A Federação Única dos Petroleiros (FUP) reagiu, em nota, ao aumento do preço dos combustíveis anunciado pela Petrobrás às distribuidoras, nesta terça-feira (24). Segundo a FUP, o reajuste foi fruto de uma pressão dos acionistas da estatal, que ainda está sob gestão bolsonarista. Jean Paul Prates, indicado por Lula para gerir a Petrobrás, ainda não assumiu o posto e, por este motivo, não pode opinar nesse processo.
O reajuste dos preços dos combustíveis é uma iniciativa da área comercial da Petrobrás que tem que ser aprovado pelo presidente da empresa, em conjunto com o diretor de investimentos e o diretor do refino. Como Jean Paul Prates ainda não assumiu o comando da empresa, ele não teve qualquer participação nesse processo.
O fato é que, assim como a gestão bolsonarista da empresa continua com as negociações para privatização de mais ativos da companhia, com a distribuição abusiva de mega dividendos para acionistas, também continua definindo os preços dos combustíveis no Brasil.
O mercado e a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) diziam que a defasagem da gasolina era de 14% e do diesel 9%. Agora que passaram as eleições, estão buscando tirar essa defasagem, devido à pressão dos acionistas minoritários, e colocar a culpa no novo governo, que ainda não conseguiu assumir a gestão da Petrobrás como acionista majoritário e controlador que é.