O governador de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio Freitas, anunciou que nas escolas de ensino médio do estado será ensinado na matéria de história o chamado “racismo estrutural”. A política que é conhecida por parta da esquerda identitária, que defende que o racismo no Brasil não seria meramente algo existente pela situação econômica da população negra, mas sim, por uma “cultura” presente na “estrutura” da sociedade, agora também está sendo adotada pela direita bolsonarista.
Segundo a própria teoria, o Brasil inteiro seria criminoso (dado o fato de se tornar crime o racismo) já que o racismo estaria estruturalizado em toda a sociedade. Tal fato já demonstra o quão reacionária é a teoria e por que ela torna-se de fácil aceitação pelos bolsonaristas.
Ao contrário de uma teoria libertadora, o chamado “racismo estrutural” tem como única serventia culpar todo o povo brasileiro pelo problema do racismo e não os problemas sociais do capitalismo. O caso deixa claro que esta é mais uma teoria identitária reacionária. Tarcísio coloca o tema como uma forma de “luta contra o racismo”, uma suposta luta que até mesmo o setor mais reacionário da burguesia é capaz de realizar. No lugar de uma vitória, a inserção do “racismo estrutural” serve apenas para impulsionar a política identitária, e confundir a luta em defesa do povo negro e oprimido.