No dia 4 de abril, a Finlândia hasteou sua bandeira azul e branca na sede da OTAN, simbolizando sua completa adesão à aliança hostil aos russos. Esse processo de incorporação já havia se iniciado há alguns meses, porém foi concretizado no mês de abril. O estado finlandês admite ter ultrapassado a “linha vermelha” e com o pretexto de uma suposta invasão russa estão construindo um muro para defender sua fronteira – “Já sabíamos que a linha vermelha para os russos era nossa adesão à OTAN ” – disse Juha Martelius, vice-diretor geral para política de defesa do Ministério de Defesa da Finlândia. Esse cerco, que terá 124 milhas (200 quilômetros), estará completo dentro de quatro anos e custará 400 milhões ao povo finlandês, gerando insatisfação na população pelo alto custo, está que já não está satisfeita com a posição do país de se dobrar à OTAN. Segundo o especialista em mobilidade e segurança de fronteiras, Jussi P. Laine:
“Vários estudos mostram que os custos da construção de muros são maiores do que seus benefícios”.
Além desta fronteira ser um absurdo como política, devido às sanções econômicas, está proibido turismo e asilo para população russa, essa questão se torna curiosa pela reação internacional da imprensa que condenou (de maneira demagógica) veementemente à fronteira norte-americana contra o México e a política contra os imigrantes mexicanos esqueceram de condenar a ação dos finlandeses, é aceito ou pelo menos não se tem queixas, fica notável que quando se trata de um ataque aos russos vale tudo, lógico, se trata da democracia mundial contra o autoritarismo do líder ‘megalomaníaco’ russo, ou seja, dois pesos, duas medidas: um muro ‘democrático’.
O imperialismo é uma ditadura irracional que oprime todos os países que não fazem parte do bloco imperialista, suas defesas vazias dos direitos humanos, democracia e, agora, a pauta identitária, serve apenas de escudo para camuflar as barbaridades que eles cometem ao redor do mundo. Este cerco contra os russos trata-e de uma campanha abertamente xenofóbica, guiada pelos interesses econômicos norte-americanos. A esquerda internacional, mais perdida que cego em tiroteio, aprova ou ignora essa medida antidemocrática do partido Social-Democrata da Finlândia, decisão contraditória, já que os mesmos combateram (pelo menos na internet), energicamente, as medidas de Trump nos EUA, mostra o quão influenciável é essa esquerda pela burguesia.