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Fora todos os golpistas!

Fora União Brasil do governo!

Contra o golpe, não se deve manter golpistas por perto

O presidente da república eleito por voto popular pertence ao Partido dos Trabalhadores, mas, para a imprensa capitalista, Lula deveria governar com a direita. Em resposta à Folha, durante entrevista, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu às críticas de que os partidos de direita não estão tendo muito espaço no governo; algo meio óbvio, por sinal, ciente de que o governo eleito possui sua base nos trabalhadores.

A base do Partido dos Trabalhadores não quer ver a direita golpista, que articulou a derrubada da Dilma e a prisão de Lula, ocupando cargos altos no governo de seu próprio partido. Por mais anti-intuitivo que seja, no entanto, a imprensa burguesa noticia com espanto a falta de espaço que o União Brasil, por exemplo, possui na base do governo, o que chega a ser um escárnio com a cara dos eleitores do Lula em forma de matéria. Quem foi às ruas em defesa de Lula presidente não o fez para ver o partido de Sérgio Moro, o Mussolini de Maringá, com destaque.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Gleisi defende que, em relação à União Brasil, o governo “tem que fazer um freio de arrumação, porque, mesmo sendo contemplado como foi, é um partido que não está fazendo entrega”. A fala da presidenta do partido, no entanto, não é de se descartar. O que ela pontua, em fins práticos, é que o União Brasil não é confiável até mesmo para o PT — que já se aliou, simultaneamente, com Deus, alguns anjos, o porteiro do inferno e o Diabo. “É um partido que tem dificuldades pela sua composição interna e pelo distanciamento também que sempre teve de nós”, continua Gleisi, concluindo que também é relevante a questão do processo eleitoral, pois a postura dos dois partidos ao longo de 2022 foi diametralmente oposta.

Quando ela menciona as “dificuldades pela sua composição interna”, referindo-se ao União Brasil, é válido lembrar alguns nomes de destaque do partido, cujo presidente é Luciano Bivar — fundador do PSL, presidente e um dos principais articuladores da eleição de Jair Bolsonaro em 2018, que foi lançado pelo partido no qual Luciano presidia e que se tornou, posteriormente, União Brasil, após se fundir com o DEM. Além de um dos principais articuladores de Bolsonaro em sua eleição, outro nome que ganhou voz ano passado no partido foi Soraya Thronicke. A “barbie bolsonarista”, como poderia ser chamada pela companheira Lourdes Melo caso fossem colocadas frente a frente, foi candidata às eleições presidenciais no ano passado, resumindo sua participação em atacar o Lula e realizar dobradinhas com Simone Tebet. Na eleição anterior, no entanto, Soraya se elegeu como “a candidata do Bolsonaro” ao senado de Mato Grosso do Sul.

Dentre os inúmeros golpistas do partido, destacam-se também Ronaldo Caiado, latifundiário e coronel de Goiás, que governa o estado como se fosse sua propriedade e os trabalhadores fossem invasores de seu terreno; Davi Alcolumbre, um dos maiores articuladores bolsonaristas no Senado nos últimos anos; Rosângela Moro, que dispensa apresentações; e Kim Kataguiri, Mamãe Falei, Renato Batista e os demais capachos do imperialismo do MBL. É impossível imaginar uma articulação favorável ao governo quando os membros do partido vão de asmodeu a satanás na escala de confiabilidade, possuindo o próprio Sérgio Moro em seu quadro político.

A argumentação da imprensa capitalista e da burguesia de forma geral, como vimos na Folha de S. Paulo, mas encontramos, também, no Jornal Nacional, nos editoriais do O Globo e nos porta-vozes do golpismo, tende a ir contra a lógica de que se o partido composto de inimigos do governo, deve ficar longe do governo. O que a matéria retrata e insiste em destacar é como os partidos de direita questionam o Partido dos Trabalhadores por não ceder espaço, sendo que a própria presidenta do partido afirmou que já foi cedido espaço até demais.

A estratégia dos golpistas transvestidos de jornalistas não vão apenas para este caso, no entanto, já que com o Banco Central a abordagem é a mesma. Quando questionaram Gleisi a respeito das brigas que, supostamente, Lula estaria comprando sem necessidade, sendo que ele havia prometido pacificar a situação, sua resposta foi enfática: “ele prometeu a pacificação, mas não prometeu entregar o país ao retrocesso econômico e ao desemprego”. Essa resposta serve de gancho para o assunto anterior, pois Lula e o governo de alianças do Partido dos Trabalhadores prometeram, como sempre, aliança com partidos de direita em nome da governabilidade, mas isso não significa se submeter aos desejos desses mesmos partidos que vão contra o governo eleito.

Há de se fazer uma limpa no governo. Partidos como PSD, PMDB e União Brasil não possuem espaço na história de um governo de esquerda, tendo as latas de lixo como os únicos lugares nos quais são dignos de estar. Se há um filtro ideológico no governo, como acusa o jornalista da Folha e defende orgulhosamente a presidenta petista, é fundamental que haja uma mobilização popular para que os tentáculos golpistas da direita sejam mantidos longe do próprio governo.

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