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Trabalhador endividado

Metade das famílias brasileiras estão endividadas

Operários suam para sustentar banqueiros

A notícia, por pior que seja, é direta: metade das famílias brasileiras estão endividadas. Em compensação, ao invés de auxiliar os trabalhadores para que os bancos explorassem menos seu suor, o papel da burguesia é o oposto: subir ainda mais a taxa de juros.

De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central, o endividamento dos trabalhadores brasileiros atingia a marca de 48,5% em novembro de 2022, ao final do governo ilegítimo de Bolsonaro. Por causa da política neoliberal, cerca de quase 30% das famílias brasileiras tiveram sua renda familiar integralmente comprometidas por conta das dívidas com bancos. Enquanto isso, ao longo de 2022, a taxa de juros subiu em média 8%, ainda de acordo com o Banco Central.

A política da burguesia não é complexa de se entender: para fazer com que os banqueiros ganhem cada vez mais, através do pagamento de juros, os trabalhadores serão esmagados e doarão sua força de trabalho praticamente na íntegra para que os capitalistas, que não trabalham, possuam uma forma de seguir vivendo com os privilégios que possuem.

E enquanto 2021 e 2022 foram marcados pela alta de preços, do combustível à alimentação e demais produtos, o salário mínimo, por sua vez, não obteve um aumento real. Com “aumentos” simbólicos de 20 a 30 reais, que não passam de uma risada burguesa na cara do trabalhador, o brasileiro seguiu tendo seu poder de compra reduzido enquanto seu botijão de gás e o aluguel, por vezes, viraram apenas sonho de consumo – pois não havia mais condição de serem pagos.

Na taxa dos quase 30% de famílias comprometidas, entram aquelas que, caso não paguem obrigatoriamente as dívidas que possuem em curto prazo, irão se tornar inadimplentes – uma espécie de condenar o trabalhador a sustentar os capitalistas por bem, ou por mal. Manter o crédito alto, também, fez com que mais famílias se endividaram do que o necessário.

É válido lembrar que de todos os gastos nacionais, que somam em torno 8 trilhões de reais, 55% da dívida é para pagar os juros das dívidas com os bancos. Reiterando que nos 55% não está presente o pagamento aos banqueiros na íntegra, mas exclusivamente ao pagamento dos juros. Ou seja, o que os capitalistas subtraem do produto interno nacional é um verdadeiro sequestro da qualidade de vida do trabalhador brasileiro. É importante destacar que eles são os verdadeiros culpados pela miséria e dor da classe operária. Enquanto os parasitas que se nutrem do sangue dos trabalhadores seguem enriquecendo, os operários, que têm seu suor destinado aos bolsos dos capitalistas, seguem sendo esmagados pela dívida e pelo mercado.

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