Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Futebol burocrático

Mesmo com bom elenco, Botafogo de Castro não tem criatividade

O português Luis Castro, há 1 ano, não conseguiu dar um padrão de jogo ao Botafogo. Ou melhor, não sejamos injustos, deu um futebol de toques para o lado e sem criatividade

O Botafogo disputou na segunda-feira (27) o segundo jogo da semifinal da Taça Rio contra a Portuguesa-RJ, e venceu por 3 × 1, se classificando para a final, contra o Audax, valendo vaga na Copa do Brasil de 2024. No entanto — como este Diário denunciou após a vitória por 7 × 1 contra o Brasiliense na segunda fase da Copa do Brasil — o placar é enganoso.

O Botafogo até criou jogadas nos 15 minutos iniciais da partida contra a Portuguesa, mas depois ficou no velho esquema burocrático e sem criatividade. Naturalmente, coma 6ª folha salarial do país, e jogadores de qualidade como Eduardo, Tchê Tchê, Tiquinho e Marçal, a culpa da inofensividade do Botafogo é do treinador.

O português Luis Castro, há mais de um ano no Botafogo, um dos treinadores há mais tempo em um único time no futebol brasileiro, não conseguiu dar um padrão de jogo ao Alvinegro. Ou melhor, não sejamos injustos, deu este padrão: um futebol de toques para o lado e sem criatividade.

Como foi apontado na goleada sobre o Brasiliense, o Botafogo se salva com um bom goleiro (Lucas Perri) e jogadas de bola parada, utilizando-se de seus zagueiros habilidosos, Adryelson e Victor Cuesta. Por isso, o Alvinegro tem dificuldades em jogar contra times fracos que não dão espaço para jogar; não consegue criar. Por exemplo, na primeira partida da semifinal contra a Portuguesa, o Botafogo — que já havia perdido para a equipe na Taça Guanabara, ficando fora do Campeonato Carioca — ficou nos míseros 0 × 0. 

Na partida desta segunda, o Botafogo arranjou um gol com Eduardo, após uma falha na saída de bola do time adversário resultante da pressão exercida por Tiquinho. Ao final do segundo tempo, a Portuguesa empatou. Ainda, o time que disputa a Série D do Campeonato Brasileiro, teve chances até de virar o jogo, mas por falta de habilidade, perdendo chances claras de gol, acabou ajudando o Alvinegro. Para não sermos injustos, o Botafogo também perdeu uma chance clara de gol, com Lucas Piazón no primeiro tempo.

O segundo gol do Botafogo saiu 25 do segundo tempo. Novamente bola parada, gol do zagueiro Victor Cuesta. A falta de criatividade do Botafogo fazia com que a bola não chegasse para o artilheiro Tiquinho finalizar. Ao contrário, o centro-avante teve de ir buscar a bola no meio-campo ou abrir nas alas para conseguir jogar. O fato mostra que a campanha de alguns setores da torcida contra o atacante Matheus Nascimento, de 19 anos, e a principal joia do clube na década, é ilusória. Matheus, menos experiente que Tiquinho, também não tem como se desenvolver em um time que não cria jogadas ofensivas para ele, mas já demonstrou que é um jogador cheio de recursos e habilidoso.

O time de Luis Castro só consegue trocar passes no contra-ataque, que é o que ocorreu no terceiro gol, numa jogada magistral de Eduardo, que deu passe de letra, tabelando com Gabriel Pires. Este enfiou para Carlos Alberto, que devolveu atrás para Eduardo, que enfiou novamente para o ponta. Carlos Aberto cruzou e o jovem Raí aproveitou a sobra para marcar o terceiro.

Efetivamente, o Botafogo, com a saída de Jeffinho, transferido para o Olympique Lyonnais no início do ano, sofre de “Eduardodependência”. É o único que não se adapta ao esquema burocrático de Castro, buscando sempre ir pra frente, em busca do gol. Aliás, outro meia que é assim é o jovem Raí, autor do gol. Ao contrário de Lucas Fernandes, que é habilidoso, mas burocrático, a cria da base do Botafogo tenta dribles, enfiadas de bola, enfim busca mais o ataque.

Fato é que o elenco do Botafogo, mesmo com falhas nas pontas após o dono da SAF, John Textor, transformar o clube numa barriga de aluguel do Lyon, não é ruim. Mas Luis Castro, como a maioria dos técnicos portugueses, é uma farsa. Por isso, foi devidamente xingado pela torcida alvinegra, que carregou faixas contra ele, Textor e o diretor de futebol André Mazzuco.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.