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Golpe

Encampar as Americanas!

É preciso colocar a empresa nas mãos dos trabalhadores

Recentemente, as Lojas Americanas apresentaram um rombo histórico na casa de bilhões de reais no caixa da empresa. Entretanto, a ameaça maior não está na fraude bilionário que causou um desfalque no caixa da empresa, mas sim, no fato de que milhares de trabalhadores estão na mira dos capitalistas. A partir dessa situação fraudulenta envolvendo diversos acionistas da empresa milhares de trabalhadores poderão ser demitidos em massa como forma de salvar a empresa da falência.

Apesar de ser uma empresa privada, o gigantismo da fraude que envolveu bilionários dos mais ricos do país, bancos e demais acionistas nacionais e estrangeiros o governo Lula passou a procurar um caminho de diálogo com os setores envolvidos. Tanto que nesta segunda-feira, 30 de janeiro, o ministro do Trabalho Luiz Marinho (PT-SP) se reuniu com as centrais sindicais e sindicatos comerciários para discutir o caso das “Americanas”. As lojas Americanas já está em recuperação judicial com uma dívida declarada de 43 bilhões de reais impactando em disputas jurídicas com bancos e uma enorme quantidade de acionistas que aguardam que os responsáveis pela fraude no “caixa” da empresa arquem com os prejuízos que envolvem operações financeiras “suspeitas” de fraudes das mais escandalosas.

Outro aspecto importante desse caso que envolve as “Americanas” refere-se ao impacto econômico e financeiro não apenas sob o ponto de vista empresarial, mas para todo o conjunto da população que possivelmente terão que pagar direta e indiretamente por esse rombo financeiro. Na segunda-feira passada, 23 de janeiro, os bancos começaram a pressionar pela estratégia de cobrança desse desfalque bilionário através de um possível aumento dos juros. Notícia do jornal O Globo desta segunda-feira (23/01/2023) cita em sua manchete que “Bancos devem diminuir crédito a grandes empresas e cobrar juro maior” como forma de compensar o efeito da crise na empresa. Isso significa que o desfalque bilionário promovido pelos homens da “Ambev” Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira que detém cerca de 31% das Lojas Americanas atinge diretamente os trabalhadores dessa grande empresa, assim como o povo que seguirá pagando aos agiotas banqueiros pelas aventuras de acionistas bilionários em tempo de Banco Central independente.

Entretanto, se nos concentramos na intervenção do governo através do seu ministro do trabalho Luiz Marinho no que diz respeito a discutir soluções para esse problema veremos que o papel do governo Lula poderia ser até maior dada a gravidade da situação. Uma situação que envolve a possível demissão de milhares de trabalhadores que atuam direta e indiretamente com essa empresa. Se permanecermos apenas com a possível perda dos empregos diretamente envolvidos com essa gigante do varejo brasileiro o número de trabalhadores ultrapassa os 40 mil.

Essa possível perda assusta as centrais sindicais e ao mesmo tempo cobra uma saída do atual ministro do trabalho; que por enquanto diz não ter. O ministro Luiz Marinho se mostrou preocupado com essa situação, principalmente no início de um governo que no seu programa consta a criação de milhões de empregos no Brasil.

Essa situação muito grave do país no sentido econômico e político pós pandemia e pós Bolsonaro na esteira do golpe de Estado de 2016 exigiria uma ação mais contundente do governo como um encampamento de uma gigante varejista como as Lojas Americanas? Quem sabe aos moldes do que ocorreu nos Estados Unidos na crise econômica e financeira de 2008, onde diversas companhias, inclusive das maiores do mundo como General Motors, Ford, AIG, entre outras tiveram que ser salvas já no início da gestão Obama por intermédio de um aporte de recursos de trilhões de dólares, se contarmos o saneamento amplo das companhias estadunidenses e demais medidas econômicas internas. Encampar uma empresa e entregá-la no momento seguinte como foi feito nos Estados Unidos ou procurar um caminho onde a classe trabalhadora possa ela própria gerir essa grande empresa, e com isso dar um passo à frente como exemplo de um governo dos trabalhadores? Essa provocação é válida independente do que pensam e fazem os membros do governo Lula na gestão capitalista do Estado, mas que certamente encontra eco nas mais profundas aspirações da classe trabalhadora.

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