Jeremy Hunt, ministro das Finanças do Reino Unido, pediu para que as pessoas mais velhas retornassem ao mercado de trabalho, argumentando que o país precisa delas e que ele está fazendo de tudo para fazer o serviço valer a pena. Ele destacou os problemas enfrentados pelo Reino Unido, explicando os planos para enfrentar os baixos níveis de produtividade e acelerar o crescimento econômico.
A autoridade britânica afirmou o seguinte:
“Nunca aproveitaremos todo o potencial de nosso país a menos que o desbloqueemos para todos e cada um de nossos cidadãos. Nem resolveremos nosso quebra-cabeça de produtividade a menos que todos os que podem participar o façam. Portanto, para aqueles que se aposentaram logo após a pandemia ou não encontraram o cargo certo após a licença, digo que o Reino Unido precisa de vocês e vamos analisar as condições necessárias para fazer o trabalho valer a pena.”
Além disso, ele também comentou ser necessário haver um programa de reformas para incentivar aqueles que podem trabalhar por um longo prazo, assim como aqueles que apresentam doenças mentais.
Apesar de toda a educação de Hunt, o que ele quer dizer é: “socorro, o imperialismo está em ruínas e, ao invés de tirar dinheiro da burguesia, é a classe operária quem deve carregar toda a crise em suas próprias costas”. Afinal, caso os trabalhadores não trabalhem até, literalmente, morrer, pessoas como o “popular” ministro terão que mexer em onça com vara curta, ou seja, transferir dinheiro dos capitalistas para a classe operária.
Caso contrário, a burguesia sofrerá com as consequências de acordar um animal muito mais ágil, feroz e forte que a “onça”. Precisará lidar com as massas operárias organizadas nas ruas, lutando por seus direitos e por, por exemplo, uma aposentadoria digna. Algo que já pode ser visto na França.
Antes de partir para o ataque frontal, todavia, Hunt testa o terreno e suplica ao povo que “colabore” com a falência do Estado às custas de sua própria vida. Mais tarde, provavelmente não será mais tão cordial e, ao invés de pedir, ceifará, ao lado da burguesia de conjunto, cada vez mais direitos da classe operária à medida que o regime entra em crise.
