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Estados Terroristas da América

EUA explodiram gasodutos Nord Stream, revela investigação

Investigações de Seymour Hersh revelam operação militar dos Estados Unidos para destruir gasodutos Nord Stream 1 e 2, operação militar que estava sendo atribuída à Rússia

Seymour Hersh, jornalista investigativo e ganhador do prêmio Pulitzer, alegou nesta quarta-feira, dia 8, em seu artigo intitulado “How America Took Out The Nord Stream Pipeline” ou, Como a América removeu o gasoduto Nord Stream, em português, publicado no Substack, que o Nord Stream teria sido destruído por mergulhadores da Marinha dos Estados Unidos, que implantaram bombas de ativação remota no ano passado.

“Em junho do ano passado, mergulhadores da Marinha [dos EUA], operando sob a cobertura de um exercício da OTAN amplamente divulgado no meio do verão [europeu], conhecido como BALTOPS 22, plantaram os explosivos acionados remotamente que, três meses depois, destruíram três dos quatro gasodutos Nord Stream, de acordo com uma fonte com conhecimento direto do planejamento operacional”, afirmou Hersh.

Ainda segundo Hersh, a decisão de sabotagem ocorreu após mais de nove meses de debates altamente secretos na comunidade de segurança nacional de Washington, e que a missão teria levado todo esse tempo para que não houvesse nenhuma pista clara do responsável pela destruição do Nord Stream.

Hersh acrescentou que “desde seus primeiros dias, o Nord Stream 1 foi visto por Washington e seus parceiros antirrussos da OTAN como uma ameaça ao domínio ocidental”

Os temores políticos dos Estados Unidos eram reais: [Vladimir] Putin teria agora uma importante fonte de renda adicional e muito necessária, e a Alemanha e o restante da Europa se tornariam viciados em gás natural de baixo custo fornecido pela Rússia“, continuou Hersh.

Completando que o “Nord Stream 1 já era perigoso o suficiente, na opinião da OTAN e de Washington, mas o Nord Stream 2 […], se aprovado pelos reguladores alemães, dobraria a quantidade de gás barato que estaria disponível para a Alemanha e [o resto da] Europa”.

Hersh disse em seu artigo que o planejamento para explodir os gasodutos começou ainda no ano de 2021, em dezembro. Dois meses antes de começar a operação russa na Ucrânia, com a convocação de uma reunião da força-tarefa do Conselho de Segurança Nacional, envolvendo gente do Estado-Maior Conjunto, da CIA, e dos Departamentos de Estado e do Tesouro, que discutiram como responder à operação russa.

“Seria a primeira de uma série de reuniões ultrassecretas, em uma sala segura no último andar do Old Executive Office Building, adjacente à Casa Branca, que também abrigava o Conselho Consultivo de Inteligência Estrangeira do Presidente [PFIAB] […] O que ficou claro para os participantes, de acordo com a fonte com conhecimento direto do processo [citada por Hersh], é que Sullivan pretendia que o grupo apresentasse um plano para a destruição dos dois gasodutos Nord Stream, e que ele estava cumprindo os desejos do presidente”, diz o jornalista.

A Noruega, segundo Hersh, foi o local escolhido para os americanos colocarem seu plano em ação, dizendo Hersh que “nos últimos anos, os militares dos EUA expandiram enormemente sua presença dentro da Noruega […] o Pentágono criou empregos e contratos com altos salários, em meio a alguma controvérsia local, investindo centenas de milhões de dólares para atualizar e expandir as instalações da Marinha e da Força Aérea americana no país”.

Hersh também afirmou que uma fonte informou que “hoje, o comandante supremo da OTAN é Jens Stoltenberg, um anticomunista convicto, que serviu como primeiro-ministro da Noruega por oito anos antes de se mudar para seu alto posto na OTAN, com apoio americano, em 2014. Ele era linha dura em tudo relacionado a Putin e Rússia, e cooperou com a comunidade de inteligência americana desde a Guerra do Vietnã. Ele tem sido totalmente confiável desde então, ele seria ‘a luva que se encaixa na mão americana'”.

Em algum momento de março passado, continua o texto, alguns membros da equipe norte-americana voaram para a Noruega para se encontrar com o Serviço Secreto e a Marinha do país. Uma das questões-chave era onde exatamente no mar Báltico era o melhor lugar para plantar os explosivos, sendo que a Marinha norueguesa foi rápida em encontrar o local certo, nas águas rasas do mar Báltico, a alguns quilômetros da ilha dinamarquesa de Bornholm.

Os melhores da Cidade do Panamá, segundo Hersh, foram contratados para a missão. “Os melhores mergulhadores com qualificações de mergulho profundo são uma comunidade restrita, e apenas os melhores são recrutados para a operação e instruídos a se prepararem para serem convocados para a CIA em Washington”, diz.

Todo mês de junho, nos últimos 21 anos, a 6ª Frota Americana patrocinou um grande exercício da OTAN no mar Báltico envolvendo dezenas de navios aliados em toda a região. O exercício atual, realizado em junho, conhecido como BALTOPS22, e os noruegueses propuseram que esta seria a cobertura ideal para plantar as minas.

O evento no mar seria realizado na costa da ilha de Bornholm e envolveria equipes da OTAN de mergulhadores plantando minas, com equipes concorrentes usando a mais recente tecnologia subaquática para encontrá-las e destruí-las […] Os meninos da Cidade do Panamá fariam o que queriam e os explosivos C4 estariam no local no final do BALTOPS22, com um cronômetro de 48 horas anexado.Todos os americanos e noruegueses já teriam ido embora na primeira explosão“, disse Hersh.

Embora não houvesse fundamento do motivo pelo qual a Rússia tentaria destruir seus próprios gasodutos, é o que foi afirmado: “Imediatamente após o bombardeio do gasoduto, a mídia americana o tratou como um mistério não resolvido. A Rússia foi repetidamente citada como provável culpada, estimulada por vazamentos calculados da Casa Branca – mas sem nunca estabelecer um motivo claro para tal ato de autossabotagem, além de uma simples retribuição“, escreveu o jornalista.

O relato de Hersh foi publicado nesta quarta, dia 8, e mais tarde, o próprio jornalista confirmou que o texto era autêntico e de sua autoria. A Casa Branca, por meio da porta-voz Adrienne Watson, rejeitou as alegações e as classificou como “falsas e completa ficção”, diz o texto.

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