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Imperialismo humanitário

Direitos Humanos vira oficialmente o escritório de Walfrido Warde

Imperialismo, por meio de Walfrido Warde e seu IREE, conseguiu infiltrar, além de Silvio Almeida, o Guilherme Boulos, numa operação que mais lembra um lobby imperialista

Warde e o imperialismo emplacam o encontro de Boulos com Silvio Almeida, em mesa de diálogo junto ao Ministério dos Direitos Humanos, supostamente para a defesa de “pessoas em situação de rua”, mas o roteiro para se chegar a essa mesa parece bem traçado pelo imperialismo.

Os direitos humanos se constituem como a principal arma do imperialismo para intervenção nos países atrasados. Através dos direitos humanos o imperialismo avança sua política de dominação. O direito de intervenção humanitária não só é amplamente aceito, mas muitas vezes se tornou um “dever de intervenção”. Dizem-nos que é urgente criar tribunais internacionais para julgar vários crimes cometidos dentro das fronteiras dos Estados soberanos. As ONG se tornam as instituições, por excelência, responsáveis pelas inovações na ideologia capitalista. 

Nessa lógica, Walfrido Warde compreendeu como operar nesse filão de mercado, conseguindo recrutar sujeitos bem quistos pela burguesia imperialista, para executar serviços convenientes ao regime político. Então Warde fundou o Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa, o “glorioso” IREE. Trata-se de um instituto ligado diretamente ao imperialismo por meio da Global Americans, um think tank financiado pelo National Endowment for Democracy (NED), que é órgão de fachada da CIA.  

A estrutura do IREE é similar aos principais think tanks do mundo, se subdividindo em ramos vinculados aos objetivos do imperialismo, sempre encobertos por um verniz de aparência desenvolvimentista. Na superfície, apresentam-se como uma instituição de pesquisa, mas a ação real da organização visa a desestabilização do País. Nela há personagens como Sergio Etchegoyen, um dos proeminentes generais que colaboraram para o golpe de Estado contra a Dilma. 

Boulos, amigo pessoal de Walfrido Warde, participa no IREE através da KOPE, um think tank voltado à cursos, inclusive com Reinaldo Azevedo – o inventor do termo “petralha”-, outro operador do golpe a partir da Revista Veja. O instituto formado em 2016, ano do golpe de Estado é recheado de figuras que agiram contra Dilma e contra os trabalhadores. 

IREE emplaca membros no governo: o lobismo 

O PT é um partido que se coloca em situações difíceis e controversas. A fé nas instituições é uma marca do partido. Trata-se de um dado negativo, pois faz com que as chances de cair em novo golpe aumente consideravelmente. Principalmente em se tratando de relação com um instituto com ligação direta com a CIA, como é o caso do IREE. 

Dentro de um preciso plano de atuação, o IREE emplacou Silvio Almeida no governo, uma espécie de totem da esquerda pequeno-burguesa, elemento eivado de ONGs por trás, altamente articulado com o imperialismo e sua ideia fixa de condenar e criminalizar a tudo e a todos, criando uma atmosfera ditatorial nos “direitos humanos”. Agora, o ministério de Silvio Almeida criará uma mesa de diálogo com parlamentares para discutir a elaboração de um plano de ação voltado às pessoas em situação de rua, de acordo com Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Os trabalhos serão coordenados por Boulos, numa clara alusão ao propósito do imperialismo, que é usar a mascote do movimento Não Vai Ter Copa. 

De acordo com Monica Bergamo, a mesa foi organizada a partir da decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que deu ao governo 120 dias para elaborar um diagnóstico sobre as pessoas em situação de vulnerabilidade. Ainda segundo a colunista da Folha, a decisão ocorreu no âmbito de uma ação apresentada em maio de 2022 por PSOL, Rede Sustentabilidade e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). Enfim, isso é praticamente um lobby. 

Boulos, o esquerdista de estimação da Folha e dos capitalistas, por sua vez comemorou o resultado do suposto lobismo. “O plano de ação será um pilar fundamental para a execução da política nacional. Precisamos garantir direitos e dignidade à população em situação de rua em todo o Brasil”, afirma Boulos. “Fico honrado em ser indicado pelo ministro Silvio Almeida para contribuir com os esforços de toda a equipe do ministério nesta tarefa tão urgente”, diz ainda. 

Na decisão, Xandão proibiu, ainda, o emprego de técnicas da chamada “arquitetura hostil” contra a população em situação de rua ou o levantamento de barreiras que dificultem o acesso a serviços públicos. É o STF articulado para atender aos interesses não da população de rua, mas da classe média e dos capitalistas, que poderão desenvolver novas técnicas de opressão na cidade. O suposto “combate à arquitetura hostil” é uma abstração pensada pela esquerda pequeno-burguesa e está sendo atendida por Xandão. 

Assim como no Ministério da Justiça temos membros egressos da Open Society, nos direitos humanos agora se acumulam membros do IREE, que vão se organizando para tomar importantes postos onde podem impor sua política repressiva, de grande interesse do imperialismo. Boulos avança como esquerdista da Folha, e a esquerda precisa se atentar para o aparelhamento e lobismo no âmbito do Ministério da Justiça e Ministério dos Direitos Humanos, que corre o risco de reproduzir a política ditada pelos think tanks imperialistas. 

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