Enquanto o imperialismo e sua imprensa seguem condenando política e moralmente a ação do Hamas e a justa luta do povo palestino por sua libertação nacional, os povos do mundo inteiro seguem apoiando a resistência palestina ao Estado nazista de Israel.
Já no mesmo dia em que o Hamas realizou a bem sucedida Operação Dilúvio da al-Aqsa, milhares de trabalhadores saíram às ruas nos países árabes, para comemorar o duro golpe assestado contra o sionismo, conforme já noticiado por este Diário:
Naturalmente, sendo o povo árabe alvo do terrorismo sionista e do imperialismo – em especial dos Estados Unidos -, não foram nem um pouco intimidados pela falsificação da realidade feita pela imprensa imperialista, de que o Hamas seria um grupo de terrorista.
Contudo, demonstrando a profunda decadência do imperialismo e da credibilidade de seus jornais, os trabalhadores dos demais países do globo, inclusive nos países imperialistas, não foram convencidos por essa história de “terrorismo” do Hamas.
Saíram (e continuam saindo) às ruas em defesa da causa palestina e contra o genocídio sionista, e também cerrando fileira com a população árabe forçados a imigrar para a Europa, expulsos pelo imperialismo de seus respectivos países.
Já nos dias 10 e 11 foram registradas manifestações na Espanha e na Itália, conforme já noticiado:
Vendo o perigo de a situação sair de controle na França, o ditador Emmanuel Macron emitiu norma proibindo as manifestações de apoio aos palestinos. Contudo, os franceses, muçulmanos e não-muçulmanos, saíram às ruas, enfrentando a repressão da polícia:
Como sintoma da intensificação da revolta contra o sionismo, a República Francesa vem noticiando ameaças de atentados “terroristas”, ou seja, uma expressão da revolta dos árabes e muçulmanos em geral contra décadas de opressão do imperialismo sobre seus países.
Além disto, Macron trabalha para identificar os “estrangeiros” entre os manifestantes presos, para então deportá-los. É claro, “estrangeiros”, no caso, são apenas árabes e muçulmanos em geral, que imigraram para a França.
Na Alemanha, Olaf Scholz também decidiu proibir as manifestações contra o nazismo sionista. Isto após mais de um ano apoiando os nazistas ucranianos. Em vão, pois o povo alemão e a população árabe e de origem turca que vive no país saiu às ruas, enfrentando a dura repressão da polícia alemã:
Mostrando que o nazismo ainda se encontra entranhado no aparto de repressão do país, pessoas estão sendo presas indiscriminadamente simplesmente por protestarem:
Vendo que as manifestações não estão refluindo, o nazista Scholz declarou na última sexta (20), que as deportações de imigrantes devem aumentar. Uma clara tentativa de conter os protestos favoráveis à palestina. Para justificar toda a repressão, o cínico primeiro-ministro alemão diz que é para combater o antissemitismo. Uma farsa.
Em Londres, apesar da proibição, grandes manifestações foram registradas nos dias 14 e 18:
Com a intensificação dos ataques e a ação genocida de Israel ao bombardear um hospital, cheio de feridos e refugiados, as manifestações nos países da região se fortaleceram mais ainda.
Nesta semana, no Líbano, foi registrado uma comitiva enorme em direção à embaixada dos EUA.
Na Turquia, outra comitiva rumou em direção a Kurecik, no sul do país, onde há uma base militar norte-americana.
Ainda, manifestantes incendiaram a embaixada de Israel no país:
Na Jordânia, protestos gigantescos já haviam ocorrido no dia 14. Após o ataque ao hospital em Gaza, novo protesto irrompeu. Diplomatas israelenses fugiram da embaixada, a qual foi incendiada pelos manifestantes.
Outro país cujos manifestantes incendiaram a respectiva embaixada israelense foi o Bahrein:
O Estado sionista também teve que retirar seu pessoal diplomático do Marrocos e do Egito. Neste último país, que faz fronteira com Gaza e Israel, os protestos se intensificam:
No Iêmen, que desde o primeiro momento mostrou apoio incondicional ao Hamas e à Palestina, novo gigantesco protesto hoje (20) reuniu dezenas de milhares de pessoas:
Voltando ao coração do imperialismo, protestos também vem ocorrendo nos Estados Unidos. Atenção especial deve ser dada à manifestação do dia 18, em que milhares de judeus protestaram a favor dos palestinos em frente ao Capitólio. Inclusive, centenas adentraram o prédio. Um sinal claro do aprofundamento da crise do imperialismo, conforme já noticiado.
É claro foram reprimidos e presos pela polícia ianque:
Aqui no Brasil, novas manifestações foram registradas aqui nessa semana, uma no Rio e outra em Recife:
Para além disto, a Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL) publicou nota manifestando total apoio ao povo palestino:
A mais recente manifestação no Brasil, contudo, ocorreu nessa sexta (20), em Brasília.
Contou com cerca de 200 manifestantes. Estiveram presentes a maioria das organizações e partidos de esquerdas, dentre eles o Partido da Causa Operária. Naturalmente, o protesto também contou com a presença de organização que apoia a luta pela libertação do povo palestino.
Em sua fala, um representante da luta palestina disse que Israel é o invasor da Palestina e que, caso um país estrangeiro invadisse o Brasil, seria um completo absurdo chamar de terroristas os brasileiros que pegassem em armas para lutar contra os invasores. O companheiro também disse que vê com bons olhos o governo Lula, contudo considera extremamente negativa a posição do presidente sobre o conflito, qual seja, a de considerar o Hamas como terrorista, e não condenar Israel de forma veemente. E está certo, a posição do governo é péssima, uma capitulação perante o imperialismo.
Apesar dos pontos positivos, notou-se que quase todos permanecem reticentes em declarar apoio ao Hamas, em reconhecer que o partido é o principal representante da luta de libertação nacional palestina. As organizações não podem hesitar nesse sentido. Deve-se apoiar o Hamas 1000%, para combater a tentativa do imperialismo de taxá-lo de terrorista. Afinal, tal alcunha é uma forma que o imperialismo tem de combater a resistência do povo palestino contra o genocídio perpetrado por Israel.
Outro ponto negativo é que a maior parte da esquerda no protesto adotou a palavra de ordem de “cessar-fogo”, o que é uma capitulação perante o imperialismo, perante o sionismo. A única posição correta, revolucionária, é a continuidade da luta armada dos palestinos, com o auxílio dos demais movimentos e países árabes, para por um fim ao Estado de Israel, para em seu lugar ser erguido um Estado Palestino, laico, que possa abrigar de formar harmônica todas as nacionalidades e religiões locais, com igualdade de direitos.
E a polícia? Fez-se presente. Em grande número, de forma completamente desproporcional ao tamanho do ato. Houve até camburão presente. Em resposta à presença do aparato de repressão, os manifestantes puxaram o grito de guerra “Chega chega chega de chacina! PM na favela e Israel na Palestina!”.
Confira, abaixo, fotos do ato:
Enfim, até mesmo dentro de Israel a população árabe já se levanta contra o regime de terror sionista e nazista:
In the Israeli Arab town of Umm al-Fahm, protestors chant “Israel is a terror state.” pic.twitter.com/vztsUUYyT8
— Shaiel Ben-Ephraim (@academic_la) October 19, 2023
Por onde se olha, os povos explorados se levantam em apoio à luta contra o regime de apartheid imposto por Israel contra a Palestina. Do outro lado, não se vê manifestações por parte dos sionistas. Ao menos, nenhuma significativa, salvo no próprio Estado nazista de Israel.
As crescentes manifestações em favor da resistência palestina, nela inclusa o Hamas, expondo e desestabilizando os regimes ditatoriais dos países imperialista, permite demonstrar inequivocamente o quão importante e revolucionária a ação do Hamas no último dia 7 e, igualmente, a necessidade apoiar incondicionalmente o partido revolucionário palestino, assim como todas as outras organizações que lutam pela libertação nacional da Palestina.