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Demissão em massa

Em um ano, banqueiros já demitiram mais de 5,6 mil trabalhadores

De janeiro de 2014 a abril de 2023 os bancos fecharam as portas de 5.716 agências e diminuíram mais de 70 mil postos de trabalho bancários

Os números de demissões na categoria bancária são verdadeiramente assustadores.

Segundo levantamento da PEB (Pesquisa do Emprego Bancário) realizada pela Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) baseados dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano de 2023; mais de 5,6 mil postos de trabalhos foram eliminados na categoria bancária. Esse mesmo levantamento constatou que, somente nos bancos múltiplos com carteira comercial (Banco do Brasil, Itaú/Unibanco, Bradesco e Santander), em 2023, já eliminaram 5.903 vagas. Além disso, nos últimos 12 meses, foram 6.235 eliminações de vagas, sendo que em 62% delas, os motivos foram por demissão sem justa causa, 37,7% por pedido do trabalhador e 3,2% por demissão com justa causa.

A política de terra arrasada dos banqueiros contra os trabalhadores e a população em geral é gigantesca. De janeiro de 2014 a abril de 2023, os bancos fecharam as portas de 5.716 agências e diminuíram mais de 70 mil postos de trabalho bancários. Além disso, os banqueiros golpistas vêm se utilizando a lei da terceirização, do famigerado governo de Michel Temer, aprovada no reacionário Congresso Nacional, substituindo o trabalhador bancário por terceirizados, ou seja, mais um golpe, já que esses trabalhadores não são protegidos pelo Contrato Coletivo de Trabalho da categoria bancária e realizam os mesmos serviços recebendo menores salários e sem os direitos conquistados através de mais de 100 anos de lutas dos bancários. 

Para se ter uma ideia de como os banqueiros parasitas estão se utilizando dessa manobra: nos últimos 12 meses, foram criados 14,9 mil novos empregos no ramo financeiro. Isso significa que os bancários estão sendo substituídos por terceirizados. Para isso, os bancos se utilizam de diversas maracutaias para extrair uma maior exploração da classe trabalhadora. Para citar apenas um exemplo, o Banco Santander, dando um verdadeiro golpe na praça, criou uma nova empresa, vinculada ao próprio banco, mas com um outro CNPJ, ou seja, uma empresa terceirizada do próprio banco, e transferiu, compulsoriamente, todo um setor do banco, transformando os bancários em terceirizados.

A política de demissões, de terceirizações, rebaixamento salarial, etc., é um golpe contra toda a categoria bancária. Além de precarizar a vida dos trabalhadores e aumentar a miséria de milhares de famílias, é um ataque às organizações dos trabalhadores, enfraquecendo o contingente de bancários. Uma categoria que chegou a ter um milhão de trabalhadores, hoje são cerca de 450 mil. Em 2015 eram 23.154 unidades bancárias em todo o País, hoje são apenas 15.357. São quase 8 mil agências fechadas em oito anos, o que daria o fechamento de mil por ano. Esses números são verdadeiramente um absurdo. Um País como o Brasil com uma extensão continental, com cerca de 212 milhões de habitantes, ter apenas 15 mil agências é inadmissível. Em matéria de proporção entre consumidores e unidades: o Banco do Brasil tem 18.600 por agência; Santander 24.100; Bradesco 35.800; Itaú 38.300 e a Caixa 43.900. Os bancos sempre se utilizam da justificativa de adequação ao mercado, com maior utilização de canais digitais, mas todo mundo sabe que as agências bancárias vivem cheias e contam com poucos funcionários.

É preciso barrar essa ofensiva dos banqueiros do lucro a qualquer preço, nem que para isso seja necessário aumentar a miséria da categoria bancária e sacrificar toda a população. 

Para isso, organizar imediatamente uma verdadeira campanha, através dos métodos tradicionais de luta da classe trabalhadora: greves, ocupações, criação de comitês de luta, para pôr fim os ataques dos banqueiros.

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