um risco a soberania do país, por meio do seu “algorítimo altamente envolvente”. No entanto, o aplicativo é muito popular, nos EUA é utilizado por 170 milhões de pessoas, além de ser amplamente utilizado por grupos ativistas e políticos, que criticaram a medida de proibir a rede social, alegando que seria um atentado à liberdade de expressão, já que o TikTok está sendo utilizado para expor os crimes de guerra de “Israel” na Faixa de Gaza. A Casa Branca e os legisladores defende o projeto alinhado a sua “preocupação” com à “segurança nacional” e a “privacidade de dados” de um lado, e a população denunciando que a proibição serve aos interesses do imperialismo e do lobby sionista, muito influente no país.

Censura nas Redes Sociais

Desde o início da operação Dilúvio de al-Aqsa, as redes sociais vêm sofrendo uma escalada de censura, as vozes que defendem os palestinos e divulgam os crimes cometidos por “Israel” estão sendo sistematicamente combatidos pelas mais diversas redes. Os usuários dos EUA no TikTok, afirmam que a rede possibilita a atividade de denunciar o genocídio israelense frente as outras redes sociais. Denunciam que a desculpa de “segurança nacional”, “segurança de dados”, seriam um pano de fundo para censurar ainda mais as vozes que defendem os palestinos. O CEO da ByteDance, Shou Chew, corrobora essa versão ao afirmar que a rede social, apesar de chinesa, é uma empresa privada, desta forma, não concede dados ao Partido Comunista Chinês, portanto, a denúncia seria “infundada”.

“A ByteDance não é de propriedade ou controlada pelo governo chinês. É uma empresa privada” – Chew também afirmou a ação legislativa é “decepcionante”, prometendo medidas rigorosas de defesa do aplicativo, incluindo recurso legal.

O TikTok permanece “esperançoso de que o Senado considere os fatos, ouça seus constituintes e perceba o impacto na economia, nos 7 milhões de pequenas empresas e nos 170 milhões de americanos que usam nosso serviço” – disseram os proprietários do aplicativo em um comunicado recente e concluiu:

“Esse processo foi secreto e o projeto de lei foi aprovado por um motivo: é uma proibição.” 

No entanto, o ceticismo prevalece entre os legisladores dos EUA, com o senador Marco Rubio alegando durante uma audiência recente sobre ameaças globais que empresas chinesas, incluindo a ByteDance, estão sujeitas ao controle do Partido Comunista Chinês.

“Eles controlam uma empresa que possui um dos melhores algoritmos de inteligência artificial do mundo. É o que é usado neste país pelo TikTok, e usa os dados dos americanos para basicamente ler sua mente e prever quais vídeos você quer ver”, disse ele.

Cinismo 

A acusação fajuta e infundada de que os chineses estariam “roubando” dados dos norte-americanos chega a dar náuseas aos conhecedores da política ianque nos mais diversos países, em como as redes sociais, por exemplo, o Facebook, teve uma participação ativa no golpe de estado na Ucrânia em 2014, além da influência e controle de dados de outros países. O único objetivo é combater o discurso que contraria a imprensa hegemônica que, de forma uníssona, defende as mentiras propagadas pelo estado artificial de “Israel”. Segundo Anthony Goldbloom, especialista de dados de São Francisco, por meio de uma pesquisa, revelou que o apoio a Palestina no TikTok é muito mais amplo do que o apoio a “Israel”

“Embora a proporção tenha flutuado, ele descobriu que às vezes era de 69 para 1 a favor de vídeos com hashtags pró-palestinas”, disse o relatório, referindo-se a Goldbloom. 

Lobbies sionistas

Os sionistas, através do seu amplo aparato de mentiras, afirmaram que o TikTok está proporcionando de forma irresponsável o aumento exponencial do “antissemitismo”. A JFNA (Federações Judaicas da América do Norte) aplaudiu a possível proibição, atribuindo ao TikTok “alimentar um aumento horrível no antissemitismo”. A Liga Anti-Difamação (ADL), outro lobby sionista, também se pronunciou a favor do projeto de lei que visa expulsar o TikTok dos EUA, através do chefe da ADL, Jonathan Greenblatt, que afirmou que o TikTok se tornou “o canal de notícias 24 horas por dia, 7 dias por semana, de muitos de nossos jovens, e é como a Al Jazeera com esteroides, amplificando e intensificando o antissemitismo e o antissionismo sem repercussões”.

Em defesa da liberdade de expressão nas Redes Sociais

Os movimentos sociais de luta devem defender energicamente os espaços possibilitados pela internet, verdadeira revolução tecnológica, para denunciar as atrocidades do imperialismo e do regime burguês, a censura serve apenas aos poderosos.

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