Em nova investida para tentar controlar e, assim, sabotar o governo Lula, a direita golpista, agrupada no “centrão”, avança em suas chantagens contra o governo.
Os abutres e sanguessugas do povo trabalhador, que nunca tiveram qualquer compromisso com os direitos sociais da população, pressionam o presidente por mais cargos em troca de suposto apoio parlamentar.
Nesse momento, a cobiça da máfia liderada pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), é nada menos do que o Ministério da Saúde, maior orçamento federal, com mais de R$180 bilhões.
Lira está exigindo que o ministério da Saúde seja ocupado por alguém do PP. Outros partidos da direita “aliados” de última hora do governo (que quando interessa aos seus donos votam contra as proposta de Lula), também não escondem sua cobiça pelo Ministério.
Nas últimas semanas, essa relação de chantagem entre o Congresso e o Poder Executivo tem escalado rapidamente. O objetivo de Lira, conforme já vem sendo apontado pela imprensa, é assumir o controle do governo. Isto é, alocar tantos aliados seus no Poder Executivo que Lula seja completamente incapaz de levar adiante o programa pelo qual foi eleito.
De certa forma, ameaçam que se Lula não entregar o governo para eles, ou seja, transforma seu governo em um governo direitista e que de nada sirva para os trabalhadores, eles irão inviabilizar o governo. Nesse caso, seria como diz o ditado popular, “se correr o bicho pega; se ficar o bicho, come”.
Lula não deve, sob nenhuma hipótese, ceder às chantagens da direita; ao contrário, deve se apoiar na mobilização popular para a defesa das reivindicações populares e colocar a Saúde sob o controle dos trabalhadores do setor e das organizações populares.
A esquerda, as organizações de luta dos trabalhadores precisam denunciar toda essa chantagem e as graves consequências dessa politica, como se viu nos últimos anos de pandemia quando centenas de milhares de pessoas foram levadas à morte, dentre outras, pela devastação na saúde pública promovida desde os primeiros anos do golpe de Estado, justamente pelos verdadeiros aliados desses senhores que, agora, chantageiam Lula.
Ao contrário de se submeter a essa política reacionária, é preciso mobilizar nas ruas pelas reivindicações dos trabalhadores, dentre elas, que haja mais verbas para a saúde pública, que se explore o petróleo (nacionalizado) para garantir recursos para a Saúde e outras áreas essenciais, que se pague (e se eleve) o piso dos trabalhadores da Saúde e que toda a estrutura pública de saúde seja colocada sob o controle dos trabalhadores do setor e da população.