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Teoria Marxista

Lênin: a vida ensina

O preste artigo foi publicado no Pravda, n.° 15, de 19 de janeiro de 1913

Os que se interessam sinceramente pela sorte do movimento de libertação em nosso país, não podem, pelo menos, deixar de demonstrar interesse antes de tudo por nosso movimento operário. Tanto os anos de ascensão quanto os anos da contrarrevolução, demonstraram com meridiana clareza que a classe operária marcha à frente de todas as forças libertadoras e que, por isso, a sorte do movimento operário se entrelaça do modo mais estreito com a sorte do movimento social russo em geral.

Tomem a curva do movimento grevista dos operários nos últimos oito anos e experimentem fazer outra curva que reflita o crescimento e o declínio de todo o movimento russo de libertação desses mesmos anos. Ambas as linhas coincidirão inteiramente. Entre todo o movimento de libertação no seu conjunto, de um lado, e o movimento operário, de outro, existe a mais estreita e indissolúvel conexão.

Vejamos os dados sobre o movimento grevista da Rússia, a partir de 1905.

AnosNúmero
de Greves
Grevistas
(milhares)
190513 9952 863
19066 1141108
19073 573740
1908892176
190934064
191022247
1911466105
1912aproximadamente cerca de um milhão e meio
(em greves econômicas e políticas)

Esses dados por acaso não indicam claramente que o movimento grevista dos operários russos é o melhor barômetro de toda a luta popular de libertação na Rússia?

O ponto mais alto (ano de 1905) dá aproximadamente 3 milhões de grevistas. Em 1906 e 1907 o movimento decresce, mas continua em nível muito elevado, dando em média um milhão de grevistas. A seguir o movimento entra em rápido declínio, que se prolonga até o ano de 1910, inclusive: o ano de 1911 é um ano de reviravolta. A curva começa — embora ainda em pequena proporção — a subir. O ano de 1912 marca nova e poderosa ascensão. A curva eleva-se com segurança e decisão até o nível de 1906 e mantém evidentemente a mesma direção até o ano em que se bateu o recorde mundial com a cifra de 3 milhões de grevistas.

Começou uma nova época. Sobre isso, agora, não pode haver a menor dúvida. A melhor prova temos nos começos do ano de 1913. De diferentes questões parciais, a massa operária marcha para a colocação da questão geral. A atenção das mais amplas massas já não se concentra em algumas irregularidades de nossa vida russa. A questão é colocada levando em conta todo o conjunto dessas irregularidades; já não se trata de reformas, e sim da reforma.

A vida ensina. A luta real é a que melhor resolve as questões que ainda há muito pouco tempo eram tão discutidas. Vejam agora, depois de 1912, mesmo que sejam apenas as nossas discussões sobre a “campanha de abaixo-assinados”(1) e sobre a palavra de ordem de “liberdade de associação”. O que foi que a experiência mostrou?

Era impossível reunir nem que fossem apenas várias dezenas de milhares de assinaturas de operários sob uma solicitação bastante moderada. Mas foi uma realidade a cifra de um milhão de participantes nas greves exclusivamente políticas. As divagações a respeito de que não se deve ir além da palavra de ordem de “liberdade de associação”, pois em caso contrário as massas não nos compreenderiam e não se mobilizariam, resultaram em palavras vazias e supérfluas de pessoas desligadas da vida. E as massas concretas e reais de milhões se mobilizaram, precisamente, sob as mais amplas e velhas fórmulas, mantidas em toda a sua integridade. Tais fórmulas foram as únicas que despertaram o entusiasmo das massas. Agora ficou demonstrado com suficiente força de convicção quem efetivamente marchou com as massas e quem marchou sem elas e contra elas.

O renovado e poderoso movimento entusiasta das próprias massas varre, como velharia inútil, as receitas artificiais geradas nos gabinetes e prossegue em sua marcha sempre para frente.

Nisso baseia-se o sentido histórico do grandioso movimento que se desenvolve diante de nossos olhos.

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