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Editorial

Esquerda não deve tirar férias

Massacre do povo palestino não irá parar nos próximos dias; é preciso continuar saindo às ruas até o fim dos bombardeios

Desde o dia 3 de dezembro, o conjunto da esquerda nacional não organizou mais qualquer ato público em apoio ao povo palestino em São Paulo, centro da luta política no País. Ainda que o Partido da Causa Operária (PCO) tenha convocado a caminhada contra o assassinato das crianças palestinas, ocorrido no dia 17, a atividade não contou com o apoio das demais organizações que vinham participando dos atos contra o genocídio na Faixa de Gaza.

Independente dos motivos alegados pelas organizações, a falta de atos públicos é o resultado de uma capitulação diante da pressão do sionismo, do bolsonarismo e do imperialismo contra o movimento de solidariedade à resistência árabe. A imprensa burguesa se cartelizou e ataca, diuturnamente, aqueles que se colocam ao lado do povo palestino, acusando-os de “terroristas” e de “antissemitas”. A Polícia Federal, infiltrada pelo Mossad, serviço de inteligência israelense, já prendeu três pessoas por supostas relações com o partido libanês Hesbolá, protagonizando um dos casos mais grotescos de perseguição política. Figuras de destaque do bolsonarismo, por sua vez, começaram a pedir a prisão daqueles que manifestassem seu apoio à luta palestina, de tal forma que dois dirigentes do PCO hoje correm risco de serem presos por declarações feitas em atos públicos. Por fim, o próprio Judiciário brasileiro censurou o jornalista Breno Altman, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), obrigando-o a retirar publicações de suas redes sociais.

Esses casos mostram que tudo o que a direita quer é que não haja um movimento em apoio aos palestinos. E é por isso que não se manifestar é uma capitulação: não há forma melhor de demonstrar força que sair às ruas. A esquerda jamais conseguirá se impor contra os sionistas se travar essa luta em um terreno desfavorável, como a imprensa, onde prevalecem os interesses do grande capital. É na rua, com o apoio das organizações populares, que a esquerda tem melhores condições de enfrentar os aliados de “Israel”.

Os setores da esquerda nacional que não querem sair às ruas neste momento têm, a seu favor, um pretexto bastante conveniente: as festas de fim de ano e as férias escolares. Fato é, no entanto, que a população está disposta a sair às ruas, mesmo neste período. E a prova disso é a adesão à caminhada convocada pelo PCO, que teve um público médio próximo ao dos atos convocados pelo conjunto da esquerda nos meses de outubro e dezembro.

Mas há um motivo ainda mais importante para que as manifestações não cessem: não há qualquer indício de que “Israel” irá parar os bombardeios sobre a população palestina. Pelo contrário: como a pressão sobre o governo sionista é cada vez maior, o provável é que Benjamin Netanyahu e seus ministros intensifiquem os ataques, pois restaria pouco tempo para continuar a guerra.

Neste sentido, o papel da esquerda não pode ser outro a não ser intensificar a mobilização. É preciso convocar grandes manifestações em apoio à resistência palestina, preparando-as com uma campanha de rua que atinja milhões de brasileiros.

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