A esquerda nacional tem feito coro com a imprensa sobre uma série de caracterizações políticas equivocadas sobre os supostos perigosos terroristas golpistas do dia 8 de janeiro, que tem se mostrado uma farsa. Um a um estão sendo liberados gradualmente. Um ou outro está sendo indiciado.
No Brasil criou-se um constrangimento por que todos sabem quem está por trás dos acontecimentos, mas ninguém denuncia. Os comandantes militares são os autores do chamado terrorismo e não ha nem a insinuação de que poderia acontecer algo com os militares, só vão pegar uns “peixes pequenos”.
Essa semana, o ministro Alexandre de Moraes, curiosamente sob instigação do interventor em Brasília, Ricardo Cappelli, indicado por Flávio Dino, soltou o comandante da PM que tinha sido preso — para dar impressão de que seria algo para valer. Não vai acontecer nada com ele, a tese apresentada é a de que não teria sido culpa dele, mas a tropa que teria se rebelado contra ele. O que nos faria pensar que pegariam os “cabeças” da rebelião e colocar na cadeia, mas não, a PM de Brasília continua completamente fora de suspeita. Com o Anderson Torres, o que vai acontecer é que será liberado; com Ibaneis não acontecerá nada. Como o esperado.
Alexandre de Moraes faz jogo de cena, perseguindo algumas pessoas para dar impressão para uma torcida desmiolada de que esta numa grande luta.
Como exemplo, recentemente o ministro mandou prender novamente o Daniel Silveira. Primeiro, isso é uma ilegalidade. Daniel foi beneficiário da graça presidencial, o que não significa que ele seja inocente, mas não pode ser punido. Alexandre de Moraes, no que lhe concerne, esperou acabar o mandato dele como deputado federal e mandou o prender imediatamente. Ou seja, como não pode perseguir os peixes graúdos, decidiu massacrar alguns indivíduos.
Na imprensa de esquerda, a maioria não festejou. Mostrando que aparentemente algumas fichas caíram de que é um esquema de enganação. Quer dizer, nenhum general, coronel, major, almirante, etc. foi pego. Já Daniel Silveira, é um PM, não um general.
Isso sem falar no fato de que Alexandre de Moraes passa por cima da lei sem a menor preocupação. O que ele deveria ter feito de maneira legal seria tentar reverter, no STF, a decisão do Bolsonaro, apresentando razões para reverter — mesmo sem fundamento para tal, e aí prender o Silveira.
Qual a vantagem para a luta “anti fascista” em prender o Daniel Silveira? Nenhuma. Os fascistas de verdade estão comandando o país. Ele é um mero bode expiatório, ou seja, aquele que leva a culpa no lugar de outro.
Agora aparecem também com uma outra estória. O senador Marcos do Val falou que o Daniel Silveira estaria querendo gravar o Alexandre de Moraes, o que a rede Globo aproveitou para implantar novamente a ideia de golpe.
Alexandre de Moraes acabou com o sistema jurídico nacional. O PCO, por exemplo que é tido aparentemente como uma grande ameaça a democracia, teve suas redes de comunicação todas bloqueadas e continuam até agora. É uma censura pura e simples, que inclusive não está apoiada na lei, porque se fosse ele deveria ter entrado com um processo de injúria, calúnia e difamação — o que não foi feito.
O novo “herói da democracia” comete esse tipo de ação, mas na hora de colocar os chefes da extrema-direita na cadeia não faz nada. Ou seja, os esquerdistas que apoiaram essa lambança, deveriam, como ele não vai nem processar um general, defender a liberação das redes.
Na censura contra o PCO, o ministro parece ter decidido fazer do Partido um exemplo. Nesse caso, o Partido não é bode expiatório de ninguém, mas serve como uma advertência para toda a esquerda.
Moral da história: não tem luta contra o fascismo. Inclusive as pessoas que apoiaram a censura contra o PCO, deveriam explicar onde está a tal luta. Se teve golpe de Estado no dia 8, onde estão os líderes do golpe?
