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Não ao “pacto da branquitude"

Pode ser golpista à vontade, desde que seja ministra negra

Quanto mais a impresa burguesa chia sobre a golpista negra no STF maior será o acerto de Lula se ele não ceder a pressão imperialista. 

A campanha pela mulher negra do STF aumenta em intensidade conforme Lula não indica que cederá a pressão do imperialismo. Assim, a imprensa burguesa, e seu apêndice de esquerda pequeno burguesa, levantam os argumentos identitários mais absurdos para reforçar a campanha. É o caso do artigo publicado no UOL “Ataque a Duvivier por defesa de negra no STF reforça pacto da branquitude” que defende o humorista ligado a ONGs estrangeiras. Gregório ao atacar Lula pela questão do STF se tornou alvo, corretamente, da esquerda por fazer a campanha imperialista identitária pela negra golpista no STF.

O argumento começa atacando o que seria a esquerda mau-caráter: “No Brasil, há um “mau-caratismo”, disfarçado de inocentes boas intenções, em achar que é possível ser antirracista, sem defender que negros e negras tenham acesso aos espaços de direitos e oportunidades garantidos aos demais cidadãos.” A realidade é na realidade que o autor do texto é um mau-caráter. Defender que negros e negras tenha acesso a espaços não tem nada a ver com escolhas identitárias. Escolher algum para um cargo de governo por sua raça é totalmente absurdo. O que permite que os negros cheguem a esses espaços é se eles de fato estiverem em igualdade real na sociedade.

Ele então segue: “Difícil de acreditar que os chamados progressistas, que dizem combater as formas de opressão do capitalismo, da concentração de privilégios e da exploração de classe, não compreendam a importância de romper essa ausência histórica da mulher negra nas altas esferas da política e da Justiça do Brasil.” Na verdade, é muito simples. Basta lembrar os casos de Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia e Rosa Weber. A fusão Joaquim de Lúcia Weber está muito mais para um pesadelo do que para qualquer escolha sensata de Lula. Zanin pelo contrário até o momento está se mostrando uma grande acerto do presidente. Ele deveria manter os critérios que usou para escolher Zanin e não usar os critérios que foram indicados pelo governo Biden.

A questão Zanin é boa para expor o quadro: “A recente indicação feita por Lula do seu ex-advogado Cristiano Zanin só reforçou essa segregação. E ainda conseguiu piorar, a julgar os primeiros votos do ministro, contrários aos direitos de grupos historicamente discriminados.” Aqueles que fazem a campanha pela mulher negra a fazem em oposição à Zanin. Portanto, para eles o que Lula deveria fazer é indicar uma mulher de pele escura, mas que não tem a postura de Zanin, ou seja, indicar uma Alexandra de Moraes. Essas pessoas defendem a ditadura identitária do STF.

Então o artigo cita Duvivier: “Achamos que o Lula vai adorar conhecer as mulheres negras que podem —e devem!— ocupar esse cargo, e para isso estamos marcando um singelo café para reunir algumas delas com o presidente”, diz o humorista no site  www.tomaumcafecomelas.com.br/.  A proposta do Duvivier irritou setores da esquerda que partiram para uma militância digital contrária à indicação considerada ‘identitária’.” E aqui ele cita o Twitter/X do PCO, uma das páginas que atacou o onguista Gregório Duvivier. A postagem do Partido afirma: “Gregório Duvivier, que liderou a pressão identitária contra a indicação de Zanin, agora chantageia o presidente para indicar alguém submisso ao imperialismo para a próxima vaga do STF”

Outras postagens são citadas e então o artigo faz a sua conclusão: “Ao se posicionar contra uma cobrança válida, a esquerda confirma uma má vontade em enfrentar de fato o problema do racismo e do machismo. Isso explica porque o PT continua sendo liderado por um grupo de homens, brancos, heterossexuais e representantes de uma elite econômica.” Da mulher negra no STF se chega ao tradicional antipetismo da direita! O UOL deixa muito claro, essa campanha tem como base um ataque ao PT. O STF afinal, é inimigo do PT, algo que todos sabem muito bem desde o golpe de 2106 apesar da esquerda fingir ter esquecido. 

Citando a promotora de justiça, Lívia Sant’anna Vaz, alguém que certamente deve ser muito progressista, ele então explica o pacto da branquitude: “A sub-representação, e quase ausência, de pessoas negras, notadamente de mulheres negras, no sistema de Justiça tem tudo a ver com a forma que nós construímos justiça ou injustiça no país. Essa invisibilidade da pauta racial, esse controle de corpos negros por meio do direito penal, sempre existiu e segue existindo no Brasil. Embora tenhamos evoluído na legislação antirracista, a interpretação e aplicação do Direito se dá, em grande medida, por homens brancos.”

Aqui está o golpe do identitarismo. A nova “interpretação e aplicação” do direito que a promotora aspira é a ditadura do judiciário. O que os identitários querem é mais poder para o STF, penas maiores, mais presídios, mais crimes etc. E para isso querem uma fachada negra realizando o trabalho sujo de oprimir todos os trabalhadores, brancos e negros. O que querem para o STF é uma Kamala Harris, a vice presidenta dos EUA e ex promotora da justiça na Califórnia. Ela é uma das responsáveis por uma das maiores atrocidades que existem hoje no mundo, 3 milhões de presos no sistema carcerário norte-americano.

O interessante é que o objetivo da mulher negra no STF é que as votações sejam sempre como outros 7 brancos. Ela apenas não pode seguir a votação dos 2 brancos indicados por Bolsonaro e pelo mais recente indicado por Lula. Se possível, ela deve sempre ser identica ao careca branco indicado por Michel Temer. O melhor ministro de todos, evidentemente, é aquele que não só não é eleito como é indicado por alguém que também não foi eleito. Por isso mesmo a ministra negra é boa, quem a indicaria não seria Lula mas o próprio governo dos EUA, mais democrático que isso impossível.

O identitarismo no caso do STF expõe como é uma farsa. O pacto da branquitude é invocado para passar por cima de um governo popular eleito por meio de uma mobilização enorme que derrotou um golpe de Estado. Golpe esse que derrubou a primeira presidenta do Brasil. Mas isso é esquecido pelos identitários. Mulher só é boa afinal quando é identitária, se ela é presidenta do Banco dos BRICS então é ruim, afinal o BRICS é um bloco machista e transfóbico! Quanto mais a impressa burguesa chia sobre a golpista negra no STF maior será o acerto de Lula se ele não ceder a pressão imperialista. 

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