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Identitarismo

O critério de raça no STF

Folha de São Paulo continua fazendo a campanha pela "mulher negra do STF"

Com a abertura da vaga da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, abriu-se uma discussão sobre quem irá assumir o cargo. Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente da República, será quem indicará o sucessor ou sucessora da ex-ministra golpista. Na primeira indicação, Lula concedeu a Cristiano Zanin, homem de confiança que lutou contra o processo da lava-jato, a vaga, em troca, recebeu uma enxurrada de críticas da imprensa burguesa com apoio significativo da esquerda pequeno-burguesa. Outra vez, setores abertamente pró-imperialistas estão pressionando o presidente com o seguinte critério: raça e sexo. Seria a vez de uma mulher negra ocupar o cargo de juíza do STF.

Em recente matéria da Folha de São Paulo, a professora da UFSCar, Maria da Glória Bonelli, afirmou que o critério de Lula é “uma falta de amadurecimento da compreensão sobre o que é uma democracia”. Segundo a professora sênior do Departamento de Sociologia da universidade paulista, “ampliar a presença de mulheres e pessoas negras na cúpula do Judiciário melhoraria as decisões e a legitimidade dessas instituições” e continuou em tom de crítica: “Achar que pode botar um magistrado, um ministro para ocupar uma posição, que ele vai ser competente, justo e inclusivo, independentemente dele ser homem, mulher, branco, indígena, negro, etc, é uma visão que se naturaliza facilmente quando as pessoas estão confortavelmente sentadas em posições de poder.”

“É um pouco difícil que um tribunal composto de pessoas semelhantes entre si seja visto por aquelas outras pessoas, que estão tão distantes desse universo, como parecidas”.

Apesar de Lula afirmar que gênero e cor não são critério para sua escolha, o veículo de comunicação da burguesia segue pressionando por uma candidatura que se enquadre nas ditas minorias. Se analisarmos de forma superficial, chegaremos a conclusão que a Folha, jornal golpista que participou do golpe de estado de 2016 é a maior defensora dos direitos LGBT, das mulheres e, por fim, dos negros. Se aprofundarmos o tema, logicamente, não resiste a análise. Para justificar o critério identitário, a professora deu exemplos na Suprema Corte. Segunda ela; a política de constitucionalidade de cotas é graças ao Joaquim Barbosa e a ex-ministra Rosa Weber ao pautar no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) uma ação afirmativa para “impulsionar a progressão de mulheres” seria relevante, “Lógico que a Rosa Weber influenciou botando na pauta” – afirmou Bonelli. O que não é dito, é o papel desses juízes na operação que prendeu Lula e derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff, é de conhecimento público a infame frase da ex-ministra do STF, “Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”. A resistência de Lula à pressão identitária, ilustre que o PT aprendeu com erros passados e que a melhor escolha seria uma pessoa confiável, de preferência não-lava jatista. 

A coluna afirma de maneira implícita que Lula seria contra a política de pluralidade e que antes não era assim. Ou seja, Temer e Bolsonaro seriam muito mais democrático. A pressão imperialista para a próxima indicação do presidente, demonstra uma tendência golpista, exige um olhar crítico da esquerda para nova articulação golpista, agora, o pretexto não seria a corrupção, como outrora… e sim uma preocupação da burguesia com a “falta de pluralidade” de Luiz Inácio Lula. A farsa se revela quando esses mesmos setores que se preocupam tanto com as minorias, comemoram o genocídio dos palestinos. A única pretensão do imperialismo, é colocar uma pessoa que atue contra o governo petista e abra as portas para um golpe de estado.

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