Após ser o centro das atenções em um caso montado para retornar ao centro do jogo político, o ex-juiz Sérgio Moro (União-PR), um dos principais nomes da operação Lava Jato, organizada pelo imperialismo contra o povo brasileiro, agora tem se articulado para tentar interferir na escolha do novo Procurador-Geral da República.
Com o fim do mandato de Augusto Aras, neste ano, Moro conseguiu 27 assinaturas, consideradas necessárias, para desarquivar sete propostas legislativas, dentre elas a PEC 25/2020, que força o presidente da República a usar a lista tríplice para escolher a PGR.
A política de Sérgio Moro serve para buscar impedir que o governo tenha maior liberdade na escolha no procurador-geral, e também impulsionar a entrada de um novo representante do bloco golpista na função. Pois, Lula já afirmou em entrevista à TV 247 que não pretende, tanto em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF), como também para a PGR, escolher um representante com base em lista tríplice.
“Não penso mais em lista tríplice, não penso mais. Esse não é mais o que eu pensei, porque quando eu vim para a Presidência eu trouxe minha experiência do sindicato, então tudo para mim era lista tríplice. A lista triplamente resolve o problema. Então, vou ser mais criterioso para escolher o próximo procurador-geral da República”, declarou o presidente Lula.
A nova luta entre Lula e os setores da burguesia se da em um momento importante para o governo. Lula é alvo de uma intensa política de sabotagem por parte da direita golpista que tenta controlar importantes setores da máquina do Estado. A decisão de Lula, contrária a Moro, tenta garantir alguém mais de sua confiança, em vez de nomear mais um sabotador no governo.
A situação é delicada, e a volta de Moro revela uma operação da burguesia e de toda a imprensa de buscar recuperar a imagem do ex-juiz, conhecido por prender Lula sem provas e destruído toda a economia nacional a mando do imperialismo.