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Bancários

Contraf/CUT deve defender uma verdadeira luta

Nas atuais campanhas salariais, trabalhadores dos bancos foram levados pelas suas direções burocráticas não reivindicar em suas pautas a reposição das perdas salariais passadas

O Comando Nacional dos Bancários, reunidos no último dia 10 na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), “definiu a temática das conferências estaduais e regionais, o questionário e o período da realização da Consulta Nacional à categoria bancária” (site contrafcut 10/4/2024), como parte da preparação para a Campanha Salarial da Categoria que tem a sua data base no mês de setembro.

Para a presidenta da Contraf/CUT e coordenadora do Comando Nacional, Juvandia Moreira, “a Consulta Nacional permite que a gente entenda os anseios da categoria e as conferências nos ajudam a ampliar e aprofundar o debate sobre os principais temas que afetam o dia a dia de trabalho nos departamentos e agências bancárias e também aqueles que envolvem toda a sociedade”, e complementa: “vamos colocar em debate pontos como a isenção de imposto de renda sobre a PLR e a tributação dos super-ricos, e queremos saber o grau de endividamento da categoria. São alguns dos pontos que podem contribuir com a melhoria de vida da categoria”. (Idem)

O que chama a atenção em relação aos temas da consulta à categoria, para ser formulada a pauta de reivindicações a serem levadas para as mesas de negociações, é que entre as reivindicações mais importantes, muitas delas não são baseadas em dados concretos, ou seja, são perguntas genéricas. 

Um dos temas, que nas campanhas salariais dos trabalhadores geralmente é o mais importante, o econômico cita apenas se os bancários querem “Aumento Real”.

Vale ressaltar que nas atuais campanhas salariais, os bancários foram levados pelas suas direções burocráticas a não reivindicar a reposição das perdas salariais passadas. Segundo dados oficiais (manipulados, sempre devemos ressaltar), as perdas salariais dos bancários desde o famigerado governo de FHC até 2023 passam de 27%, isso sem levar em conta que o piso salarial naquela época era de quatro salários mínimos e hoje é de apenas dois. Ainda, as burocracias sindicais passaram a “solicitar” dos patrões apenas a reposição diminuta da inflação oficial dos últimos doze meses e um “aumento real” genérico que, na campanha salarial passada foi de apenas 0,5% que, na verdade, não houve esse ganho, já que o reajuste proposto pelos banqueiros e aceito pelas direções, ficou abaixo do índice da inflação somado como o tal “ganho real”. 

Todo mundo sabe que em qualquer tipo de negociação uma parte pede o máximo e, no consenso entre os interesses antagônicos, pode-se chegar a um acordo de uma boa proposta, o que isso não é exclusivo das mesas de negociações entre empregados e patrões. Ao contrário disso, a burocracia sindical, nas campanhas salariais, têm levado à mesa uma reivindicação mínima, e sendo assim deixam a vontade os banqueiros para apertar cada vez mais o cinto dos trabalhadores bancários.

A campanha salarial dos bancários irá se dar em meio aos ataques cada dia mais sistemáticos dos banqueiros em que cada dia são arrancados os mais elementares direitos dos trabalhadores: demissão em massa, arrocho salarial, terceirização, fim das aposentadorias, assédio moral, falta de pessoal, etc., ou seja, querem transformar os bancários em verdadeiros escravos.

Nessas condições, a arma dos trabalhadores bancários nesta campanha salarial é organizar uma grande mobilização para derrotar os banqueiros, inimigos dos trabalhadores. Para isso é necessário organizar uma política que efetivamente atenda os interesses da categoria.

Nada de reivindicações genéricas. É preciso ter reivindicações concretas para, inclusive ser um instrumento efetivo da luta da categoria, como, por exemplo, reposição integral das perdas salariais, escala móvel dos salários toda vez que o custo de vida subir 3%; piso salarial de R$ 7 mil; estabilidade no emprego; fim das terceirizações, etc.

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