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Truculência

Operação policial na Maré causa terror e prejuízo a moradores

Relatos apontam violência policial, falta de uso de câmeras nos uniformes, furtos e prejuízo de milhões de reais aos moradores das favelas

“Dizem que ela existe pra ajudar, dizem que ela existe pra proteger. Eu sei que ela pode te parar, eu sei que ela pode te prender”. O trecho da canção dos Titãs ainda não é suficiente para descrever as barbaridades praticadas pela operação policial no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, que começou no dia 10 de outubro.

De início foram seis dias de puro terror para os habitantes do complexo. Destruição de casas, comércios, áreas de lazer, fechamento de escolas e hospitais. Nem mesmo o movimento do tráfico consegue ou conseguiu ser tão arbitrário e vil com a comunidade como a mão pesada do Estado.

Os relatos da truculência e terrorismo estatal foram denunciados pela organização Redes da Maré e por influenciadores digitais, notadamente Raphael Vicente, que afirmou, em postagem no dia 18 deste mês, que teve a sua casa na comunidade invadida enquanto estava gravando um filme em São Paulo. No relato, ele conta que sua irmã estava na residência e que a polícia só deixou o local após ela mostrar o Instagram do irmão, que tem um milhão de seguidores, e dizer que ele era influencer.

Além da barbárie generalizada, a ONG Redes da Maré registrou ainda policiais sem identificação e sem câmeras nos uniformes, o que estaria em desacordo com as diretrizes estabelecidas na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635/2019, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para se ter uma ideia, informações da própria Secretaria Municipal de Educação afirma que até o dia 16 de outubro 42 unidades escolares foram impactadas pela violência policial. Quase 15 mil alunos deixaram de ir para escola em função da presença massiva de agentes de segurança que pareciam estar representando o Capitão Nascimento no filme Tropa de Elite. Tapa na cara, saco plástico na cabeça e bicudo pra tudo que é lado.

Além do transtorno, foram registrados ainda invasões de domicílios ilegais, danos ao patrimônio, subtração de pertences, além de agressões, todas realizadas supostamente pelos agentes de segurança. Ongs da região reportaram também duas mortes, mas o governo confirmou apenas uma. Mesmo com o cenário de guerra e com as forças policiais subjugando civis a imprensa nacional faz uma cobertura criminosa, deixando para Ongs e organizações civis de direitos humanos o trabalho de realizar um trabalho sério de fiscalização das ações do Estado.

A pesquisa Favelas na Mira do Tiro: Impacto da Guerra às Drogas na Economia dos Territórios, realizada pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) revelou que as ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores das comunidades.

A pesquisa, que realizou 800 entrevistas com moradores de comunidades, aponta que a estrutura da casa, veículos, eletrônicos e eletrodomésticos são os bens que figuram no ranking dos que foram mais danificados ou completamente destruídos. O prejuízo total em reais ultrapassa 4,5 milhões por ano.

O estudo aponta também que os equipamentos públicos coletivos são os mais danificados em decorrência do ataque policial. Em seguida aparece os pontos de comércio. As áreas de lazer e esporte aparecem em terceiro lugar no ranking de equipamentos danificados. Escolas, creches, unidades de saúde e templos religiosos ficam logo em seguida e, por último, os pontos de transporte público.

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