De acordo com o jornal France Football, em artigo de 2015, o jogador argentino Lionel Messi recebeu 3,5 milhões de euros por sua visita feita ao Gabão, país africano que iria inaugurar um estádio para receber o Campeonato Africano das Nações de 2017.
Messi teria sido um convidado especial de Ali Bongo, presidente gabonês deposto na última quarta-feira (30) após um golpe militar. Na época, surgiu a polêmica de onde teria vindo esse dinheiro, pois, enquanto o argentino recebia essa quantia, o povo gabonês passava fome.
Chama muito a atenção que, quando o brasileiro Neymar decidiu jogar na Arábia Saudita, o craque foi duramente criticado pela imprensa imperialista por estar ajudando “regimes autocráticos”. O caso, no entanto, nada teria de diferente em relação ao de Messi, a não ser o fato de que Ali Bongo é um completo capacho do imperialismo, enquanto a monarquia saudita tem apresentado uma posição convergente em relação à China e à Rússia.
No entanto, como sempre, a imprensa aplica aqui sua política de “dois pesos, duas medidas”. Para o craque Neymar, perseguido durante toda a sua carreira, os piores xingamentos; para o “anjo Messi”, só elogios.