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Netanyahu à CBS News

Plano de Israel é “limpar” a Faixa de Gaza

É o plano dos sionistas desde o início. Uma limpeza étnica da palestina. Limpá-la dos árabes, para sobre o território erguer um estado supremacista só para judeus sionistas

Israel “não está sendo bem sucedido em minimizar as mortes de civis em Gaza”.

É o que disse o nazista Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, nesta sexta (17), em entrevista CBS News, órgão da imprensa imperialista.

Sua declaração é o típico show de cinismo por parte da máquina de propagada sionista. Mas não apenas cinismo; também falsificação de realidade a fim de justificar e encobrir seu crime de genocídio contra Gaza.

Diz Netanyahu sobre a invasão criminosa do complexo hospital Al-Shifa:

“Estamos a fazer isto com muita cautela porque estamos a tentar fazer a coisa moral, a coisa certa, para privar o Hamas de ter esta zona segura num hospital, mas ao mesmo tempo neutralizar a sua utilização como centro de comando para o terror. E até agora conseguimos isso. Estou feliz em afirmar que estamos sendo bem sucedidos. Conversamos com a administração do hospital. Dissemos que estávamos estrando, para garantir que ninguém (do Hamas estaria lá), que niguém estaria machucado. Até agora já garantimos isto, e esperemos que possamos seguir garantindo isto, enquanto finalizamos o serviço”.

Ao ser perguntado se a morte de tantos civis não gera mais ódio (contra Israel), Netanyahu solta a seguinte pérola:

“Primeiramente, toda morte de civis é uma tragédia. E não deveríamos ter nenhuma pois, estamos fazendos todo o possível para tirar os civis da linha de fogo, enquanto que o Hamas faz o contrário. Então a gente madou panfletos, ligamos, LIGAMOS em seus telefones e dissemos: saiam. E muitos saíram. Mas o Hamas impediu os outros e atiraram nos corredores seguros que abrimos para os palestinos […] Eles dizem ‘que se danem os palestinos’ […] nós não dizemos isto, fazemos todo o possível para que os palestinos possam sair

“Tentaremos terminar esse trabalho com o mínimo de vítimas civis, é isso que estamos tentando fazer, o mínimo de vítimas civis, mas infelizmente não temos sucesso”.

Há alguém que ainda acredita em tantas mentiras?

Já está comprovada que as alegações pintando a ação do Hamas e da resistência palestina no dia 7 de outubro como um “ato de terror demoníaco” nada mais são do que falsificações. Aliás, a própria imprensa sionista está sendo obrigada a desmentir as mentiras do aparato de propaganda do Estado de Israel.

No começo, houve a história ridícula da decapitação de 40 bebês. Desmentida…

Foi também propagado pelo governo sionista que o Hamas havia matado 1.400 pessoas, sem distinguir civis de militares, e sem citar que entre estes haviam pessoas que compõem as milícias sionistas.

O governo jamais divulgou o nome do total das vítimas. Dos nomes divulgados, somando-se aos vídeos e fotos, e informações oficiais do governo, descobriu-se que cerca de metade são de soldados israelenses uniformizados, conforme informações do jornalista Max Blumenthal, editor do site The Grayzone.

Recuando um pouco na mentira, Israel, reduziu o número de mortos para 1.200.

Contudo, as investigações de Blumenthal indicam que este número é ainda maior, cerca de 900. O que significa que, em sua incursão, o Hamas e os demais grupos da resistência palestina teriam aniquilado apenas 450 sionistas, dentre os quais a maioria militar. E, no que diz respeito a civis. Deve-se considerar a existência dos milicianos sionistas, típicos milicianos fascistas, a la camisa negras de Mussolini ou camisas pardas de Hitler.

Considera-se ainda que, grande parte das mortes do dia 7 foram causadas pelas próprias forças armadas israelenses (FDI). Ainda segundo investigações de Blumenthal, que inclusive coletou informações da propria imprensa sionista, esta que por sua vez entrevistou sobreviventes e esteve in loco:

“Os militares de Israel receberam ordens para bombardear casas israelitas e até as suas próprias bases quando foram esmagados por militantes do Hamas no dia 7 de Outubro. […] Vários novos depoimentos de testemunhas israelitas do ataque surpresa do Hamas de 7 de Outubro ao sul de Israel acrescentam provas crescentes de que os militares israelitas mataram os seus próprios cidadãos enquanto lutavam para neutralizar os homens armados palestinianos

Tuval Escapa, membro da equipe de segurança do Kibutz Be’eri, criou uma linha direta para coordenar entre os residentes do kibutz e o exército israelense. Ele disse ao jornal israelita Haaretz que, à medida que o desespero começou a instalar-se, “os comandantes no terreno tomaram decisões difíceis – incluindo bombardear casas contra os seus ocupantes, a fim de eliminar os terroristas juntamente com os reféns

Um relatório separado publicado no Haaretz observou que os militares israelitas foram “obrigados a solicitar um ataque aéreo” contra as suas próprias instalações dentro da passagem de Erez para Gaza “a fim de repelir os terroristas” que tinham tomado o controlo. Essa base estava repleta de oficiais e soldados da Administração Civil israelense na época.

Estes relatórios indicam que vieram ordens do alto comando militar para atacar casas e outras áreas dentro de Israel, mesmo ao custo de muitas vidas israelitas.

Uma mulher israelense chamada Yasmin Porat confirmou em uma entrevista à Rádio Israel que os militares “sem dúvida” mataram numerosos não-combatentes israelenses durante tiroteios com militantes do Hamas em 7 de outubro. forças”.

Em outras palavras, assim que souberam da incursão da resistência palestina, as FDI sairam atirando indiscriminadamente. Sem distinguir os seus dos deles. E de forma desesperada, pois foram pegas de surpresa:

“Os helicópteros de ataque Apache também tiveram um papel importante na resposta militar israelense em 7 de outubro. Os pilotos disseram à mídia israelense que correram para o campo de batalha sem qualquer inteligência, incapazes de diferenciar entre combatentes do Hamas e não-combatentes israelenses, e ainda assim determinados a “esvaziar a barriga” de seus máquinas de guerra. “Encontro-me num dilema sobre onde atirar, porque há muitos deles”, comentou um piloto Apache.”

No fim, certamente as FDI foram responsáveis por centenas das mortes de civis israelenses do dia 7 de outubros (quiçá de maioria):

“De acordo com o Haaretz , o exército só conseguiu restaurar o controlo sobre Be’eri depois de ter bombardeado as casas dos israelitas que tinham sido feitos prisioneiros”.

Ou seja, está claro que a história pintada por Netanyahu em sua mais recente declaração para a CBS News, de que Israel é o “mocinho” da história, não tem pé nem cabeça. Não é sequer validade por seus próprios órgãos de imprensa.

E quanto ao Hamas? É o vilão? É o exército de satanás andando pela terra? Não. Ao menos não segundo os próprios reféns, que depuseram perante os órgãos de imprensa sionistas, levantamento por Blumenthal:

“Uma mulher israelense chamada Yasmin Porat […] em uma entrevista à Rádio Israel […] Enquanto estava detida pelos homens armados do Hamas, Porat lembrou : ‘Eles não abusaram de nós. Fomos tratados com muita humanidade… Ninguém nos tratou com violência’. Ela acrescentou: ‘O objetivo era nos sequestrar para Gaza, não nos assassinar”.

Como não lembrar também da libertação da idosa Yocheved Lifshitz, que inclusive tomou a iniciativa de apertar a mão de um dos militantes do Hamas, por ter sido bem tratada. Veja o vídeo novamente:

Em suma a declaração de Netanyahu é, novamente, mentiras e mais mentiras.

Contudo, apesar de toda a mentira sionista, e toda a cara de pau de Netanyahu, uma verdade transpareceu em seu discurso. Está negritada acima. Vejamos novamente “:fazemos todo o possível para que os palestinos possam sair”.

Finalmente! Uma verdade por parte dos sionistas! É isto o que eles querem com o incessante terror sobre Gaza e sobre a Cisjordânia. Aliás, o que eles querem mesmo é exeterminar todos os palestinos. Da mesma forma que os nazistas queriam com os judeus e eslavos.

E assim o fazem.

Querem terminar o projeto iniciado pelo sionismo há mais de um século: a limpeza étnica da Palestina. Limpá-la de toda população árabe que já lá habitava desde o ano 636 depois de Cristo. Limpar o terreno para erguer um Estado supremacista só para judeus. Fazer com os árabes na Palestina o mesmo que Hitler fez com os judeus e eslavos na Europa e na Rússia.

Nesse sentido, nunca é demais relembrar a declaração do atual ministro de defesa de Israel, o nazista Yoav Gallant: ‘Estamos impondo um cerco total à Gaza. Nem eletricidade, nem comida, nem água, nem gás, tudo bloqueado. Estamos lutando contra animais e agindo em conformidade’.

Logo no dia 8 de outubro, fala de Ariel Kallner, deputado do Likud, mesmo partido de Netanyahu, foi mais clara impossível:

“Neste momento, um objetivo: nakba! Nakba em Gaza e nakba para qualquer um que se atreva a aderir!”

Expulsar para dominar completamente o território. O plano sionista de erguer Israel (estado supremacista judeu) sobre a Palestina. Nesse sentido, recente declaração de Netanyahu na última sexta (10), rejeitando ideia de força internacional para supervisionar governo de transição em Gaza:

“As Forças de Defesa de Israel (FDI) permanecerão no controle da Faixa, não a entregaremos às forças internacionais”

É o plano dos sionistas desde o início.

Nunca respeitaram a população árabe da Palestina, seus direitos. Os sionistas, que eram minoritários, receberam apoio massivo do imperialismo britânico, dos Estados Unidos, e do stalinismo. Com isto, conseguiram fundar o Estado de “Israel”, através de uma limpeza étnica da Palestina.

Isto se deu em 1948. À época, conseguiram expulsar quase 1 milhão de palestinos. Desde então expulsaram muito mais.

Mas os palestinos seguiram lutando. Criaram suas organizações armadas para resistir e lutar contra a opressão do sionismo e do imperialismo.

Hoje em dia contam com o Hamas, a Jiade Islâmica, a Frente de Libertação Popular da Palestina, a Frente Democrática para a Libertação da Palestina e outros grupos.

Apesar de todas as falsificações, de todo o genocídio por parte de Israel e do imperialismo, a vitória virá. E não irá tardar.

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