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Imprensa Golpista

Os ataques da imprensa contra o governo Lula apenas começaram

As críticas da imprensa burguesa ao governo Lula, mais veladas até então, ganharem um caráter mais aberto com a indicação de Marcio Pochmann à presidência do IBGE

Na última quarta-feira (26), o ministro da Secretário da Comunicação, Paulo Pimenta, anunciou a indicação de Márcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A decisão fez as críticas da imprensa burguesa ao governo Lula, mais veladas até então, ganharem um caráter mais aberto. A infiltrada Simone Tebet, que ocupa o ministério do Planejamento, tem sido destaque nesta sórdida campanha da burguesia. 

A crítica da imprensa é apresentada como uma questão de jurisdição, o IBGE é ligado ao Ministério do Planejamento. Sendo assim, a indicação seria uma atribuição de Simone Tebet, a qual teria sido atropelada por Lula e seu comissariado. O jornal O Globo considera que tal atropelo teria acontecido por dois aspectos da onipotência de Lula: o subjetivo leva a pensar que podem tudo e o objetivo leva a mostrar que tudo podem, já que ninguém os contraria. 

Evidentemente que se trata de uma disputa pelo controle do governo, essa situação apareceu também antes de Lula anunciar quem seriam seus ministros. A imprensa fez grande campanha pela indicação de Tebet para o Ministério do Desenvolvimento Social, ao qual são atribuídas as políticas como o programa “Bolsa Família”. A presidenta do sindicato das mulheres eleita pelo conjunto da imprensa golpista também queria passar para a história como “mãe dos pobres”.

Outra forma de chantagem política que a imprensa burguesa buscar explorar, se trata da defesa de que Lula estaria traindo a “Frente Ampla” a qual teria sido decisiva para sua eleição. Vale lembrar que na última eleição presidencial, Simone Tebet, a latifundiária do Mato Grosso do Sul, inimiga das comunidades indígenas, foi candidata do setor mais importante do golpe contra Dilma Rousseff, ela enquanto senadora votou a favor do impeachment fraudulento da presidenta petista. O suposto apoio à eleição de Lula no segundo turno não garantiu vantagem alguma para o candidato do PT, a vantagem de Bolsonaro foi ampliada ainda mais no estado de Simone Tebet. A golpista sequer deveria estar num governo eleito pela mobilização popular, menos ainda decidir sobre o mesmo.   

A imprensa acusou Pochmann de ser um terraplanista econômico e sugeriu que o novo presidente do IBGE teria sido indicado para falsificar os indicadores do país. Para a ministra Simone Tebet, o presidente interino, Cismar Azeredo, cumpriu uma missão exemplar ao apresentar os resultados do censo demográfico ao Brasil – que foram os piores possíveis, diga-se de passagem.  

Não é possível ter clareza e parece muito estranho que a indicação de um presidente para o IBGE gerasse tanta repercussão. Sabe-se é que o ex-presidente Jair Bolsonaro cortou 96% do orçamento do instituto, o qual está sendo desmantelado desde o golpe de Estado de 2016. Seja lá o que existe por trás dessa campanha, o tempo se encarregara de apresentar as respostas. 

A Veja não revela, mas deixa mais claro o sentido do ataque. A revista acusa Lula de ter dupla personalidade e divide o governo em dois: o de Haddad e o de Lula.  

De um lado, um governo sério, “fiscalmente responsável” e com bons resultados (bolsa em alta, queda do dólar, juros em iminência de queda), que deixa o mercado otimista e melhora a avaliação das agências de rating. E de outro, o velho PT de sempre: “Mercadante no BNDES, Prates na Petrobrás, Pochmann no IBGE, Simone no corner, subsídios pra lá e pra cá. A Venezuela é uma democracia, a culpa da invasão na Ucrânia é culpa da vítima, xingamentos contra os EUA”. 

Todos os dias, a imprensa burguesa tem se dedicado a elogiar as medidas propostas por Fernando Haddad como ministro da Fazenda e fazer ressalvas sobre a política fiscal de Lula. Nesta semana, foram criticadas, a nova Política de Remuneração aos Acionistas e a nova política de preços de combustíveis da Petrobrás. Foi dito até mesmo que as medidas dos governos anteriores (de Michel Temer e Bolsonaro) criaram as condições e para que o novo governo Lula continue a ter sucesso seria necessário mantê-las. 

A burguesia sabe que Tebet não tem forças para se levantar contra o governo, por isso a imprensa vende a ideia de que se trata “boa moça”, que busca não entrar em atrito e que sabe a hora de fazer suas lutas, projetando sua resposta para o futuro. Mas não é difícil que a imprensa, que já chama Lula de onipotente, busque impulsionar uma campanha sobre o “ditador malvado” que oprimia uma representante das mulheres no governo. 

É preciso ter claro que há toda uma torcida da burguesia para que o presidente Lula não consiga atingir os resultados que pretende e a imprensa certamente buscará criar o ambiente mais hostil possível. Neste sentido, os ataques contra o governo apenas começaram e tendem a escalar cada vez mais. O governo de Lula precisa se amparar na mobilização popular para enfrentar todos os ataques que virão da burguesia. 

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