Membro da Corrente Sindical, Expedito Mendonça ficou encarregado de levar ao plenário da Conferência as propostas da setorial sindical. Conforme o relato apresentado pelo militante do Partido da Causa Operária, “em Brasília está tudo travado”, reverberando a sabotagem escancarada que tem sido realizada contra o governo Lula, o que leva os companheiros ligados às lutas sindicais a buscarem novos caminhos para desenvolver o movimento sindical. A seguir, o informe dado pelo companheiro das propostas deste importante setor da Conferência:
“Companheiros, o grupo sindical se reuniu e tem um conjunto de propostas que estão sintetizadas da seguinte forma: levar as propostas para as Câmaras de Vereadores, que devem ser o alvo principal da pressão popular, aproveitando as eleições municipais do próximo ano na perspectiva de levar adiante, para os vereadores, as propostas tiradas nos diversos comitês, na perspectiva de fortalecer o movimento, segundo a justificativa de que em Brasília está tudo muito travado na Câmara Federal e que há toda uma possibilidade de pressão em cima das representações municipais, no sentido de ampliar e levar as propostas para que elas sejam efetivadas.
Outra proposta aqui é para ampliarmos a publicação e a divulgação dos boletins das diversas categorias no programa dos comitês. Nós temos um programa dos comitês na COTV (canal no Youtube da Causa Operária TV) e a proposta apresentada é para fortalecer os boletins, com entrevistas nas ruas com a população. Outra, no sentido da solidariedade, é uma coisa que já vem sendo feita, mas eu queria ressaltar aqui a solidariedade de classe entre as entidades presentes no evento, para fortalecer e ajudar no financiamento dos boletins de cada categoria. Acho que os comitês já atuam nessa perspectiva.
Foi apresentada também a proposta da participação dos comitês na jornada de luta contra os juros, essa jornada vai acontecer dos dias 16 de junho até o dia 2 de julho onde os comitês estarão engajados. Vamos aplaudir porque se trata de um momento importante para debelar a política golpista dos juros altos no País.
A revogação da reforma trabalhista e das terceirizações também foram enfatizados, já é uma luta que os comitês vem travando, vem discutindo, também vamos avançar nesse sentido, com um documento a ser encaminhado a CUT, propondo essa mobilização.
Outra proposta é para nós fazermos a discussão, para falar a verdade sobre o governo Lula, criticar as medidas que não vem sendo tomadas em favor dos trabalhadores, me parece que sintetizando o ‘fora os ministros sabotadores do governo Lula’. É isso que tá colocado, a direita vem impedindo o governo de levar adiante o seu projeto político de defesa dos trabalhadores.
Outro ponto é a questão de para acrescentar nenhuma anistia os golpistas e a devolução do que foi roubado do Povo.
No mesmo ponto deixar consignado no item que foi levantado, contra a provocação do imperialismo, que vem agredindo a China, a Coreia do Norte a Sérvia, a Palestina e também foi pedido para incluir de maneira mais enfática a luta pela revogação do Novo Ensino Médio, que tá hoje aí no Ministério da Educação. Enfatizar esse ponto.
Ganhou destaque aqui para convocar as assembleias populares pelos comitês de luta, uma forma de ampliar a luta através das assembleias populares em substituição aos parlamentos e as formas de representação institucional que não dão resposta aos anseios dos trabalhadores. Também foi apresentado a questão do não ao limite de gastos do arcabouço fiscal, ampliando e trabalhando também a revogação de qualquer mecanismo ou dispositivo que transfira recursos para os capitalistas.
Indo para a parte final, nós temos a questão do Imposto. Os comitês devem enfatizar a luta aí pelo imposto sobre as grandes fortunas e a luta contra a sonegação fiscal, temos uma das taxas mais altas de sonegação fiscal do mundo, se encontra aqui entre os capitalistas brasileiros que não querem pagar impostos para benefícios da população.
O companheiro da FIST apresentou também que o movimento na cidade seja fortalecido, para haver uma descentralização, no sentido de que os municípios possam ser protagonistas também dessa luta. Ele coloca que os movimentos ficam muito limitados e restritos às grandes cidades e isso não tem uma repercussão nos municípios e nas pequenas localidades. Ele pediu para dar destaque a isso.
Outra proposta é de também levar todas essas propostas da Conferência e dos outros fóruns que dão legitimidade a esse encontro para o próximo congresso da CUT, que está se realizando em breve. Por fim o companheiro pediu para acrescentar o fortalecimento das organizações de luta dos trabalhadores nas comunidades locais, procurando aí as representações institucionais oficiais e outras vias também, para fortalecer a luta e ela não ficar sem ser difundida.”
