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Golpistas

Globo faz defesa canalha da privatização da Eletrobrás

Direita "civilizada" quer destruir o país

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Desde o princípio da privatização da Eletrobrás, a Globo, enquanto fazia campanhas cínicas contra o governo Bolsonaro por ele ser “antidemocrático”, o apoiava nessa empreitada antipopular.

A velha história do roubo da população

É conhecida a tática neoliberal de pilhagem do patrimônio público. Ela se expressa por meio das privatizações, que, como o nome sugere, transformam alguma coisa em um bem privado. 

Essa “coisa” é, claro, um fruto de décadas de investimentos públicos vindo diretamente do contribuinte. Por isso, ficaria difícil para os trambiqueiros justificar o roubo, caso dissessem que se trata de um roubo. A solução é dizer que as instituições privadas “compraram” a coisa pública.

Se isso fosse verdade, restaria aos “compradores” e os “vendedores” explicarem duas coisas: por que, supondo uma transação justa, as tais instituições privadas nunca fizeram o investimento para produzir aquele patrimônio elas mesmas? E qual a legitimidade dos representantes da população em vender o patrimônio que a pertence, sem consultá-la?

As respostas, embora eles não digam, nós já sabemos. Para a primeira pergunta, ei-la aqui: nenhuma instituição privada tem a capacidade de fazer investimentos tão grandes, de prazo tão longo e, muitas vezes, sem retorno financeiro como faz o Estado para gerar os bens nacionais que atendem as necessidades da população. Para a segunda pergunta também temos aqui a resposta: os “nossos representantes” não podem consultar a população, dona do patrimônio público, em plebiscitos ou referendos para vendê-lo, porque ela não concordaria facilmente com o roubo de si mesma.

A capitalização da Eletrobras

A história da privatização, que sempre se repete, agora está dirigida à Eletrobras, a empresa brasileira de energia elétrica, uma das maiores do ramo no mundo inteiro. 

Ela foi aberta para capitalização na bolsa de valores durante o governo Bolsonaro com diversas cláusulas leoninas, como: mesmo que o Estado tenha 43% das ações ordinárias, terá o poder de decisão limitado a 10% e, caso o governo queira recomprar a companhia, terá de pagar o triplo do valor da venda.

Também é relevante para o caso relembrar o caso das Americanas, em que houve, resumidamente, um estelionato da empresa de varejo, dos credores e dos acionistas por parte dos três maiores estelionatários do País: Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. 

Após a capitalização, a empresa com maior número de ações preferenciais da Eletrobras é a 3G Radar, do mesmo trio de bandidos de colarinho branco que pilhou as Americanas.

A venda da nossa empresa nacional de eletricidade movimentou cerca de 30 bilhões, o que não paga sequer a usina de Itaipu. Na verdade, sobre o preço de venda é interessante o levantamento feito pelo grupo Ilumina em comparação com uma empresa de energia da Flórida.

NextEra é uma empresa de energia, que atende 20 milhões de pessoas, tem 15 mil funcionários e gera 58 GW de energia e é avaliada em quase 150 bilhões. A nossa Eletrobras com 12 mil funcionários (antes da demissão em massa), gerando 50 GW de energia e atendendo 200 milhões de pessoas em uma área 40 vezes maior que a Flórida, foi adquirida a um quinto do valor de sua equivalente.

Eletrobras privatizada

Além da questão dos termos da “venda”, a privatização da Eletrobras tem impactos significativos na vida da população e alguns deles já começaram a acontecer, entre os quais, o que mais chama atenção são os apagões generalizados.

A esse ponto, é difícil encontrar quem não saiba sobre o apagão, que afetou locais em todos estados brasileiros, exceto Roraima.

De forma bastante cínica, a matéria da Globo sobre o apagão dá a entender que houve uma sobrecarga na região do Ceará e que, dessa forma, o problema teria sido causado por uma “falha técnica”. Ela não menciona, no entanto, a demissão de 1500 funcionários meses antes do ocorrido.

Nesse sentido, é preciso destacar a denúncia do senador Plínio Valério do PSDB, que sintetiza a correlação entre a demissão em massa e o apagão:

“Não é brincadeira o corte de energia elétrica em 8 milhões de quilômetros quadrados, atingindo dezenas de milhões de brasileiros. Mesmo desconhecendo as causas imediatas do desligamento das linhas, estamos cientes do desligamento dos técnicos necessários para manter o sistema em funcionamento. E é em nome desses técnicos que eu peço que a Eletrobrás reavalie a demissão. Essa pode ter sido uma das causas, porque já não há mais assistência técnica, já não há revisão como havia antigamente”

O papel da Globo como flagelo do povo

Desde o princípio da privatização da Eletrobras, a Globo, enquanto fazia campanhas cínicas contra o governo Bolsonaro por ele ser “antidemocrático”, o apoiava nessa empreitada antipopular.

Foi defensora dessa política da pilhagem do patrimônio, do aumento do custo de energia e da negligência criminosa da empresa, a qual causou o recente apagão.

Contou com matérias criando fantasias de como a privatização faz as empresas crescerem e se tornarem competitivas no mercado e solta um artigo de opinião de Claudio Sales, Eduardo Müller Monteiro e Richard Hochstetler fazendo malabarismos retóricos para tentar defender que a demissão em massa não tem a ver com os apagões, lançado após uma matéria que atribuía como causa dele falhas técnicas.

Vale ressaltar que o ramo de energia é estratégico, porque todo o restante da economia, em especial a indústria, depende dele. Ao defender a sabotagem da Eletrobras pelo mercado financeiro, a Globo promove um ataque ao país. É uma imprensa lesa-pátria.

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