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Decadência imperialista

Farsa: imprensa burguesa inventa desentendimentos nos BRICS

Os órgãos de imprensa do imperialismo retratam falsas cisões nos BRICS para desmoralizar a luta contra o imperialismo, mas sua tentativa é vã

A imprensa burguesa, como tradicional, busca a todo tempo falsificar a realidade quando algo não está de acordo com os interesses do imperialismo. Tal é o caso dos BRICS. O grupo, que aglutina os mais importantes países oprimidos do planeta, teve sua conferência realizada nos últimos dias, em meio a muitos pedidos de diversos países de todo o mundo atrasado para se integrarem ao bloco. Quanto ao sucesso do bloco e do evento, a imprensa golpista busca criar uma falsa polêmica, e justamente em torno da expansão dos BRICS, o principal problema para o imperialismo.

A “China imperialista” e os países atrasados sem nada em comum

O ponto central da “polêmica” inventada nas páginas dos jornalões se daria entre o presidente Lula e a China. Segundo os mesmos, o mandatário brasileiro estaria em oposição ao crescimento do bloco. Segundo coluna no Estadão, de mesmo título: “A China mostrou a Lula quem manda no Brics”. A tese é semelhante à repetida por grupos de esquerda, a China seria imperialista:

“O Brasil vendeu fiado para a China no [sic] sôfrega intenção de fazer os Brics funcionarem como um bloco anti-hegemonia dos Estados Unidos. Em troca da entrada no grupo de países que tornarão o grupo uma ferramenta chinesa para desafiar a ordem americana, o Brasil recebeu a promessa de ver o País mencionado como candidato a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.”

O que ocorre, na realidade, é um alinhamento total de interesses entre os países atrasados, todos ameaçados por um inimigo em comum, como coloca a coluna em outras palavras: o imperialismo, especialmente dos EUA. A cúpula do BRICS anunciou Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes como convidados a compor o bloco de maneira permanente, a partir de janeiro de 2024. Em comum, todos países atrasados, sufocados pelo regime de terror global do imperialismo. A coluna do Estadão não admite ser do interesse da China ver o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, quando isso vai ao encontro dos interesses chineses, e de todos os demais países atrasados do planeta.

O conjunto do Partido da Imprensa Golpista (PIG) aponta os novos integrantes como um conjunto de ditaduras e países fracassados e falidos, reflexo da visão do próprio imperialismo. Não é assim que se vêem os países atrasados. Todo o cartel da imprensa burguesa procura reduzir o papel dos BRICS no mundo, de Lula no cenário internacional, e ao mesmo tempo, reduzem e descaracterizam todos os interesses anti-imperialistas, a exemplo da Folha:  “A desdolarização, uma das pedras de toque das nações do Brics, ganhará novos capítulos e servirá à retórica de autonomia ao gosto do cliente: Putin precisa dela porque está desplugado do sistema internacional, Xi quer ampliar o escopo do yuan, Lula busca falar grosso.” Ou seja, Lula se comportaria como uma criança, e a desdolarização não teria um papel fundamental para a economia de todos os países atrasados do mundo, uma farsa.

Ainda pela matéria do Estado de S. Paulo: “A China surge agora como a condutora de um bloco [cujo] nome da moda é ‘Global South’, que segue designando o mesmo fenômeno: seu grande número e interesses divergentes impedem que atuem como um ‘blocão’ coeso”. A “divergência dos interesses” teria que ser apontada, tendo em vista a quase total convergência de interesses entre os países atrasados do mundo para qualquer observador minimamente independente dos dólares do imperialismo.

Uma cisão falsa contra a Rússia

Outra frente dos órgãos do imperialismo é retratar uma suposta indisposição nos BRICS com a Rússia, que se defendeu da ofensiva militar da OTAN através da operação militar especial na Ucrânia. Reportagem do Estadão intitulada: “Putin reage após Lula cobrar que Brics discuta guerra na Ucrânia e culpa Ocidente pela invasão” faz parecer que uma troca tranquila de palavras pareçam um quase um incidente diplomático, o que se desvela ao ler as declarações dos presidentes, no corpo do próprio artigo: Lula afirmou que “Não podemos nos furtar a tratar do principal conflito da atualidade que ocorre na Ucrânia e tem efeitos globais”, e “Não subestimamos as dificuldades para encontrar a paz, tampouco podemos ficar indiferentes às mortes e destruição que aumentam a cada dia.” Ao passo que Putin respondeu: “Nossas ações na Ucrânia são guiadas por uma coisa somente: encerrar a guerra iniciada pelo Ocidente contra as pessoas em Donbass”, e “Gostaria de agradecer aos colegas do Brics que participam de forma ativa para tentar encerrar essa situação assegurando um acordo justo com meios pacíficos.”

Farsa para garantir a submissão

O cinismo da imprensa imperialista é praticamente sem limite, mas um boa demonstração vem a seguir, do primeiro artigo aqui citado, a coluna no Estadão, que termina com uma colocação absurda:

“Lula pretende alterar uma ordem internacional que, segundo ele, reservou ao Brasil um lugar subalterno como fornecedor de matérias primas. Não foi imposição. Foi escolha.”

Vinda do Estado de S. Paulo, órgão ligado a e mantido pelo imperialismo como ferramenta de dominação do Brasil, que reiteradamente defende em suas páginas a destruição e entrega da economia nacional, a desindustrialização do País, e sua manutenção como uma economia atrasada e dependente do imperialismo, o colunista reflete a própria baixeza e capachismo. Tais jornais são uma frente de combate encarniçado do imperialismo contra os trabalhadores do Brasil, e demonstram a necessidade de organização do movimento operário, para dar uma resposta proporcional à destruição que causam.

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