Foi ao ar pela COTV neste sábado, dia 21, a tradicional análise política da semana feita pelo companheiro Rui Costa Pimenta. O tema central abordado foi a desinformação e o genocídio na Palestina.
Logo no início da transmissão,Rui convidou mais uma vez os companheiros, filiados, simpatizantes e todos aqueles que sabem que a liberdade de expressão é fundamental para a garantia dos demais direitos políticos, a contribuir com a campanha para o pagamento do processo movido pelo ex -governador de São Paulo João Dória.
Rui Costa Pimenta explicou necessidade de toda ajuda possível para arrecadar 100 mil reais, pois não se trata de uma mera campanha financeira, mas de um protesto político de todos aqueles que contribuem, pois se colocam contra a campanha de censura levada adiante pela burguesia com apoio de setores de esquerda.
Sobre a desinformação, o companheiro alertou sobre a gravidade do tema: “nós estamos vivendo aqui uma das maiores campanhas de desinformação que o imperialismo já botou em prática. A desinformação não apenas falsifica as coisas que estão acontecendo, como ela procura calar as pessoas que estão tentando registrar a verdade dos fatos. É uma tendência totalitária do tipo 1984.”
Dessa maneira podemos relacionar a política de desinformação levada adiante pela imprensa imperialista em relação à Palestina com a luta do PCO contra a censura e a campanha para o pagamento do processo movido pelo eterno tucano, inimigo dos trabalhadores João Dória.
Um destaque da análise foi a atividade realizada pelo PCO na última quinta-feira, que foi o lançamento do livro: Inimigo “A guerra da Cia contra a juventude cubana”, do cubano Raúl Capote, recrutado no passado pela própria CIA para levar adiante um golpe de estado por meio das ONG’s, manipulando a opinião dos jovens cubanos com uso da imprensa e das universidades após a morte de Fidel e Raul, julgando que os valores da revolução cubana estariam fragilizados.
A campanha foi amplamente financiada e de caráter esquerdista. A situação é totalmente relacionada à situação brasileira atual, onde grande parte da esquerda é recrutada por essas mesmas organizações.
Sobre a publicação, Rui destacou: “Nesse livro ele explica uma coisa que todo militante de esquerda brasileira deve saber bem, que é como a CIA, se valendo de suas ONG’s e de projetos aparentemente inocentes e inócuos, vai recrutando um verdadeiro exército de jovens para executar um golpe de estado”.
Outro problema abordado foi a questão do voto dos Estados Unidos na ONU, que age em favor da política fascista do Estado de Israel em relação aos palestinos. O ocorrido prova, mais uma vez, a farsa da política identitária, mais especificamente a campanha pela mulher negra no STF. “Na hora da votação, o voto norte americano foi dado por quem? A proverbial mulher negra, pra disfarçar uma política genocida, eles colocam como fachada, como rosto dessa política genocida, a população negra, uma mulher negra”, comentou o companheiro e concluiu: “nós não podemos aceitar lição de moral vinda dos Estados Unidos sobre o negro”.
Na última semana houve muitos ataques da imprensa burguesa nacional ao PCO devido às posições do partido em apoio ao Hamas, dentre eles o apresentador Ratinho e o Estadão.
A explicação dos ataques se justifica pelo fato de que na imprensa capitalista tem “uma versão total e completamente unilateral dada pelas forças armadas e pelos serviços de informação de Israel”, “o ponto de vista dos palestinos não apareceu uma única vez em toda imprensa”. Sendo assim uma posição como a do PCO é algo inaceitável por esses órgãos.
“Todos os grandes jornais do mundo deram essa notícia falsa dos 40 bebês, por exemplo, o Times de Londres que é um dos jornais mais tradicionais do mundo, do grande capital britânico… ele deu essa notícia na capa…Eles não deram essa notícia acreditando que fosse verdade. Eles deram essa notícia porque são parte da propaganda do imperialismo e do sionismo… Mas quem vai processar o Times de Londres? O Hamas?”. A partir desse comentário conseguimos entender melhor a natureza da imprensa imperialista e sua máquina de espalhar mentiras.
Algo relevante sobre essa situação, é que temos também a esquerda brasileira e até o governo nacional que acaba referendando as versões mentirosas patrocinadas pelo imperialismo em favor do sionismo.
O governo de Israel é o mais mentiroso que existe, sendo até reconhecido historicamente por isso, situações como essa atual farsa sobre os bebês e a justificativa de massacres como autodefesa é algo comum na história sionista. “Eles vão lá, massacram o pessoal e contam uma história triste, passam cinco anos e todo mundo sabe que aquilo que eles contaram é uma mentira”, concluiu Rui Costa Pimenta, deixando ainda o alerta para o governo brasileiro que está caindo nessa completa farsa.
Outra falsificação sobre a situação da Palestina está na questão de atribuir somente ao Hamas a ofensiva de 7 de outubro, na tentativa de deslegitimar a ação e taxar o grupo como terrorista.
“Da operação do 7 de outubro, participaram quatro organizações armadas palestinas, os quatro principais partidos políticos do povo palestino, não foi apenas o Hamas, um deles inclusive não é um grupo religioso, é a Frente Nacional de Libertação da Palestina, que se diz marxista- leninista.” Disse Rui.
Ainda sobre o espanto das posições do partido em relação à defesa ferrenha dos oprimidos, houve o esclarecimento: “Nós estamos no Brasil, vamos supor que os Estados Unidos, por exemplo, decida ocupar o Brasil, desembarcam as tropas por aqui, botam gente na cadeia, matam gente. Sabem qual é a lei que vai vigorar? A lei da selva. Se o PCO estiver nessa situação, nós vamos decretar e nós vamos chamar a população brasileira para o vale tudo. Por quê? Porque eles não têm que estar aqui.”
A posição não é uma invenção do PCO, a própria Terceira Internacional defendeu a reação dos chineses em relação ao imperialismo com ações que se assemelham à luta dos palestinos na atualidade.
Outro destaque político da semana foi a resolução brasileira na ONU que demonstra uma grande capitulação à política imperialista, pois tenta igualar as ações palestinas e israelenses e reforça o conceito vago de terrorismo utilizado pela imprensa tradicional. A definição, conforme colocada na atualidade, serviria para classificar de terroristas ações de integrantes do PT no passado, como Dilma e Zé Dirceu e grupos como o MST.
Uma das acusações que partiram do Estadão, esta de maneira velada, para o PCO, esteve em torno do apoio ao que decidiram classificar como “terrorismo do bem”.
“Então existe o terrorismo do bem” disse Rui citando a acusação. “E, não só existe como eu tenho certeza que o Estadão já apoiou muito o terrorismo do bem” ponderou. “Quando a Alemanha nazista ocupou a Europa, o terrorismo que foi usado contra eles, era do bem ou era do mal? Ou todo terrorismo é do mal?”. “Eles não podem falar isso, pois desmascara a questão do terrorismo. O tal terrorismo é um método de luta, claro que estava certo.” para completar Rui finalizou: “Eles (PCO) são a favor do terrorismo do bem… lógico… quando as pessoas são oprimidas, elas reagem.”
Para conferir na íntegra a análise política da semana, acesse o link:
