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Mulher negra no STF

Uma campanha caríssima e muito suspeita

Nesta últimas semana se intensificou uma campanha para o presidente Lula indicar uma mulher negra no assento a vaga do STF

Nesta últimas semana se intensificou uma campanha para o presidente Lula indicar uma mulher negra no assento a vaga do STF. A ideia seria ter uma mulher negra na vaga aberta pela aposentadoria de Rosa Weber.

A campanha, embora relativamente recente, conta com uma grande estrutura e uma produção que abarca peças publicitárias muito bem produzidas, anúncios na mundialmente conhecida Times Square em Nova Iorque (nos EUA) e outdoors em Nova Deli, na Índia, observados na saída do Aeroporto Internacional do país.

Não é discutido qual seria o papel das mulheres presentes na suprema corte ou qual seria as consequências políticas da nomeação pretendida. Sequer discute-se quem exatamente seria a tal “mulher negra”. Há apenas uma chantagem com o presidente, para que o critério para o próximo ministro não seja seu compromisso com o Estado de Direito.

Uma campanha muito cara

O primeiro questionamento a ser considerado dessa campanha é como num período tão curto de tempo conseguiram mobilizar tal ordem de recursos. A campanha ultrapassou continentes, sendo divulgada em um dos locais de maior custo publicitário do mundo, Times Square.

Falamos aqui da divulgação de um vídeo onde as maiores marcas fazem divulgação. O local tem um fluxo anual de 41 milhões de pedestres. Até mesmo os vídeos de pessoas físicas, não publicitários, teriam um custo considerável para a duração da peça publicitaria em questão.

Em resumo, essa campanha certamente conta com um elevado custo financeiro e demanda alta logística, algo inviável para um movimento popular autêntico, sem o apoio da burguesia e construído nas lutas do povo nas ruas, mas é o que tem o grupo de recente fundação chamado Instituto de Defesa da População Negra (IDPN).

De onde vem os recursos?

Posto a alta demanda de recursos dessa campanha, chagamos a pergunta de onde provem os recursos? A campanha em si foi organizar em um período relativamente curto, a própria entidade tem pouco tempo de existência como tal.

Então de que maneira foram conseguidos os recursos para essas atividades? Considerando que não foram simples atividades, contratar serviços diferentes de publicidade em dois países diferentes.

Os outdoores, por exemplo, são locados por período, há especificações determinadas, sua contratação não se tratar de uma tarefa trivial ou barata. A propaganda na Times Square pode dispensa uma logística mais simplificadas, mas é bastante não deixar de ser bastante onerosa.

O curta-metragem

Apesar de conta com apenas 4 atores e 4 fornecedores, o curta-metragem tem uma equipe de 26 técnicos. Embora o conteúdo seja péssimo, de uma política pobre não abre nenhuma discussão sobre sua defesa, mantendo apenas um apelo emocional, a realização contra com uma estrutura de considerável porte.

É nítida uma estrutura de no mínimo médio porte, com diversos funcionários e gastos técnicos apenas nesse projeto. Considerando que a IDPN, abriu em agosto um edital para vaga de gestão de projetos, essa não se tratar de uma iniciativa única.

Há muito recursos 

A diversidade de projetos, o uso de mão de obra profissional, indicam que a IDPN é um aparato com um financiamento considerável. Há muito recursos nessas campanhas, e como o próprio IDPN afirmar o filme “Todo Mundo Tem Um Sonho” parecer ser apenas o início dessa campanha.

A peça tem enormes semelhanças com um comercial regular produzido por uma agência de ponta, muito mais do que de uma campanha popular, que dispondo de um orçamento modesto, sempre terá deficiências no que tange, sobretudo ao aspecto da produção (qualidade da imagem, som, efeitos, etc.). Um número reduzido de empresas produtoras teriam recursos para realizar um filme desse porte.

Uma campanha popular?

Uma campanha realmente popular, encontra diversas dificuldades para leva suas lutas adiante. Qualquer pessoal que tenha o mínimo de experiência com alguma mobilização independente saber disso.

O que poderíamos dizer de uma campanha recente, surgida do aquém e do além e contando com tantos recursos? Não teria condições nenhuma de executar uma fração apenas de tudo o que a mobilização pela “mulher negra no STF” em abstrato fez em termos de agitação e propaganda. Nem comentar obter financiamento.

Uma produção como a da IDPN, sem um número de pessoas em seu apoio, não conseguiria ter o nível de profissionalização apresentado. Manter apenas as mais de duas duzias de profissionais destacados nos créditos finais de “Todo Mundo Tem Um Sonho” já não seria natural para a IDPN.

Temos que ter claro que essa campanha não tem sua origem no movimento negro. Não há nesse momento nenhum movimento de defesa dos direitos da população negra que reivindique essa campanha, apenas entidades reivindicadas do movimento negro, apesar de não terem nenhuma atuação real.

O imperialismo e suas ONGs

Aqui, novamente, volta ao debate o papel das ONGs na política interna. Essa é uma questão que preocupa diversos países atrasados, tendo em vista que essas entidades se tornaram um instrumento de intervenção externa.

Esse recurso foi utilizado pelo imperialismo para intervir em países dissonantes de sua política nas últimas décadas. De tão comum essa intervenção na orquestração de golpes de Estado, foi cunhado o termo “Revoluções coloridas”, onde as potências imperialistas derrubaram regimes e impuseram sua ditadura às populações dos países atacados.

Aqui não falamos de uma entidade, que  atende uma necessidade pontuação da população, mas daqueles que se tornaram “ONGueiros” profissionais. Entanto a merce de quem os financiar.

Disto isto, esses caso não é uma novidade, mas apenas o imperialismo mais uma vez financiando largamente pessoas para defender seus interesses. O tamanho da ação e o apoio da imprensa imperialista expõe essa manobra política.

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