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Demagogia com índio

Quem são os supostos “amigos” dos ianomâmi?

Burguesia faz demagogia com a questão indígena para atacar os ianomâmis

Recentemente, muito tem se falado dos ianomâmi por conta da fome pela qual eles estão passando, fato que veio à tona em diversos meios de comunicação. Apesar de os ianomâmi não estarem sendo afetados pela fome apenas agora, e de não serem os únicos por ela atingidos, toda a imprensa burguesa tem feito um enorme alarde por conta de sua situação.

A barulheira, produzida pela imprensa burguesa e fielmente reproduzida pela pequeno-burguesia, nos faz questionar qual é o verdadeiro interesse por trás das campanhas de ajuda aos ianomâmi. Apesar de eles possuírem uma necessidade real, é um erro deixar que o imperialismo coloque suas garras sobre esse povo e sobre suas terras através da atuação de ONG’s e através de suas demais ferramentas.

O fato é que não são raros os exemplos de operações do imperialismo, em que se usa as populações indígenas para desestabilizar governos perante suas populações e até mesmo obter uma prerrogativa para subjugar os países que estão em seu raio de interesse.

Não é diferente com os ianomâmi. Aproveitando-se de uma meia dúzia de índios oportunistas, o imperialismo se faz passar por amigo dos ianomâmi, através de suas ONG’s em atuação, financiadas por entidades como a Fundação Rainforest Noruega, Fundação Rainforest EUA e Amazon Watch. Além disso, estão também envolvidas, nessa campanha, as organizações Instituto Socioambiental (ISA), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Instituto Igarapé, Greenpeace Brasil, Conectas Direitos Humanos, Anistia International, Rede de Cooperação Amazônica (RCA). A equipe do Diário Causa Operária aferiu a ligação dessas organizações financiadas pelo imperialismo (como já foi demonstrado no DCO, a APIB, o Instituto Igarapé, o Greenpeace, o Conectas Direitos Humanos e outras tem ligações financeiras com a Fundação Ford, enquanto outras são financiadas pela Open Society) em diversas campanhas numa suposta defesa dos ianomâmi.

Uma das campanhas, que data de 2020, teve como sua palavra de ordem a “#ForaGarimpoForaCovid”, relacionando a contaminação dos ianomâmi pela covid-19 com a presença do garimpo em suas terras. O ponto é que todas essas ONG’s estão muito mais interessadas nas terras do povo ianomâmi do que de fato no povo. Acham que os índios devem viver em reservas como quem vive em um verdadeiro zoológico, sobrevivendo quando visitantes jogam algumas migalhas para eles. Os índios devem ter toda a liberdade para explorar suas terras como quiserem, inclusive com o próprio garimpo. É exatamente a política de manter os índios dependentes de assistência social que provocou a fome nos ianomâmi. 

O verdadeiro interesse por trás de todas essas ONG’s é fazer um enorme lobby para, em uma última instância, transferir o controle das terras nacionais e da Amazônia para os países imperialistas e suas intervenções que visam explorar para si a terra que tanto pregam que não deve ser explorada.

Em um exemplo mais claro, temos a própria Noruega, que fomenta campanhas junto as falsas lideranças ianomami de remoção do garimpo das terras indígenas, mas tem em seu país as maiores e mais agressivas companhias de mineração de todo o mundo, junto dos outros países escandinavos. 

Dentre os 20.000 garimpeiros, estimados atualmente ocupando e explorando terras ianomâmi para o garimpo, a imprensa burguesa não alerta para o fato de que uma significativa porção desses mesmos garimpeiros é composta pelo próprio povo ianomâmi. Diversos relatos de lideranças reais das comunidades indígenas ianomâmi corroboram com essa tese, tendo em vista que foi declarado que eles estariam “perdendo seus jovens para o garimpo”, já que impedidos de se desenvolver pela falta de controle real de suas terras e pela falta de ferramentas e técnica os ianomâmi não conseguem se tornar auto suficientes.

Atualmente, estima-se que os ianomami tenham um território equivalente a 9 milhões de hectares. Território rico não apenas em ouro, mas diversos outros minérios, tendo uma das maiores reservas do minério que faz o estanho no mundo, além de urânio, lítio e afins. 

Os verdadeiros amigos dos ianomami não é o imperialismo e seus representantes, e sim aqueles que defendem um programa para os índios que contém os caminhos para a autonomia, desenvolvimento e acesso a tecnologia, ferramentas, cultivo, formação e saúde. 

O imperialismo quer ver os índios colocados numa verdadeira situação de mendigos da floresta, sobrevivendo de doações, programas assistenciais e sem o menor direito sobre suas terras, tendo em vista que quando defendem as terras indígenas, defendem que sejam transformadas em reservas para que os índios vivam como animais, sem poder trabalhar na terra e tirar dela o seu sustento. A burguesia não quer salvar os ianomâmi, quer tomar seu ouro e seus demais recursos. Caso contrário, suas campanhas seriam para realmente fornecer o necessário para a autonomia do povo ianomâmi oprimido.

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