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Dia de Hoje na História

3/1/1990: Manuel Noriega é sequestrado pelos EUA no Panamá

O imperialismo não conseguindo derrubar o presidente do Panamá por meio de uma campanha golpista, por isso invadiu um dos menores países da América Latina para derrubar seu governo

Em 1989, o imperialismo norte-americano realizou uma de suas operações militares na América Latina. O Panamá foi invadido a mando de George Bush pai no dia 20 de dezembro com o objetivo da derrubada do governo de Manuel Noriega, anteriormente um aliado dos EUA. O Operação foi chamada de Justa Causa e tinha como justificativa o combate ao tráfico de drogas. No dia 3 de janeiro, o próprio presidente do país já havia sido sequestrado pelo exército norte-americano.

O general Manuel Antonio Noriega Moreno foi um dos principais aliados dos EUA na América Central nas décadas de 1970 e 1980. Naquele momento, os EUA travavam uma guerra principalmente contra a Nicarágua, onde os guerrilheiros sandinistas haviam tomado o poder, e contra outras guerrilhas que estavam inspiradas na vitória da Revolução Nicaraguense. O caso mais famoso é o de El Salvador. No Panamá, a intervenção imperialista não aconteceu devido a guerrilhas, mas sim porque Noriega assumia uma postura independente dos EUA.

Ele se tornou o comandante das forças armadas do Panamá em 1983, nesse momento, na prática, era quem governada o país. A primeira eleição após a ditadura militar, iniciada em 1968, aconteceu em 1984 sob protestos de fraude. Em 1985, o presidente já renunciou, abrindo uma crise política no país que perduraria até o ano de 1989. Quem assumiu foi o vice Eric Arturo Del Valle. A luta para retirar Noriega do poder nesse momento já fazia parte da campanha imperialista.

Em 1987, congelaram a ajuda econômica e militar ao Panamá. Em 1988, Noriega foi acusado de tráfico de drogas por um tribunal dos EUA. Em abril de 1988, o presidente Reagan invocou a lei de emergência internacional. Assim, congelou de ativos aos bancos do governo panamenho, as taxas de retenção para o uso do canal, e proibiu o comércio de agências americanas, empresas e indivíduos com o governo Noriega. Se iniciou uma campanha golpista de primeira linha.

Em 1989, houve uma eleição, e Guillermo Endara, o candidato da oposição apoiado pelo imperialismo, foi vitorioso. Noriega ignorou completamente o resultado das eleições e as anulou, declarando o motivo intervenção imperialista, que de fato vinha acontecendo. Os EUA então começaram a enviar tropas para as suas bases no canal do Panamá. Em dezembro de 1989, a Assembleia Nacional concedeu poderes especiais ao general Noriega o nomeado chefe do Gabinete de Guerra, ao mesmo tempo que declarou estado de guerra contra os Estados Unidos.

Os EUA, então, invadiram um dos menores países da América Latina com uma força de 26 mil soldados para combater o exército do Panamá, que somava apenas 12 mil. A operação foi extremamente violenta mesmo com toda a superioridade militar. Poucas horas após o início da invasão, Guillermo Endara foi empossado como presidente do país em uma base militar norte-americana. Em duas semanas, Noriega seria capturado e mandado para Miami para ser julgado. Ele foi condenado a 40 anos de prisão, após 37 anos morreu encarcerado.

O caso Noriega se assemelha ao de Sadam Hussein no Iraque. É o aliado do imperialismo que, ao tentar tomar uma posição independente, é completamente descartado. Assim como Sadam, ele lutou contra a campanha golpista, no fim o imperialismo se viu obrigado a usar a força. É uma demonstração da lei de que pior que ser inimigo do imperialismo é ser um de seus aliados.

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