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O parasitismo de Lemman

Os mesmos que faliram as Americanas compraram a Eletrobras

Saiba quem está de fato ganhando com a entrega da Eletrobrás

O capitalismo acionário especulativo e de títulos públicos, organizado pelo sistema financeiro internacional, como um braço do imperialismo, avança brutalmente, em especial nos países atrasados como o Brasil.
Os últimos acontecimentos que envolvem as Lojas Americanas, Ambev e a própria Eletrobrás confirmam a tese de que os grandes acionistas e parceiros do imperialismo e da burguesia nacional não são investidores, mas sim, profissionais especializados em sugar, se apropriar e desviar recursos públicos e privados em benefício próprio e do imperialismo.
No final de julho de 2022, Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do País, com uma fortuna estimada de cerca de 90 bilhões de reais, adquiriu a Cepisa, empresa que opera no Piauí e que é uma distribuidora do grupo Eletrobrás; uma das maiores empresas de energia elétrica do mundo. E, ainda mais do que isso; quem opera a energia, também de alguma maneira, opera o circuito das águas do País, já que a esmagadora maioria da energia elétrica brasileira é gerada através de usinas hidrelétricas.
Sabemos historicamente que para os “grandes investidores” os negócios são facilitados. A aquisição de Lemann seria inacreditável se não estivesse documentada pelos papéis assinados na compra desse grande negócio “facilitado”. A empresa foi adquirida pelo valor de 50 mil reais, menos do que a maioria dos carros ditos populares zero km através de uma outra empresa denominada de Equatorial Energia que deu lance único pela aquisição. Mas, como os grandes negócios necessitam de políticos mais palatáveis para abrir as portas de oportunidades amplas e sem limites o governo Dilma se tornou um obstáculo, assim como a política do PT, que era considerada muito moderada para os anseios da volúpia neoliberal, e assim, uma nova frente golpista se formou para combater o governo do PT com Lemann sendo um dos grandes apoiadores. E foi a partir do golpe de 2016 que os negócios nefastos de Lemann avançaram muito a ponto de adquirirem ainda mais empresas privadas e públicas como a Cepisa, braço estatal da Eletrobrás no nordeste brasileiro.
Além de obter a maioria das ações da Ambev e junto com os dois companheiros Teles e Sicupira obterem cerca de 31% das ações das Lojas Americanas, Lemann adquiriu uma empresa estratégica de energia que pode ser considerada uma espécie de “galinha de ovos de ouro” de lucros e dividendos, de risco “zero” e “baixo investimento”, já que Lemann e seus sócios costumam a sugar tudo que a empresa possa oferecer até que se esgotem seus recursos, ou até o momento que o sistema trave pela ausência de investimentos.
Mas, como os negócios ou empreendimentos econômicos extraordinários de ganhos com baixos custos e riscos só pode ser viabilizado pelas portas de entrada que a política oportuniza, com Jorge Paulo Lemann esses negócios fluem através de parcerias estratégicas bem posicionadas. Nesse caso, o secretário executivo de Minas e Energia Paulo Pedrosa ligado ao Private Equity GP Investimentos nascido do banco Garantia foi a porta de entrada desse grande esquema envolvendo a aquisição dessa empresa estratégica de energia elétrica do Piauí ligada a Eletrobrás.
A Equatorial Energia nasceu de negócios relacionados ao Banco Garantia, que criou o grupo Garantia Parteners que adquiriu a Cemar (Centrais Elétricas do Maranhão) quando está estava sob intervenção da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) depois de ter sido devolvida pela Pennsylvania Power and Light que perdeu 330 milhões de dólares na primeira privatização das Centrais Elétricas do Maranhão e a entregou de volta por um dólar. E foi em outro leilão de cartas marcadas que Equatorial energia nascida do banco Garantia através dos três sócios da Ambev que a Celpa (Centrais Elétricas do Pará) foi adquirida. Isso mostra que os especuladores acionistas lastreados pelo mercado financeiro da agiotagem institucional imperialista comandam esse processo, onde o mercado de capitais age através de fundos de “investimento” adquirindo empresas e sugando o máximo possível de seus lucros as custas dos serviços públicos que deveriam servir a população, entre tantos outros negócios escusos e espúrios.
O caso CEMAR no Maranhão teve várias reportagens e dossiês mostrando a participação das famílias Sarney e ACM nas jogadas políticas envolvendo relações duvidosas com a Eletrobrás. Paulo Pedrosa ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro também é conselheiro da Equatorial, da Celpa, da Cemar e da Light do Rio, todos ligados ao GP Investimentos, hoje com o nome de 3G. A partir dessas informações compreendemos que as influências da política nos negócios da economia de bens e serviços e com imbricações com o mercado financeiro ultrapassam a fronteira do País, já que os interesses nas nossas matrizes energéticas são estratégicas para o desenvolvimento da soberania de um lado, e de outro dos lucros da exploração desses recursos.
A meta desse grande grupo “Equatorial” é controlar totalmente a Eletrobrás que possuí ativos avaliados entre 400 a 600 bilhões de reais com dívidas de cerca de 39 bilhões.

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