O enviado especial dos EUA, Amos Hochstein (que tem cidadania israelense), visitou Beirute em 21 de outubro para conversas com o governo libanesa sobre um cessar-fogo entre “Israel” e o Hesbolá.
Ele afirmou que: “vamos ter uma conversa substancial com o governo do Líbano e com o governo de ‘Israel’ sobre como melhor trazer uma cessação das hostilidades para encerrar este conflito“. Hochstein se reuniu com o presidente do Parlamento do Líbano, Nabih Berri, aliado do Hesbolá.
As atuais negociações entre os governos libanês e “israelense” para um cessar-fogo têm como base a Resolução 1701 da ONU, que estabeleceu as condições para o fim da Guerra de Julho de 2006. A resolução exige que o Hesbolá se desarme e que as forças “israelenses”, que invadiram o território libanês durante a guerra, não entrem no território sem a permissão do governo libanês. No entanto, Hochstein afirmou que, mesmo que Líbano e “Israel” se comprometam com a Resolução 1701, isso não será suficiente.
Hochstein ressaltou que “para os EUA e o resto do mundo que apoiarão os esforços econômicos e militares do Líbano, precisamos ter garantias de que isso não levará a outro conflito em um mês, um ano ou dois anos“. Ele destacou que é necessário “não apenas atualizar a 1701, mas garantir que medidas práticas sejam implementadas“.
Segundo o jornal Axios, “Israel” está exigindo que suas forças possam continuar operações terrestres no Líbano, conhecidas como “aplicação ativa”, para garantir que o Hesbolá não se rearme ou reconstrua sua infraestrutura militar perto da fronteira, além de querer liberdade para violar o espaço aéreo libanês com seus aviões de guerra.
Hochstein também se reuniu com o comandante das Forças Armadas do Líbano, Joseph Aoun. Ele é o candidato dos EUA para a presidência.