O trio de bilionários que controlam a 3G Capital, principal acionista e controladora das Lojas Americanas, Jorge Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, continua livre, leve e solto, provavelmente articulando novos calotes na praça.
Desde janeiro de 2023 a Americanas já demitiu cerca de 8.000 funcionários, após a descoberta de um rombo de 20 bilhões de reais na contabilidade da empresa. Só na última semana de julho a empresa pôs na rua 754 trabalhadores e fechou 5 lojas no período. Das 1880 lojas da rede restaram agora 1820, desde que se iniciou o processo judicial em 19 de janeiro deste ano, na Justiça fluminense;
No início das negociações com seus principais credores, os bancos Bradesco (5,2 bilhões de reais), Itaú (4,3 bilhões) e Santander (3,6 bilhões), a empresa sequer cogitava em priorizar o pagamento das dívidas trabalhistas com os trabalhadores demitidos. Do total de 43.123 funcionários, antes da descoberta da falcatrua, a empresa tem agora 35.130 trabalhadores, uma redução de 18%.
As negociações para o pagamento dos credores continuam e o CEO do Bradesco espera uma solução até setembro deste ano. As Americanas propõem uma redução de 80% das dívidas, a venda de 3 empresas da holding (Imaginarium, Puket e Natural da Terra) e de um jatinho da empresa para poder honrar suas dívidas.
Causa muita apreensão o fato desse trio de bilionários terem comprado boa parte das ações da Eletrobras, uma das últimas barbaridades cometidas por Bolsonaro e Paulo Guedes, ao apagar das luzes e das trevas do governo passado, golpista e inimigo do povo.
