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É preciso mobilizar

Lula às organizações populares: “vocês vão ter que lutar muito”

Lula está certo ao dizer que as eleições foram apenas uma primeira parte do problema, a verdadeira luta começa agora com a necessidade de mobilizar os trabalhadores

Retomando uma de suas promessas nas eleições, o presidente Lula inaugurou nessa segunda-feira (30) o Conselho de Participação Social. A criação do conselho foi incluída como uma sugestão no relatório final da transição de governo realizado no fim de dezembro, que serviu para reunir no ano passado 57 movimentos populares e entidades da sociedade civil.

Em seu discurso a respeito da criação deste conselho, Lula enfatizou a necessidade de organizar o movimento de trabalhadores para garantir as conquistas sociais almejadas nas eleições.

“Companheiros, vocês sabem o que fazer, porque tudo que eu aprendi, eu aprendi com vocês. Vocês vão ter que lutar muito, cobrar muito, muitas vezes vão falar mal do Lula. Não tem problema. Eu estou acostumado ao seguinte: eu respeito tanto os aplausos quanto as vaias, porque tudo que sai — mesmo que palavrão — da boca do povo com razão, nós temos que respeitar. Nós só não podemos respeitar a ignorância dos fascistas que estão na rua soltos e provocando as pessoas de bem”.

Lula deixou claro em sua intervenção que os movimentos populares irão precisar “lutar muito, cobrar muito”. Essa declaração demonstra que o presidente eleito pelos trabalhadores tem a consciência de que o governo só será capaz de garantir conquistas a população, em meio à sabotagem golpista, caso haja uma intensa mobilização popular de amplos setores. Apenas aguardar que Lula será capaz de, por conta própria, com apenas uma caneta e papel em mãos, defender os interesses dos trabalhadores contra os golpistas é uma ilusão, como mesmo explica Lula.

O presidente também pontou: “Quero dizer para vocês que vocês não estão convidados e não estão participando de uma festa. Esse conselho vai servir para ajudar a gente para reconstruir ou construir uma coisa nova, uma participação popular efetiva, em que vocês sejam tratados em igualdade de condições, que vocês possam dizer ‘sim’ da mesma forma que podem dizer ‘não’. E vocês têm que ser respeitados quando dizem ‘sim’ e quando dizem ‘não’, porque normalmente quem está no governo não gosta de ‘não’, e nós aprendemos que o ‘não’ é tão importante quanto o ‘sim’ quando ele é feito com os companheiros de luta que ajudaram a construir o que nós construímos para chegar à Presidência da República”.

O recado foi dado: Lula precisa ter os trabalhadores do seu lado para poder governar, e o Conselho, apesar de não possuir nenhum poder especial no Estado nacional, é uma maneira da presidência se apoiar na ação dos trabalhadores para governar.

Sobre este assunto, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), afirmou antes da intervenção de Lula que “é preciso multiplicar os conselhos populares nas políticas públicas, mas também atuar na formação de conselheiros e conselheiras na base, articulando com universidades e entidades de educação popular”. As declarações reforçam mais uma vez a preocupação com a necessidade de mobilizar os setores populares em torno do governo eleito.

E é desta preocupação demonstrada por Lula que os movimentos populares devem tirar como base para a sua mobilização. O dia 8 de janeiro representou um duro golpe político ao governo Lula que vem enfrentando cada vez mais sabotagens por parte da burguesia, sobretudo do alto comando das Forças Armadas. Contra as Forças Armadas, Lula não tem o apoio da burguesia, que vem se juntando a campanha contra o governo.

Por isso, Lula tem como única força a mobilização popular em defesa de seu governo. E para isso ocorrer, é necessário mobilizar além da própria militância, é necessário movimentar as amplas massas. Nesse sentido, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Movimento Sem Terra (MST) tem papel fundamental junto as demais organizações populares para mobilizar os trabalhadores da cidade e do campo em defesa de seus interesses e contra a campanha golpista.

O resultado das eleições de 2022 serviram para deixar claro que os trabalhadores querem acabar com a política do regime golpista de uma só vez, e que a população quer melhores condições de vida, aumento do salário, trabalho etc. No entanto, Lula está certo ao dizer que as eleições foram apenas uma primeira parte do problema, a verdadeira luta começa agora com a necessidade de mobilizar os trabalhadores e garantir que o governo tenha força de enfrentar a ação golpista da burguesia.

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