O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cortou a verba destinada ao programa de implementação de câmeras em uniformes de agentes da Polícia Militar. Segundo matéria do portal g1 (da Globo), baseada em dados da Lei de Acesso à Informação, os PMs contam com apenas 10.125 equipamentos do tipo desde 2 de fevereiro de 2023.
“A ampliação das funcionalidades das câmeras corporais e a implementação dos equipamentos em todos os batalhões de policiamento do estado são compromissos da atual gestão. Atualmente, cerca de 48% dos batalhões já contam com o dispositivo, totalizando 10.125 câmeras corporais em uso pelas forças policiais em todos os turnos de serviço” (“Governo Tarcísio congela número de câmeras corporais em uniformes da PM em SP” , Arthur Stabile, g1 SP, 21/6/2023).
Embora demandada por grupos ligados à esquerda, é preciso clareza de que câmeras não inibem as ações corriqueiras da polícia de matar a população pobre e negra da periferia. Os policiais já são protegidos pela justiça e demais aparelhos de repressão, contando com licença para matar livremente, o que fica evidenciado pelas chacinas promovidas pelas forças de repressão.
Décadas de toda a sorte de crimes contra o povo comprovam que a polícia sequer deveria existir, é um resquício da ditadura militar brasileira e serve apenas para aterrorizar a população trabalhadora e pobre. A PM deve ser extinta e a segurança, organizada diretamente pela população, pelos bairros e ruas do País, com pessoas eleitas pelo povo.
O cidadão eleito pelo povo no seu próprio bairro para garantir a segurança, conhece todos que moram ali, facilitando qualquer intercorrência entre os populares. A extrema direita quer eliminar as câmeras. A esquerda pequeno-burguesa quer as câmeras nos trajes policiais. Os trabalhadores, no entanto, querem o fim da própria polícia e de todo aparelho de repressão.