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Sem o Hamas na equação

Joe Biden quer uma “solução de dois Estados” para a Palestina

Mostrando o quanto o Hamas exerce um papel progressista na situação Biden deixa claro que o partido que lidera a resistência armada palestina é um obstáculo a ser eliminado

Neste domingo (19), o Washington Post, jornal do imperialismo norte-americano publicou matéria afirmando que o governo dos Estados Unidos, o de Israel e o Hamas chegaram a um acordo para um cessar-fogo de cinco dias e liberação de reféns. Contudo, no mesmo dia, foi publicado no jornal artigo assinado por Joe Biden, presidente dos EUA, em que fica entendido que um cessar fogo ainda não foi feito, que será realizado após a liberação dos reféns. O governo de Israel também negou a notícia do Post.

Para além do caráter especulativo da notícia respeito desse suposto acordo de bastidores, cumpre expor as informações contidas no artigo assinado por Joe Biden.

Como era de se esperar, o texto é o típico espetáculo cínico e demagógico do imperialismo, em especial o ianque. Somos os mocinhos e eles os vilões. Os defensores da liberdade e da democracia e eles os que querem acabar com a civilização.

O artigo foca em duas das principais crises políticas enfrentadas pelo imperialismo atualmente, quais sejam, a crise na Ucrânia e em Israel. Reconhece-as como de fato são, pontos de inflexão, dos quais o imperialismo não pode sair derrotado:

“Hoje, o mundo enfrenta um ponto de inflexão, em que as escolhas que fazemos — incluindo nas crises na Europa e no Médio Oriente — determinarão a direção do nosso futuro para as gerações vindouras […]

[…] a questão geral: perseguiremos incansavelmente a nossa visão positiva para o futuro ou permitiremos que aqueles que não partilham os nossos valores arrastem o mundo para um lugar mais perigoso e dividido?”

Já no início, Biden mostra qual uma das soluções que o imperialismo ianque está propondo para a Palestinas: a solução dos “dois Estados”:

“Negaremos ao Hamas a capacidade de praticar o mal puro e não adulterado? Será que um dia os israelitas e os palestinos viverão lado a lado em paz, com dois Estados para dois povos?”

No decorrer do artigo, ele reiterará esta posição. Mas, desde já, devemos afirmar duas coisas: a “solução” de “dois Estados” não é nenhuma solução real. E o imperialismo não propõe realmente um Estado palestino.

Como exemplo do cinismo característico do imperialismo, Biden logo no início de seu escrito acusa Putin e o Hamas de serem os agressores que, dentre outras coisas, lutam para varrer do mapa uma democracia vizinha:

“Iremos responsabilizar Vladimir Putin pela sua agressão, para que o povo da Ucrânia possa viver livre e a Europa continue a ser uma âncora para a paz e a segurança globais?

Tanto Putin como o Hamas estão a lutar para varrer do mapa uma democracia vizinha. E tanto Putin como o Hamas esperam destruir a estabilidade e a integração regionais mais amplas e tirar partido da desordem que se segue. A América não pode e não permitirá que isso aconteça. Para os nossos próprios interesses de segurança nacional – e para o bem do mundo inteiro.

Os Estados Unidos são a nação essencial.

[…]

Essa convicção está na raiz da minha abordagem de apoio ao povo da Ucrânia enquanto continua a defender a sua liberdade contra a guerra brutal de Putin”.

Convicções à parte, o imperialismo de conjunto se mostra cada vez mais distante da Ucrânia. A cada dia que passa surgem mais e mais sinais de que a burguesia imperialista não consegue mais sustentar o esforço de guerra na Ucrânia contra a Rússia, e busca manejar uma saída. Milhares de ucranianos já fogem de seu próprio país para não serem convocados para uma guerra da qual sabem que não sairão vivos em hipótese alguma.

Nos Estados Unidos, uma parte cada vez maior da burguesia imperialista, manifestando-se por meio de seus políticos no Congresso, recusa-se a permitir que mais do orçamento estatal seja destinado à Ucrânia.

Na Europa, a guerra vem levando o velho continente à falência, enquanto que a Rússia continua “intacta” e avançando. A guerra por procuração contra a Rússia é praticamente um beco sem saída para o imperialismo, sendo assim seguro dizer que a vitória militar Russa é certa, de forma que em relação ao país do leste europeu, a política do imperialismo ianque é buscar uma saída que faça parecer que eles não sairão derrotados. O que será difícil.

Nesse sentido, no que diz respeito à Ucrânia, o artigo de Biden está mais para uma bravata, meramente para inglês ver. Diante disto, o fundamental do escrito diz respeito à Palestina e Israel.

Após que Biden termina de balbuciar sobre a Ucrânia, ele inicia sobre o Hamas, os palestinos, “Israel”. Como era de se esperar, desata a reiterar as mentiras sionistas a respeito do que aconteceu no dia 7 de outubro, em a resistência armada palestina, em uma ação revolucionária, assestou um duro golpe contra “Israel”:

“Apoiamos firmemente o povo israelita na sua defesa contra o niilismo assassino do Hamas. No dia 7 de Outubro, o Hamas massacrou 1.200 pessoas, incluindo 35 cidadãos americanos, na pior atrocidade cometida contra o povo judeu num único dia desde o Holocausto. Bebés e crianças pequenas, mães e pais, avós, pessoas com deficiência e até sobreviventes do Holocausto foram mutilados e assassinados. Famílias inteiras foram massacradas nas suas casas. Jovens foram mortos a tiros em um festival de música. Corpos crivados de balas e queimados de forma irreconhecível . E há mais de um mês que as famílias de mais de 200 reféns feitos pelo Hamas, incluindo bebés e americanos, vivem no inferno, esperando ansiosamente para descobrir se os seus entes queridos estão vivos ou mortos. No momento em que escrevo este artigo, minha equipe e eu estamos trabalhando hora após hora, fazendo tudo o que podemos para libertar os reféns”.

Quanta mentira, cinismo e hipocrisia.

Primeiramente, o número de mortos do dia 7 é discutível. No começo, “Israel” divulgou o número de 1.400. Agora já abaixo para 1.200, conforme afirmado pelo próprio Biden em seu artigo. Contudo, conforme investigações do jornalista Max Blumenthal, editor chefe do sítio The Grayzone, o cenário mais provável é que o número de mortos seja de aproximadamente 900.

Desse número cerca da metade, estima-se que sejam de militares das FDI (forças de defesa de israel). O restante “civis”. Entre aspas, pois dentre eles estariam também os milicianos fascistas armados que “defendem” os kibutzim.

Em segundo lugar, ainda segundo as investigações de Blumenthal, que inclusive baseou inúmeras de suas informações em fontes da própria imprensa sionista (Haaretz, por exemplo) e nos depoimentos de sobreviventes, muitos das “famílias massacradas”, “jovens mortos em um festival”, “corpos queimados” foram mortos ou por trocas de tiro ou por bombardeios das próprias FDI, conforme já exposto recentemente nesse Diário:

Plano de Israel é “limpar” a Faixa de Gaza

E, mesmo que o Hamas (e demais organizações da resistência) tivessem cometido os excessos dos quais são caluniados, não mudaria em nada. Ainda seriam os oprimidos lutando contra os opressores. Os palestinos, sua resistência armada e suas organizações ainda teriam de ser defendidas contra “Israel” e o sionismo. Conforme dito anteriormente, Biden diz que a solução para a região seria haver dois Estados. E é isto que o carniceiro presidente dos EUA volta a fazer em seu artigo. É claro, o faz de forma cínica, fingindo se importar com os palestinos:

“O povo palestino merece um Estado próprio e um futuro livre do Hamas. Também eu estou com o coração partido pelas imagens de Gaza e pelas mortes de muitos milhares de civis, incluindo crianças […] uma solução de dois Estados é a única forma de garantir a segurança a longo prazo tanto do povo israelita como do povo palestino”.

E, mostrando o quanto o Hamas exerce um papel progressista na situação palestina (e, para ser mais preciso, em toda a situação política mundial), Joe Biden deixa claro que o partido político que lidera a resistência palestina é um obstáculo que precisa ser eliminado:

“Poucas semanas antes de 7 de outubro, encontrei-me em Nova Iorque com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. […] O tema principal dessa conversa foi um conjunto de compromissos substanciais que ajudariam tanto Israel como os territórios palestinos a integrarem-se melhor no Médio Oriente mais amplo. […] É isso que temos trabalhado para concretizar no Médio Oriente. É um futuro onde não há lugar para a violência e o ódio do Hamas, e acredito que a tentativa de destruir a esperança nesse futuro é uma das razões pelas quais o Hamas instigou esta crise”.

Traduzindo a verborragia imperialista, Joe Biden e a burguesia imperialista veem que estão perdendo o controle no Oriente Médio, o que de fato estão. Precisam reorganizar as peças no tabuleiro para manterem o controle na região. Precisam manter Israel lá, e precisam manter o controle sobre a Palestina e os palestinos. Caso contrário, os interesses econômicos e políticos do imperialismo restarão prejudicados. E, o ponto central: o HAMAS É UM OBSTÁCULO aos planos de Biden e do imperialismo para controlar a Palestina.

A existência e atividade revolucionária e popular do Hamas está em direta contradição com o imperialismo. Até mesmo Biden está deixando isto claro. Até quando a esquerda brasileira continuará se opondo ao apoio ao Hamas e às demais organizações armadas que lutam na Palestina? Até quando o governo continuará chamando o Hamas de terrorista?

Prosseguindo, Biden frisa novamente a necessidade de “dois Estados”:

“[…] uma solução de dois Estados é a única forma de garantir a segurança a longo prazo tanto do povo israelita como do povo palestino […] Uma solução de dois Estados – dois povos vivendo lado a lado com medidas iguais de liberdade, oportunidades e dignidade – é onde o caminho para a paz deve levar. Alcançar esse objectivo exigirá compromissos de israelitas e palestinos, bem como dos Estados Unidos e dos nossos aliados e parceiros. Esse trabalho deve começar agora”.

Tudo muito bonito no papel e no discurso. Mas Biden nos faz o favor de se entregar. Logo em seguida mostra quais as condições do imperialismo, para sua solução de “dois Estados” dê certo:

“Para começar, Gaza nunca mais deve ser utilizada como plataforma para o terrorismo”.

Ou seja, sem Hamas. Sem Jihad Islâmica. Sem Frente Popular para a Libertação da Palestina. Sem Frente Democrática para a Libertação da Palestina. Em suma, sem resistência armada ao sionismo. Afinal, qualquer resistência armada ao terror de “Israel” (o único tipo de luta possível para os palestinos se libertarem) é tida por terrorismo.

A condição dada por Joe Biden para sua “solução” é que os palestinos aceitem passivos a ditadura fascista brutal do sionismo, a pior ditadura que surgiu no mundo depois do nazismo. Depois de falar essa condição, ele diz outra:

“Não deve haver qualquer deslocamento forçado de palestinos de Gaza, nenhuma reocupação, nenhum cerco ou bloqueio, e nenhuma redução de território. E depois desta guerra terminar, as vozes do povo palestino e as suas aspirações devem estar no centro da governação pós-crise em Gaza”.

Que lindo. Muito bonito mesmo. Não fossem palavras saindo da boca de Joe Biden, poderia ser algo bom, mas é uma condição vinda de um presidente dos EUA responsável pelas maiores tragédias humanas da contemporaneidade, tendo, no mínimo, algo de errado. Essa condição é, em primeiro lugar, uma demagogia. Em segundo lugar, é algo que não melhora em nada a situação dos palestinos. Tudo bem, jamais deve ser aceito um deslocamento forçado. Contudo, os palestinos também jamais devem aceitar ficarem somente em Gaza (um verdadeiro campo de concentração) e na Cisjordânia.

O direito dos palestinos é a todo o território que lhes foi tomado pelos sionistas em 1948, durante a Nakba. Ou seja, os palestinos tem direito à Palestina. Do rio ao mar, aproveitando que essa palavra de ordem agora está proibida (veremos se essa proibição irá vingar), mas prossigamos no artigo de Biden.

Ainda sobre a solução de dois Estados, ele se aprofunda sobre como seria o tal Estado palestino. Propõe unificar Gaza e Cisjordânia sob uma única autoridade. E essa autoridade sequer seria a atual corrupta e capituladora Autoridade Nacional Palestina (Mahmoud Abbas). Não, Biden quer outra. Uma ANP revitalizada. Ou seja, alguém mais submisso ao imperialismo e ao sionismo. E, é claro, sem o Hamas na equação:

“À medida que lutamos pela paz, Gaza e a Cisjordânia devem ser reunidas sob uma única estrutura de governação, em última análise, sob uma Autoridade Palestina revitalizada […]”

Palestina e Israel: a farsa da solução de dois Estados

Em sua solução, Biden mostra preocupação com a extrema-direita sionista, em especial com o constante crescimento das milícias fascistas e de sua ofensiva contra os palestinos da Cisjordânia (essas milícias são chamadas pelo eufemismo “colonos”):

“Tenho sido enfático com os líderes de Israel no sentido de que a violência extremista contra os palestinos na Cisjordânia deve acabar e que aqueles que cometem a violência devem ser responsabilizados. Os Estados Unidos estão preparados para tomar as suas próprias medidas, incluindo a proibição de vistos contra extremistas que atacam civis na Cisjordânia”.

É preciso esclarecer: Biden não é contra o fascismo. Apenas não quer que o imperialismo perca o controle. Afinal, a violência fascista pode gerar uma resposta revolucionária das massas, algo indesejável para o imperialismo.

Nesse sentido, Biden é expresso ao dizer que não quer a situação na região escale. Ou seja, que o massacre que Israel está cometendo contra os palestinos gere uma resposta tão grande das massas que force os países Árabes a muçulmanos a um conflito regional:

“[…]continuaremos a trabalhar para evitar que este conflito se espalhe e aumente ainda mais. Ordenei que dois grupos de porta-aviões dos EUA fossem para a região para aumentar a dissuasão”.

Novamente cita o Hamas como o principalmente inimigo, mostrando a todos aqueles que lutam ao lado dos palestinos a natureza progressista desse partido e a necessidade defendê-lo:

“Estamos a perseguir o Hamas e aqueles que financiam e facilitam o seu terrorismo, aplicando múltiplas rondas de sanções para degradar a estrutura financeira do Hamas, cortando-lhe o financiamento externo e bloqueando o acesso a novos canais de financiamento, incluindo através das redes sociais”. 

As linhas seguintes são dedicadas a muito falatório cínico, pseudo-humanitário. Contudo, chama a atenção que mesmo um cessar-fogo está fora de cogitação para os EUA e o sionismo:

“Enquanto o Hamas se apegar à sua ideologia de destruição, um cessar-fogo não é paz. Para os membros do Hamas, cada cessar-fogo é um momento que eles aproveitam para reconstruir o seu arsenal de foguetes, reposicionar os combatentes e reiniciar a matança, atacando novamente inocentes. Um resultado que deixasse o Hamas no controlo de Gaza perpetuaria uma vez mais o seu ódio e negaria aos civis palestinos a oportunidade de construir algo melhor para si próprios”.

E assim, volta-se ao início do presente artigo, em foi noticiado no Washington Post um acordo para a libertação de reféns, entre o Hamas e “Israel”, mediado pelos EUA:

“Israel, os Estados Unidos e o Hamas concordaram com um acordo provisório que libertaria dezenas de mulheres e crianças mantidas reféns em Gaza, em troca de uma pausa de cinco dias nos combates.

A libertação, que poderá começar nos próximos dias – salvo problemas de última hora – poderá levar à primeira pausa sustentada no conflito em Gaza, de acordo com pessoas familiarizadas com as suas disposições”.

Detalhe para o “salvo problemas de última hora” e o “mediado pelos EUA”. Parece preparação de terreno para futura propaganda contra o Hamas.

Na Reuters, o acordo não foi confirmado, apenas foi relatado “está mais próximo do que nunca”, segundo Jon Finer, vice assessor de segurança nacional da Casa Branca. Quanto a esse acordo, deve-se aguardar os desdobramentos. Quando ao artigo de Joe Biden, publicado no Washington Post, transparece que o imperialismo segue dando seu apoio incondicional a Israel. Nesse sentido, é invariável e inegociável sua oposição ao Hamas, o que demonstra a necessidade de toda a esquerda apoiar o partido da resistência palestina.

Também ficou claro no escrito do presidente genocida que ele teme que as situação na Palestina fuja do controle. Assim, insta que Israel controle seus cachorros loucos (mais loucos) da extrema-direita, em especiais as milícias fascistas (colonos) que realizam incessantes ataques contra palestinos na Cisjordânia e, no que diz respeito a manter o controle do imperialismo ianque sobre o Oriente Médio, Biden declara q necessidade da manutenção de Israel, e da “solução de dois Estados”. É claro, como foi explicado no presente artigo, o tal “Estado Palestino” seria para inglês ver. Os palestinos continuariam a ser oprimidos e esmagados pelos sionistas.

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