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Crime de lesa-pátria

Privatização da Eletrobrás precisa ser anulada

Uma das maiores obras da indústria nacional foi entregue à especulação dos abutres capitalistas. Resta-nos a luta pela Eletrobrás 100% estatal

De todos os roubos, de todas as trapaças, a capacidade de um estado entregar a sua natureza é a maior delas. Poderíamos dizer que seria um discurso pró-ambientalista, mas não, é um discurso pró-país. O governo Bolsonaro (e os bandidos do Congresso Nacional), em uma missão pró-imperialista e lesa-pátria, literalmente entregou a Eletrobrás, a principal empresa do setor elétrico brasileiro e uma das maiores do mundo. A participação do governo caiu de 72% para cerca de 45%, deixando o governo de ser o majoritário na sua participação. É a maior oferta de ações na Bolsa brasileira desde a capitalização da Petrobrás, em 2010, outro golpe no coração do país.

Nesse mar de entreguismo, domina a catástrofe da privatização. A empresa anunciou que irá lançar até abril um novo plano de demissão voluntária para diminuir em até 20% o número de funcionários, atualmente em cerca de 14 mil pessoas. É um projeto de desmantelamento da empresa que visa aumentar ainda mais o lucro dos acionistas. Para termos uma noção real do negócio feito, quase metade do valor arrecadado foi destinado à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em uma suposta iniciativa de atenuar os reajustes tarifários e subsidiar políticas setoriais. Vejamos, os compradores entram com o bônus – o lucro – e o governo – a população brasileira –  arca com o ônus. Uma política visivelmente criminosa contra a população. 

Para evidenciar ainda mais o crime – como se já não bastassem os dados da matéria – a Eletrobrás, muito lucrativa como sempre, reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 479 milhões no 4º trimestre do ano passado. Uma redução de 30,5%. Aqui já fica claro o projeto de desmonte da empresa para entrega aos tubarões internacionais, que usarão estes resultados para demitir e reduzir os recursos ao máximo, e, em segunda iniciativa, obterem lucros estratosféricos como na Petrobras.

O que estamos vendo, além de notoriamente ser objeto de crime no país, é uma política de fome. Ao privatizar a maior empresa de eletricidade do Brasil, um país pobre, o que está em jogo são as milhões de pessoas que, quase na linha da miséria, são dependentes de um fornecimento de energia subsidiado. Mesmo a economia pequena sofrerá impactos e pagaremos todos por esta bandalheira. Vivemos em um mundo onde a energia é chave fundamental da economia e do desenvolvimento do país. Muitos países não se desenvolvem, e não conseguem nem mesmo ter uma indústria, exatamente pela falta da produção de energia. O Brasil construiu, com o suor do seu povo, um dos maiores parques energéticos vistos na história. Itaipu é motivo de orgulho e faz parte de uma fase desenvolvimentista do país. Entregá-la, como Bolsonaro fez, é um crime.

Resta-nos a luta. O presidente Lula não deve de maneira nenhuma recuar. Em entrevista nessa terça-feira (21) à TV 247, ele disse que “o que foi feito na Eletrobrás foi um crime de lesa-pátria” e que “não vai ficar por isso”. Reestatizar a Eletrobrás e a Petrobrás são tarefas de primeira contingência, da luta por um país soberano e independente. Os sindicatos devem se mobilizar, pois ainda estamos na primeira fase do golpe, pois se dependermos dos capitalistas e golpistas, morreremos de fome, sede e sem energia elétrica, pois é a vontade deles.

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