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A indústria de ‘fake new‘

Vale tudo: Lula acusado de “gordofobia”

Matéria do Estadão é uma aula de como usar o jornalismo como arma política, para enfraquecer governos e disseminar e mentir sem nenhum pudor. Tudo isso impunemente

Gordofobia

A imprensa golpista não mede esforços para criticar Lula. Estamos vivendo uma fase pré-golpe no PIG (Partido da Imprensa Golpista) similar ao golpe dado contra Dilma Rousseff. Um dos papéis da imprensa capitalista é criar um clima desfavorável ao governo. Desta vez estão usando uma reunião ministerial contra o governo.

O crítico da vez é o jornal O Estado de São Paulo, ou Estadão, que no dia 15, quinta-feira, publicou uma matéria intitulada “Reuniões de 9 horas como a de Lula com ministros são improdutivas, dizem especialistas”. Ninguém irá se surpreender que um jornal de direita ataque o governo, mas não deixa de ser inusitado que procurem esse tipo de assunto.

O jornal foi buscar um especialista, para poder reclamar. Acharam um que se chama Paulo Almeida, professor de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), que “analisa que reuniões muito longas são “cansativas e tendem a não ser muito produtivas”. Segundo ele, o ideal é fazer reuniões mais frequentes e acompanhar de perto as metas estabelecidas pelo governo”.

Lula já está em seu terceiro mandato, já deve ter feito centenas de reuniões ministeriais, mas o Estadão foi capaz de encontrar um especialista para dizer como as coisas deveriam ser feitas. Aliás, podemos aproveitar para pedir para o Estadão entrar em uma campanha pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salário, claro, pois os trabalhadores ficam nove horas trabalhando todos os dias, para ganhar uma miséria, e tendo de enfrentar conduções superlotadas.

Segundo o professor: “O líder deve dar oportunidade para que todos se expressem e evitar preferências e monólogos. Este, inclusive, foi um dos motivos do longo tempo de duração da reunião. O presidente já havia ressaltado que a reunião seria longa, pois cada um dos membros do seu governo, além dos líderes no Congresso, teria dez minutos para discursar”. E não para por aí, pois “Almeida também enxerga que a comunicação do governo deve ser mais estratégica” e “alerta que as falhas de comunicação podem estar sendo cometidas pelo próprio chefe de governo”.

Gordofobia

O Estadão inventou essa desculpa da reunião longa porque, de fato, queria enquadrar Lula dentro de um dos assuntos favoritos dos identitários, as ‘fobias’, especificamente a “gordofobia”, por isso aproveita para dizer que “Uma das críticas do professor é sobre a piada que Lula fez sobre o peso do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante a reunião. No almoço servido aos ministros, o presidente disse que serviriam “pouca comida” para Dino, sendo seguido de risadas pelos outros participantes”.

Todo mundo sabe que Lula foi peão de fábrica, que costuma brincar. No entanto, é bem provável que estivesse fazendo uma chacota, pois não é a primeira vez que se tenta enquadrá-lo nessa baboseira de gordofobia. Em março, durante uma cerimônia, Lula teria brincado com a obesidade de Flávio Dino. Opositores do governo, esses que apoiam o teto de gastos e, portanto, promovem a fome, usaram as redes sociais para questionar se Lula não seria preconceituoso. Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Arthur do Val aproveitaram para alfinetar o presidente.

No evento, o presidente teria dito o seguinte: “Aqui ninguém está com excesso de magreza, a não ser o nosso poeta. O restante está tudo com um pouco de obesidade, que também é uma doença que nós precisamos cuidar. A nossa médica que é ministra da Saúde sabe perfeitamente bem que a obesidade causa tanto mal quanto a fome. E por isso que o Flávio Dino está andando de bicicleta, [se dirigindo a Flávio Dino]”.

O autor da matéria cometeu um pequeno ato falho, pois de acordo como professor “que é especializado em Gestão na Comunicação”, o presidente deveria ter cuidado em reuniões, principalmente nessas com peso estratégico.

Centrão

O artigo do Estadão não serve apenas para chamar Lula de gordofóbico, ou para se queixar de uma reunião ministerial muito longa, serve ainda para sugerir que Lula teria chamado os ministros para cobrar mais agilidade para atender a pedidos vindo do “centrão”.

Para fingir isenção, o jornal procura um especialista para elogiar Lula. Após passar o tempo todo criticando, reservou dois míseros parágrafos para o ‘contraditório’, e ouviu Fernando Dantas, mestre em Gestão do Conhecimento e consultor no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal (Sebrae-DF), que disse que uma reunião longa pode ser positiva.

Essa tática da grande imprensa é bem conhecida, são séculos aprendendo a mentir e a falsificar a realidade. Uma informação que passa mais tempo sendo dada é com certeza mais importante e é a que ficará fixada na mente do leitor, a começar pelo título, pois ali está escrito: Reuniões de 9 horas como a de Lula com ministros são improdutivas, dizem especialistas. Notem que especialistas está no plural, dando a entender que todos são contra, sendo que um deles disse que pode ser positiva.

Este é apenas um pequeno exemplo, pois isso se vê o tempo todo na grande imprensa, e desmascara que essa tal luta contra as “fake news” não passa de mais uma mentira que, no final das contas, servirá apenas para calar a esquerda.

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