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IBAMA e ONGs

O que querem os ambientalistas contra o Brasil?

Assim como sua chefe (Marina Silva), o presidente do IBAMA (Rodrigo Agostinho) está completamente alinhando com o imperialismo para barrar o desenvolvimento nacional

No mês passado o governo Lula foi alvo de uma sabotagem interna perpetrada por Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, através do IBAMA (autarquia vinculada ao ministério), que indeferiu parecer técnico elaborado pela Petrobrás, negando licença ambiental à empresa, impedindo-a de realizar perfurações na bacia da Foz do Amazonas, localizada na Margem Equatorial, perfurações estas que têm o objetivo de estudar a viabilidade de eventual exploração de petróleo no local.

Na ocasião, o presidente do IBAMA, Rodrigo Agostinho, afirmou que a negativa da licença foi uma decisão técnica e não teve relação com questões políticas de transição energética, pois a bacia da Foz do Amazonas seria uma área sensível, dada a existência de corais. Marina Silva encampou a decisão de Agostinho, assestando um golpe no governo e em sua política de desenvolvimento nacional.

Desmentindo sua própria declaração, o presidente do IBAMA, neste último sábado (17), esteve presente no evento “Brasil Forum UK”, realizado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, ocasião em que ele disse explicitamente que a exploração de petróleo é uma “técnica do passado“, e que é necessário “olhar para frente”, dando primazia à transição energética:

Nas últimas semanas, as pessoas só me perguntam de petróleo. Mas eu estou licenciando 300 projetos de éolica offshore e ninguém me pergunta sobre isso. Estou licenciando quase 30 projetos de hidrogênio verde. Isso é olhar pra frente. A gente fica preso a técnicas do passado. O Ibama vai continuar licenciando petróleo, mas precisamos ter um olhar um pouco mais pra frente”.

A afirmação de Agostinho é mais uma demonstração de que sua decisão de negar a licença à Petrobrás não foi técnica, mas política, conforme já apontado por este Diário.

Explorar ou deixar de explorar o petróleo é uma decisão política

Foi igualmente informado por este Diário que os supostos “Corais da Amazônia” (que seriam uma das justificativas para vetar as perfurações na Bacia da Foz do Amazonas) não são corais, mas rochas calcárias. Assim afirma o pesquisador brasileiro Luís Ercílio Faria Junior, doutor em Ciência Naturais da Universidade Federal do Pará (UFPA), que durante anos coordenou pesquisas na bacia da Foz do Amazonas.

O Greenpeace mentiu para você

A suposta existência dos “Corais da Amazônia” foi resultado de uma campanha propagandística feita pelo Greenpeace, organização subordinada ao imperialismo.

Com base nessa falsificação, o IBAMA e seu presidente negaram licença ambiental à Petrobrás, impedindo-a de explorar petróleo na Margem Equatorial.

Em outras palavras, Agostinho preside o IBAMA guiado pela política ambientalista do imperialismo. Não é coincidência que a licença negada à Petrobrás refere-se a uma região que é tida como o “novo pré-sal”, que poderia alçar o Brasil ao posto de país com as maiores reservas de petróleo do mundo.

Da mesma forma, é sintomático que o presidente do IBAMA tenha estado presente em um evento realizado no coração do imperialismo, na Universidade de Oxford, ocasião em que deixou claro seu alinhamento com o ambientalismo pró-imperialista.

A esta altura do campeonato, é notório que a política dos países imperialistas em defesa do meio ambiente, e a propaganda que dela decorre, não é uma verdadeira defesa do meio ambiente. É, na verdade, uma política levada a cabo para impedir os países de capitalismo atrasado de explorarem seus recursos naturais, em especial suas fontes energéticas e suas riquezas mineiras. Um dos objetivos do imperialismo com isto é impedir a industrialização e o consequente desenvolvimento econômico dos países oprimidos, pois, caso eles se desenvolvessem, tornar-se-iam independentes, promovendo uma ruptura da ditadura mundial imperialista e, por conseguinte, levaria os monopólios do imperialismo à bancarrota. O outro objetivo é deixar as riquezas naturais reservadas e intactas para que sejam, eventualmente, saqueadas pelos monopólios imperialistas (Exxon, Shell, Equinor etc.), e somente por eles.

As recentes declarações de Rodrigo Agostinho, dizendo que explorar petróleo é “uma técnica do passado” mostra que ele de fato trabalha contra o desenvolvimento econômico do Brasil.

Sua atuação não é um acaso. Está em perfeita consonância com a política de Marina Silva, sua chefe.

Ambos são engrenagens na campanha ambientalista desatada pelo imperialismo para barrar o desenvolvimento nacional. Afinal, não é possível que haja desenvolvimento econômico sem que o país se reindustrialize; e a industrialização não será possível sem a exploração de todas as reservas nacionais de petróleo.

À medida em que o governo Lula busca se distanciar dos países imperialistas, tanto através de sua política interna (fim do PPI), quanto de sua política externa (aproximação com China e Rússia, com o consequente fortalecimento dos BRICS), essa campanha ambientalista do imperialismo vai ficando mais intensa.

Tanto é assim que nesse domingo (18) instituições e organizações ambientais promoveram atos em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e Florianópolis contra o “desmonte ambiental”. É notório que tais organizações são vinculadas ao imperialismo, recebendo financiamento dos EUA e dos países da Europa Ocidental, o que denuncia que o golpismo já está imanente nessas manifestações. Não coincidentemente, o ato de São Paulo, realizado na Avenida Paulista, contou um imenso e inflável globo terrestre, o que nos remete ao pato amarelo inflável da FIESP, na época do golpe de 2016.

O imperialismo começa a mover suas peças no tabuleiro, utilizando-se da esquerda pequeno burguesa e de uma classe média pseudo-progressista como mais uma frente para atacar o governo Lula e seu programa nacionalista de reindustrialização e desenvolvimento econômico do Brasil.

Diante das movimentações golpistas que aparecem no horizonte, é urgente que as organizações dos trabalhadores realizem uma ampla campanha, impulsionando uma mobilização de massas pela completa estatização da Petrobrás e pela nacionalização do petróleo.

O petróleo é nosso!

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